11.4.12

O “caso” Cardinal (I)




A notícia de que José Cardinal, árbitro auxiliar da associação de futebol do Porto e homenageado pelo seu presidente Lourenço Pinto, está sob investigação judicial, não me causou estupefacção absolutamente nenhuma e para já, é prematuro tecer qualquer considerando sobre a ocorrência, muito menos conclusões.

Mas há duas conclusões indirectas que se podem tirar imediatamente – o mundo çeportènguista ou tudo o que a ele está ligado de uma ou de outra forma, está a "trabalhar" e a "actuar" bem nestas áreas do apito, seja na forma de escrutínio, seja na forma do “trabalho pròpriamente dito”...

Quanto a esta última e sòmente a talhe de foice, não esqueçamos o que se passou com LFV à porta do balneário do lagartêdo aquando do jogo Benfica-çeportèn realizado na Luz…

Já o disse aqui e repito-o as vezes que forem necessárias – os apitadeiros e os seus auxiliares deverão em toda e qualquer circunstância ser escrutinados até à exaustão.

Os Benfiquistas que conhecem estas gentes, sejam vizinhos, amigos, conhecidos, colegas de trabalho, parceiros de comezainas ou de festas, namorados de amigas, têm a obrigação de os monitorizar adequadamente, pois só assim é que eles andarão na linha.


A denúncia feita pelo Calimero dos Paquetes no timing exacto ao presidente da FPF que logo reuniu com o staff federativo responsável e com a PJ, de acordo com o noticiado, e a consequente investigação em curso, deveu-se a alguém que veiculou esse dado para dentro do çeportèn e para o seu presidente. Esse “escrutínio” desse “alguém” que decerto se manteve e mantém atento a este tipo de manobras foi feito e bem feito.

Resta-me por enquanto dizer que há gente que não anda a dormir.

Espero que todos os Benfiquistas também não durmam, nem se retraiam, pois isto não é nenhuma “caça às bruxas”. É, isso sim, lutar por um futebol limpo e sério.

E era assim que deveria ser sempre, quer em relação a depósitos, quer em relação, por exemplo a facturas diversas de outrora e afins.

As escutas telefónicas, por malabarismos jurídicos não foram consideradas meios de prova, mas como não puderam ser branqueadas ou destruídas – o lendário Tripulha encarregou-se de evitar esse hiato histórico/documental - como foram muitas outras coisas de há trinta anos para cá (até uma data de fundação de um clube foi alvo de um revisionismo escandaloso) serão sempre uma prova viva da mentira e da chafurdice em que o futebol caiu desde esse tempo até hoje. Conhecemos bem os seus mentores e os seus ordenanças.


Vamos aguardar com atenção para ver como Cardinal se vai safar deste imbróglio ou como o “sistema” actuará para fazer dele a “expiação” para todos os actos tenebrosos que se foram verificando ao longo de três décadas e para nos fazerem também crer que afinal o “sistema” esteve e está sempre dentro da lei, sejam quais forem os seus representantes nos orgãos de decisão.


E porque perguntar não ofende, a confirmar-se uma situação ilícita, será que foi só ele a “comer”?
Ou houve, há e haverá muito mais gente a “comer”?


A segunda conclusão é que os Apitos nunca mais acabam, sejam dourados ou importados como agora, da ilha da Madeira.


GRÃO VASCO

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