13.11.11

À EUSÉBIO!



Eusébio diz que Sporting era “clube dos racistas”


12 Novembro 2011-Correio da Manhã


“Não gosto do Sporting. No meu bairro, era um clube de elite, da polícia, que não gostava das pessoas de cor, era racista”. É desta forma taxativa que Eusébio descreve a visão que tem do clube de Alvalade.


A antiga glória do Benfica revela que o Sporting não quis pagar a mesma verba que o clube encarnado e que não respeitou a sua família. “Assinei contrato com o Benfica, não assinei nada com o Sporting. É tudo mentira”, afirmou a antiga glória do futebol internacional, numa entrevista à revista ‘Única’, publicada este sábado. Eusébio conta que o clube encarnado pagou 250 contos à sua mãe e ao irmão mais velho, um valor que o presidente do Sporting da altura, Braz Medeiros, não pensou em cobrir.


Eusébio explica que apenas jogou no Sporting de Lourenço Marques, quando vivia em Moçambique, porque o treinador do Desportivo nunca o “deixou treinar” e porque a “mãe não percebia nada de futebol”.


Sobre o alegado rapto, Eusébio é peremptório: “Então se o Benfica me tivesse raptado, eu iria gostar de uma equipa que me tinha feito isso? Não gosto é do Sporting”. Para o ex-jogador, a história foi inventada porque, após três meses da sua chegada a Portugal, o clube de Alvalade percebeu o seu valor. E reforça: “Eu nem do Sporting de lá gosto, quanto mais do de cá. Tudo o que hoje sou é graças a mim, aos meus colegas e ao Benfica”.


Na mesma entrevista, o ex-internacional português diz ainda que só não jogou em Itália porque o António Oliveira Salazar, o “padrinho” como lhe chama e com quem se encontrou oito vezes na Assembleia da República, nunca o deixou sair de Portugal.



Eusébio não esteve com meias-medidas. Tirou as pantufas, calçou as “chuteiras” por um momento e zás! Aí vai disto!
Já está!
E está muito bem!
Certeiro, violentíssimo, colocadíssimo!

Godinho Lopes mereceu estas declarações de Eusébio. Estava a pedi-las a partir do momento em que se imiscuiu na alegada “estória racista” atribuída a Javi García, contada por um energúmeno da Falperra, sem crédito, e que através de constantes farsas, desprestigia a profissão que tem.
Godinho Lopes ficou a saber que “brincar” com respostas manhosas a perguntas mal-intencionadas é um abuso torpe e provoca um efeito “boomerang”.
Godinho Lopes, que nada tinha a ver com o caso, instado pelos jornalistas presentes na Gala da Confederação do Desporto de Portugal, começou por salientar que “nada tinha a dizer”, para logo a seguir “envenenar” a situação, apregoando que no seu grémio não há racismo, dando claramente a subentender que essa questão é com outros…
Ninguém lhe perguntou se o seu clube teve ou não práticas desse tipo, por isso, cortava o tema à nascença, metia a “violinha” no saco, e respeitava acima de tudo o Benfica e os seus jogadores.
Não resistiu ao complexo “Benfica” e entrou pelos caminhos tortuosos do costume…

Haverá certamente alguns çeportènguistas abespinhados com estas observações de Eusébio, mas Godinho e os “lagartos” ressaibiados do costume bem as mereceram.

Desportivamente, Eusébio foi o meu ídolo de infância e da minha juventude. E hoje, tal como no passado, continua a sê-lo, com mais uma enorme achega – é o maior símbolo vivo do “meu Benfica” e do “meu Portugal multirracial”!
Eusébio é preto!
Como se diz na gíria, “preto retinto”!
Leram bem?
E depois?
Eu sou branco.
E depois?

Por mais que o lagartêdo se esgadanhe e esganice, para as gerações vindouras, sejam elas de pretos, de brancos, de castanhos ou de amarelos, Eusébio ficará para sempre como uma lenda imortal do Benfica e de Portugal!

Eusébio “despejou” um pouco o seu “saco”. Colocou a História no seu devido lugar e não deu abébias.
Acima de tudo, corrigiu aquela cambada de mentirosos e anti-Benfiquistas que se entretêm a adulterar a História, distorcendo os factos, atropelando insidiosamente os protagonistas!
Para que fique registado, e acredito que só pela boa-vontade do “Pantera Negra”, cuja paciência tem sido mesmo “de preto”, é que alguma corja jornalística da nossa “praça” continua a desvirtuar os factos, num abuso inqualificável!

Como exemplo, tenho em mãos, um exemplar, ou melhor uma “obra-prima” do “record das petas”, alusiva aos 66 anos de Eusébio, uma edição datada de 2008. O seu autor, Rui Dias, e a camarilha responsável pela edição da publicação, e que chafurda e de que maneira todos os dias naquele execrável pasquim – Alexandre Pais, António Magalhães, Nuno Farinha, Bernardo Ribeiro e quejandos (TUDO BONS RAPAZES) – fizeram nessa data, um “trabalhinho” à altura.

O prefácio é de Artur Agostinho, um conhecido “lagartão” pelo qual tive algum apreço. No 1º capítulo, o título é “D. Elisa”, mãe de Eusébio, para logo a seguir no 2º ser “Sporting”, omitindo ser o de Lourenço Marques, hoje Maputo e com a particularidade de exibir a foto da equipa com o Eusébio, muito jovem, equipado com o respectivo pijama. Se calhar foram-no buscar à cama para tirar essa fotografia. No 3º é “Lisboa”, e só o 4º é que se titula “Benfica”. E é só aqui, na 11ª página que aparece Eusébio envergando o “Manto Sagrado”, ao lado de Costa Pereira e Mário Coluna!
Mais à frente, há capítulos para todos os gostos da lagartagem – sobre Damas, João Rocha, Carlos Lopes, Figo e Ronaldo. Só faltou Joaquim Agostinho. Talvez porque a sua bicicleta já estava enferrujada há algum tempo ou tinha os pneus furados!
Neste desfile de vedetas da côr do “record das pêtas”, tenho muita admiração por algumas, mas foram propositadamente ali postas para ofuscar Eusébio, o que demonstra a necessidade mórbida e complexada daquela corja de “recordistas” de dar mais lustro às estrelas de segunda grandeza comparadas com o esplendor de Eusébio.

Toda a publicação foi uma merda!

Na altura, insurgi-me contra esta peça “martelada”. Não tinha um “blogue”, ou outro meio de divulgação para expressar o meu descontentamento.
Mas para cúmulo deste abusos em que o lagartêdo é farto, na página 63, mais uma grande foto de Eusébio. Um grande plano com Eusébio vestido com uma camisola do Çeportèn, beijando uma Taça de Portugal, distorcendo-se premeditadamente a realidade, para depois na respectiva legenda a maliciosa corja dizer “não é para levar a sério”!
O facto é que o Benfica venceu essa Taça de Portugal e Eusébio, ao trocar de camisola com um jogador adversário, muito naturalmente vestiu-a. Ao tempo, insurgi-me contra esta publicação, inclusive telefonando para o jornal “O Benfica”. Não a esqueço e tenho-a bem “guardadinha”, para um dia, se puder, esfregá-la bem esfregada nas fuças de alguém.

Isto tudo porque há revisionistas complexados que querem torpedear a História e porque Eusébio, em consequência, resolveu “abrir o livro”.

E também só gostava de perguntar se o lucro dessa publicação foi dividido equitativamente pelo Eusébio…

A par do Benfica, este blogue é uma homenagem a quem, nos meus tempos de menino e moço me deu extraordinárias alegrias, com as suas formidáveis exibições, com os seus formidáveis golos, os golos do Benfica, os golos de Portugal!
Eusébio merece-a. E é por tudo isso que a sua imagem, retirada da estátua em sua honra, do Estádio da Luz, penta-replicada, encabeça o “Pinceladas Gloriosas”, tendo mais abaixo, noutra foto do grande fotógrafo e Benfiquista Nuno Ferrari (que morreu de emoção no velhinho Estádio da Luz), a evocação de um momento fantástico do célebre jogo Portugal-Coreia do Norte, quando o “Rei”, num momento dramático de uma derrota que estava a ser humilhante, carregava às costas, sózinho, a Selecção Nacional para uma recuperação extraordinária – de 0-3 para 5-3 com quatro golos seguidos.

VIVA EUSÉBIO! VIVA O BENFICA!

GRÃO VASCO

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