25.1.11

A estratégia do boneco-de-corda


- Cerqueira, já deste hoje corda ao boneco? – perguntava o Antero esta segunda-feira, de manhãzinha, ao sinistro guru da comunicação do grémio da fruta.
- Acabei de recarregá-lo mesmo agora, para malhar no Jesus e no Benfica. Depois, só voltarei a recarregá-lo na quinta ou na sexta se a coisa correr mal com o Nacional e o árbitro não fôr da côr – respondeu o Cerqueira com um sorriso manhoso, enquanto bebia o seu pingo matinal.

Quando vejo aquele miúdo imbecil de Guilhomil bolçar as habituais alarvidades contra Jorge Jesus e o Benfica, com a conivência de quem trabalha na TV do estado, a norte, imagino sempre o diálogo acima descrito ou qualquer coisa de muito semelhante, tendo como tema um boneco-de-corda. Faz parte de uma estratégia concertada de desgaste, de permanente conflito e que exprime o seu grande e paranóico medo, o medo pelo Glorioso. De uma forma falsa e trapaceira, mantém sobre os seus jogadores uma injustificável carga emotiva de “révanche”, para tentarem ganhar por qualquer preço e uma pressão inadmissível sobre os árbitros, como se o mau da fita fosse quem joga limpo e a vítima, aquele que por sistema utiliza a chicanice e a provocação como constantes armas de arremesso, como é flagrantemente o seu caso.
A táctica é velha e relha em Palermo, mas o que é certo é que continua a resultar – manter um clima artificial de exaltação fanática, de forma a acicatar e a acirrar os ânimos, para que a sua tropa, que alberga uma fauna diversificada e mediática, desde ex-guardas prisionais e ex-polícias a perigosos criminosos e traficantes daquele submundo – tudo transformado em gente de bem, por pasquins, tv´s, rádios e afins - ao constituir-se como um bando de ultra rancorosos e selvagens ululantes em efervescente e constante espiral de paranóia, ganhe, nem que seja com o chorrilho de penaltys fantasmas marcados por outro bando que pressionado semanalmente à quinta ou à sexta-feira, se borra pelo apito e pernas abaixo, beneficiando escandalosamente o infractor e o prevaricador corrupto.
Este campeonato tem sido uma fraude. Com uma particularidade. Agora com a desfaçatez própria de uma corja, que sabe há muito que goza de uma impunidade, a norte, onde os caudilhos são juízes e os juízes, caudilhos do caudilho-mór e cujas práticas já são à luz do dia, “como pró clarão”, como dizia o outro nas escutas telefónicas.

Mais uma vez o boneco-de-corda do grémio condenado por corrupção usou o jogo sujo e as ordinarices do costume. No entanto, eivado daquela mórbida e desvairada avidez de se atirar que nem um cão às canelas do Benfica e de Jorge Jesus, foi surpreendentemente traído pelo seu raciocínio malévolo e maquiavélico, expressando claramente o seu secreto desejo de ser graúdo.
Fê-lo com tanta arrogância, com tanto rancor e ódio, que esquecendo-se dos vergonhosos media que chafurdam no chiqueiro da Palermo portuguesa – jornais, estações de rádio e de televisão – e lhe dão uma cobertura miserável, acabou por dizer que era cultural as diferenças de tratamento em relação ao seu grémio vs o Glorioso.

- É cultural – concluiu pèrfidamente o boneco-de-corda, quando respondeu às perguntas encomendadas de uns quantos títeres, disfarçados de repórteres e jornalistas, ao serviço da corja corrupta que os alimenta e depois de se comparar com o graúdo. Uma mentira execrável pronunciada com os dentes todos.

Uma miopia que por si só constitui uma enfermidade incurável, fruto de uma cultura circunscrita a um grémio que é conhecido pela batota, pela chantagem, pela corrupção, pelos títulos comprados em supermercados, pela conflitualidade, pela violência, pela selvajaria das bolas-de-golfe e isqueiros, pela bacoquice de um provincianismo trauliteiro, decadente e grosseiro.
Este é o verdadeiro aspecto “cultural” do meio onde o boneco-de-corda também chafurda e que ele exterioriza como ninguém.

E assim o miúdo lá continua a pôr-se em bicos de pés para parecer graúdo. Não deixa de ser um boneco-de-corda pequenino e mesquinho, bem à imagem do grémio da fruta. Um boneco que não é gente, formatado à medida de Palermo.

Mas é cultural…é Palermo.
O resto, são cantigas!

Para quando uma verdadeira e justa revolta a sul e que se estenda por todo o país contra este despautério de Palermo?

GRÃO VASCO





ADENDA POR JJD

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