A meio da semana passada,
o Cristóvão das Cavernas, um trolha do Fôsso do Lagartêdo, finda a pintura dos
mastros e a desmontagem dos andaimes cardinalícios, agarrou nos papéis de
parede, nas tintas, nas trinchas, nos sacos de cimento e restante tralha,
carregou a caixa aberta do atrelado do seu velho tractor e abalou a caminho do
Paleolítico com escala no tribunal e com a conta do contencioso a sobrar para o
visconde dos paquetes, que estranhamente lhe tem aparado todas as jogadas.
Durante três dias a
extinção desta espécie de homo
incendiarius pareceu ser uma realidade.
Pareceu…
Pois sabe-se agora
que este último abencerragem da Idade da Pedra Lascada deixou cá descendentes.
E não são tão poucos como isso.
No último
fim-de-semana, em Loures, o Pavilhão Paz e Amizade foi palco de um evento
mediático destes hominídeos semi-selvagens.
Na sequência da
exposição itinerante no Pavilhão Atlântico sobre os dinossauros e da mostra
pré-histórica inaugurada recentemente pelo basket
do Benfica no Caixote do Ladrão, no Freixo, o certame de Loures deu a conhecer
na íntegra os “cristóvãos” no seu habitat natural – transformaram dois simples
jogos de futsal em rituais tribais perigosos e assustadores.
Nem os vigilantes do
recinto conseguiram travar os ímpetos animalescos deste bando de trogloditas
que ululantes e em fúria, amontoados, juntos às linhas laterais do recinto,
agarraram, ameaçaram e insultaram os jogadores do Benfica, só faltando dar cabo
deles à dentada e à cacetada…
Os juízes de campo,
por sua vez, complacentes com estas selvajarias, denotaram surdez e visão parciais
doentias, pois deixaram impunemente prosseguir o certame até ao fim, talvez com
a ideia de que esse sábado e esse domingo seriam suficientes para que o “filme”
ficasse já completo. No primeiro dia aconteceram as barbaridades acima
descritas e no segundo, o arremesso e rebentamento de um petardo, pertíssimo de
um dos juízes e de jogadores do Benfica criou uma tensão enorme para além da
insegurança que já se verificava desde o dia anterior.
Foi um fartar
vilanagem!
Os representantes dos
“cristóvãos” em campo, o seu intragável “orientador” Orlando e o dirigente do
futsal do Lagartêdo, Miguel Albuquerque, sabendo deste ambiente “caseiro” de
“paz e amizade” propício à intimidação e ao terror sobre os adversários, em
muito contribuíram para um clima inacreditável, com as suas declarações
sistemáticas, como por exemplo “vamos ter
de lutar até à morte” e quejandas.
Mas não chegou, pois
terão de regressar em breve à civilização, no outro lado de lá da segunda
circular.
O meu desejo é que no
próximo sábado, aconteça o que acontecer – a vitória do Benfica ou não - a
resposta dos adeptos e sócios Benfiquistas seja entusiasmante e civilizada.
Valerá a pena mostrar essa diferença a
“Orlandos”, “Godinhos”, “Albuquerques” e “cristóvãos” e lembrar-lhes que o Pavilhão
Paz e Amizade em Loures, quando usado pelo Lagartêdo não faz jus ao nome que
tem, nem faz parte da rota turística dos Benfiquistas e amantes do desporto em
geral, transformando-se num antro incontrolável, violento e ameaçador mais
parecendo uma caverna pré-histórica grotesca e aterradora, estimulada e
instigada pelos seus próprios dirigentes.
Uma referência final
para duas criaturas abomináveis da RTPalermo – dois “catitas” de leão ao peito,
péssimos profissionais que não conseguem conter o seu reles facciosismo contra
o Benfica em favor dos “cristóvãos de Loures”. Agora já nem disfarçam, é sempre
a aviar como os Hugos Gilbertos, Louras, Leites e Manuéis da Silva, do Freixo. Para
eles, nos dois dias do fim-de-semana não se passou nada. Com o Lagartêdo em
vantagem e na eminência de vencer o campeonato, tudo corria sobre rodas, tudo era
uma festa, mesmo a assistirem àquele vandalismo absurdo e a ouvirem os cânticos
insultuosos habituais – SLB, fdp’s SLB
- aos Benfiquistas… até que veio o Vítor Hugo, defendeu dois penaltys e pronto, a Águia comeu-os!
GRÃO VASCO
PS – Um parvalhão, vogal do Lagartêdo, de nome Ricardo Tomás, veio insurgir-se hoje, contra o treinador Paulo Fernandes depois de este ter pedido um “inferno” para o Pavilhão da Luz no próximo sábado, considerando as suas declarações “incendiárias”.
Porventura, este estúpido enxergou o que aconteceu em Loures?
E saberá ele o significado de “inferno” quando se fala na Luz?
Estes cabrões do Lagartêdo não têm decência nenhuma. Nem depois do triste espectáculo que deram na Luz quando atearam fogo às bancadas – aí é que foi mesmo um incêndio – conseguem diferenciar esta palavra da palavra “inferno”.
Mas afinal como é que estas bestas da pré-história, desprovidas de massa cinzenta, conseguiriam compreender estes significados?