Um, fez de conta e ficou. O outro fez as contas e abalou.
Uma questão de contas, afinal.
A vida, em Palermo, continua e continuará envolta naquele manto nebuloso de corrupção e chantagem, apesar dos arrufos simiescos e perigosos da guarda pretoriana do Freixo e do espernear desbragado de alguns escribas azuis e broncos sitiados na capital.
O “guru” do putêdo e da corrupção logo tratou de abafar o ruído pífio dos jornalistas invertebrados presentes na Pocilga, e os tímidos protestos que alguns dos seus prosélitos esboçaram. Para mais a mais agora, com uma tranche de tal modo gorda que dará para comprar mais marisco de Matosinhos, toda a fruta fresca da época e os chocolatinhos de melhor qualidade existentes no mercado.
E ainda vêm alguns estúpidos da Gloriosasfera e da blogosfera, exultar com este desfecho. É bom que tirem o cavalinho da chuva – para aqueles lados, mais dinheiro equivale a mais corrupção e mais poder.
Esta história teve de tudo – promessas mentirosas de fidelidade, juras de amor eterno, convicções ilusórias e declarações fúteis de circunstância. Coisas que nada valem, e de nada valeram. E, portanto, nada de surpreendente o fim deste idílio bacoco entre dois artistas do Freixo.
A filha-da-putice está-lhes no sangue – contra inimigos e adversários, ou internamente, nas suas relações pessoais e profissionais. E quanto mais próximas, pior!
Já em tempos, o “guru” das bufas disse que lá em cima é assim que as coisas se fazem, e também é assim que eles se tratam uns aos outros. A referência ao “tás bom, ó filha-da-puta”, é inesquecível!
Só que agora a saudação foi diferente.
- Não posso crer, ó miúdo, filha-da-puta! – exclamou o “guru”.
Da capital inglesa, o garoto, já sentado noutra cadeira, de estilo vitoriano, respondeu-lhe com muito amor…
- Good bye, old man, sun-of-the-bitch. Fica lá com o teu grémio e com mais umas libras chorudas para mais mascambilhas, que te ofereço, que eu fico com o meu money!
Coisas de filhas-das-putas, mas…sempre amigos!
Palermo é assim mesmo. Dá para todos!
GRÃO VASCO
