8.3.12

"Point of no return"



Agora, Caro Presidente, já não poderá voltar atrás.
O Sport Lisboa e Benfica terá mesmo que descolar.






Tal como uma aeronave, já num ponto definido da pista, movendo-se a determinada velocidade, pronta para a levantar vôo, a SAD do Sport Lisboa e Benfica, ao tomar esta decisão, recusando a proposta da Olivedesportos – um autêntico gozo e afronta ao Benfica depois de tudo aquilo que foi dito e redito – já não poderá inverter o percurso e abortar a “descolagem”. Nem que agora, Joaquim Oliveira dobrasse a parada.

Irreversível!

Qualquer outra proposta que venha a ser feita neste âmbito pelo “Murdoch de Penafiel” será sempre mais uma afronta e um enorme abuso à Instituição que durante anos e anos prisioneira nas grilhetas de uma rede complexa, se viu asfixiada e manietada de tal forma, que parecia quase impossível uma tomada de posição como a que foi tomada agora pela sua SAD.

Mas há males que vêm por bem, e sabendo-se já há algum tempo, que o peso das transmissões televisivas não é condição única para que as operações e acções do Clube não continuem a ser desenvolvidas e sustentadas, colocou-nos na posição inversa – isto é, a posição do Sport Lisboa e Benfica nas negociações com qualquer entidade, nesta área, não é frágil, antes pelo contrário, hoje é enorme e bastante reforçada pelas evidências. E isto, quer os detractores e crânios que vagabundeiam irracionalmente na Blogo/Gloriososfera e em outros locais queiram ou não, nunca poderá ser contestado, sob pena de ninguém valorizar este grupo de críticos e oponentes a LFV, à sua gestão e ao seu staff.

O Presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, numa mediática entrevista à RTP 1, disse inequìvocamente que se aproximava o tempo das grandes decisões. Das decisões estratégicas.

Pois esta decisão não pode ser analisada sòmente numa única vertente - a do dinheiro, ou financeira se quisermos.

O que eu tenho visto e lido na Gloriosasfera é falar-se de milhões para trás, milhões para a frente, para cima, para baixo, para todos os gostos da freguesia Benfiquista. A forma tem sido demasiadamente leviana e primária para quem se assume como oposicionista ou contestatário sério e credível a LFV.

A SAD Benfiquista e os seus assessores, que trabalham na área dos direitos televisivos e em toda a área que é a transmissão dos jogos de futebol do Clube, via TV, e que indubitàvelmente é composta por elementos reconhecidamente habilitados, para terem chegado à conclusão que os valores propostos ficaram muito aquém do que o Clube/SAD pretende, e que há envolventes que actualmente não podem ser descuradas, é porque fizeram a devida ponderação sobre a sua decisão e as respectivas consequências.

Se a SAD do Benfica, na pessoa de LFV, decidisse continuar de braço dado com a Olivedesportos, seria o caminho mais fácil e o mais cómodo.

Mesmo que LFV o pense, já não o poderá fazer. Sob pena de se descredibilizar perante os sócios e milhares de adeptos Benfiquistas. LFV sabe, já o sabia há muito tempo, e só assim se compreende o comunicado telegráfico da SAD à CMVM, que o volte-face em qualquer negociação futura com a entidade em causa, mesmo que os valores envolvidos possam vir a parecer à Comunidade Benfiquista, irrecusáveis, poder-lhe-á trazer num futuro a curto prazo sérios amargos de boca, sendo o principal, a sua eminente derrota nas próximas eleições, consequência clara de uma deterioração, descredibilização e fragilização da sua imagem como defensor intransigente e supremo dos interesses do Sport Lisboa e Benfica, arma que LFV não se tem cansado de apregoar e repetir nos seus discursos, entrevistas e quase em todas a s suas acções públicas.

Numa outra perspectiva, se Joaquim Oliveira, a breve prazo, aumentar a parada, mostrar-se-á a todos, especialmente aos Benfiquistas, um vendedor de “banha-da-cobra”. Depois de “atirar o barro à parede, para ver se ele pegaria” seria uma total “chico-espertice” e caíria no ridículo ao apresentar o negócio desta forma.

A terceira questão, estará sempre ligada à tal alegada cláusula dos 80%, que os parasitas do Freixo activariam à Olivedesportos, em função dos valores que esta pagaria ao Benfica. Assim a torneira fecha-se e os (não) proventos desse malabarismo limitarão o orçamento da entidade condenada por corrupção tentada.

É hora de o Benfica jogar em vários tabuleiros, respondendo firmemente às jogadas subterrâneas e parasitárias do “Madaleno” & sus terribles muchachos corruptores.

Assim, resta ao Benfica e a LFV fazer pela vida, traçando nesta área, como já foi feito em muitas outras, o seu próprio caminho, e mais uma vez, exemplarmente, assumir-se como pioneiro.

LFV tem conseguido fazê-lo muito bem.

O seu pioneirismo em diversas áreas, assumido corajosamente e com êxito tem-lhe dado ao longo destes anos grande crédito e uma enorme margem de manobra.

O tempo, esse, não se constitui um problema. Antes pelo contrário, só em 2013 se iniciará a nova contagem dos direitos televisivos a partir do zero. Até lá, está nas suas mãos e nas dos seus oficiais-de-campo, a construção do edifício necessário à obtenção do êxito pretendido.

O caminho é difícil?

É, sem dúvida, para mais a mais com os tempos turbulentos de uma crise infindável, desgastante e desesperante para muitos. Mas ao optar pela decisão esperada por milhões de Benfiquistas, LFV estará òbviamente a exigir também de todos um compromisso. O de poder contar que as prestações dos adeptos Gloriosos em Portugal e em todo o mundo, cairão a partir de 2013 nos cofres do Benfica, em vez de ficarem em qualquer gaveta da Sport TV e do grupo a que pertence, varrendo de uma vez por todas do Glorioso, uma agiotagem velha e espúria de verdadeiras sanguessugas. 

GRÃO VASCO

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