10.2.12

A solução vitoriosa


O dossier dos direitos televisivos sobre os jogos do Benfica é, talvez, a questão mais delicada e difícil que Luís Filipe Vieira teve até agora como presidente do Benfica.

Não vou atolar-me no emaranhado que será o clausulado do contrato com a Olivedesportos, nem fazer cálculos de audiências televisivas aos 15 jogos que o Benfica tem por época para o campeonato da Liga, nem sobre publicidades estáticas no estádio da Luz, nem tão pouco falar em desperdícios “banais” como são os 5 milhões por Enzo Perez e demais minudências…

Há sim uma determinada visão estratégica com duas ou três linhas fundamentais que quero partilhar com os Caros e Gloriosos Companheiros.

No Benfica, toda a Oposição aguarda com expectativa a decisão de LFV em relação ao dossier Olivedesportos. Curiosamente, os seus apoiantes também.

Se questionarmos o Benfiquista comum, sócio e adepto como eu, sobre este tema, a sua opinião é mais que conhecida e há muito tempo. E é maioritária.

LFV tem uma noção tão exacta desta questão, que durante a sua entrevista televisiva desta semana na RTP 1, não abriu o jogo, limitando-se a dizer que haveria duas opções e que o “número” para a renovação do contrato com a Olivedesportos já o teria na sua cabeça.

Seja qual fôr o “número”, há mais questões que LFV não abordou e que são tão importantes como o tal “número” – as eleições no Benfica, em Outubro, a sua continuidade como presidente e a estratégia a desenvolver perante o condicionamento de uma cláusula do actual contrato com a Olivedesportos, em que qualquer que seja a verba acordada no futuro, logo o inimigo sediado em Palermo beneficiará de um contrato actualizado no valor de 80% do que aquele que for feito entre o Benfica e a Olivedesportos.

LFV ao efectuar qualquer acordo que seja com o amigo, conhecido pelo “Murdoch de Penafiel” e também amigo do pior inimigo do Benfica e de LFV, poderá estar a hipotecar a sua continuidade como presidente do Benfica.

LFV sabe isso tão bem, tal como o “número” que tem na sua cabeça.

E sabe também que qualquer que seja o “número”, a decidir-se por essa opção, estará a beneficiar o seu inimigo “mortal”.

Só não entendo muito bem a “pressa” para resolver este dossier. Admito que talvez tenha a ver com uma futura iniciativa da Liga - através das medidas que o seu novo presidente, em consonância com quem o apoiou, quer implementar - ao tentar negociar os direitos televisivos dos clubes das duas ligas na globalidade e assim o Benfica por antecipação, salvaguardar aquilo a que efectivamente tem direito pela sua dimensão e mercado, não desbaratando milhões para inviáveis "sem-abrigo" não geradores de receitas, chefiados pelos fiúzas deste país.

Em suma, a solução vitoriosa, para o Sport Lisboa e Benfica, para os Benfiquistas e para LFV é, na minha modesta opinião, a Benfica TV.

Custe o que custar!


GRÃO VASCO

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