18.10.12

Rangel? Não, obrigado!


Uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma, têm sido até agora as propostas e os projectos da candidatura de Rui Rangel à presidência do Benfica.
 

A apresentação da sua candidatura, bem como do seu staff, deixou antever um início de campanha pífio e insípido, sem alternativas concretas e objectivos claros e desafiadores. É isso que exactamente tem acontecido.

 

Uma desilusão, muito especialmente para os ferozes anti-Vieira, nos quais se incluem alguns benfiquistas, a maioria deles composta por originários de uma claque não legalizada do primeiro anel do topo sul que mantém um diferendo que os opõe ao presidente do Sport Lisboa e Benfica e por uma clique de iluminados e rejeitados que chafurda na blogosfera Benfiquista, que tudo têm feito para atirar com o poder legítimo ao charco e fazer com que ele caia na rua, seja à bomba ou ao petardo, espicaçados e manipulados por meia-dúzia de ressaibiados cujos “serviços” foram em tempos dispensados pelo clube.

E essa desilusão foi ainda maior, quando no seu discurso, o juiz se dirigiu aos Benfiquistas, agrupando-os em adeptos e claques, mesmo sabendo há muito que estas são na sua génese um ninho perigoso, onde se acantonam marginais, criminosos, drogados, traficantes, aldrabões, parasitas, candongueiros e agitadores e tudo o que de mais baixo de pode encontrar na sociedade jovem.

 

Depois, na abordagem aos temas mais prementes e que têm sido o cerne das discussões nos meios benfiquistas, ficou-se pelo zero absoluto.

1. a negociação dos direitos televisivos e o “não”categórico à Olivedesportos.

2. combate à corrupção, com reforço no “corte” em relação ao grémio da fruta & putêdo e maior distanciamento do lagartêdo.

3. ruptura com a direcção da FPF e respectiva comissão de arbitragem.

 

Com duas excelentes oportunidades para mostrar ao universo glorioso as virtudes da sua candidatura, Rui Rangel desbaratou-as, perdendo-se no vácuo de um discurso de apresentação repleto de lugares comuns, com as habituais e recalcadas alfinetadas no seu adversário e nas malhas de uma entrevista à RTP1, em que o benfiquista José Rodrigues dos Santos fez o que quis do pobre juiz, com perguntas de algibeira que demonstraram a fragilidade e a impreparação de um candidato que é mais contra Vieira do que a favor do Benfica.

 

Se a última intervenção pública não foi um descalabro, andou lá muito perto!

 

E se também se saúda, a bem do “espírito democrático” uma disputa eleitoral com mais do que um candidato – uma autêntica conversa fiada de ocasião ou trêta de alguns, para justificarem determinados fins – é para mim, já hoje, e cada vez mais nítida a preferência por aquele que tem cometido erros, que se tem enganado diversas vezes e com defeitos como qualquer mortal, mas que tem elevado bem alto o nome do Benfica no país, na Europa, África e resto do mundo, que o reergueu das cinzas, que lhe deu credibilidade e respeito, e que o tem defendido com verdadeiras garras de águia versus um outro pleno de virtudes, com uma intervenção cívica imaculada, rodeado de excelsos democratas e homens de leis, arautos da mudança pela mudança porque é boa a “alternância democrática”,porque o Benfica não é uma ditadura e demais disparates “democráticos” já velhos e relhos, mas que logo na sua primeira aparição pública enveredou pelo caminho fácil da demagogia e do populismo - quando disse que estava perante as melhores claques do mundo e que nunca tinha sido sócio do grémio corrupto e do lagartêdo. Foi realmente obra!

 

Uma nota mandatória para o mandatário Ribeiro e Castro. Curiosa, no mínimo, a forma como apelou à elevação e urbanidade da campanha eleitoral, aproveitando de imediato para afinfar umas ferroadas inadmissíveis no presidente do Clube, quando três semanas antes o tinha colocado nos píncaros da Luz, dando-lhe pelo seu mandato e numa escala de zero a vinte, a belíssima nota de quinze ou dezasseis valores. E não se pode escamotear que foram essas torpes insinuações (prolongadas num programa televisivo) que anteciparam as do juiz, que as corroborou ainda mais e que deram azo a que Vieira respondesse à letra e alertasse para o ressurgimento de novos Vales e Azevedos.

 

Numa situação destas, o que é que estes senhores queriam?

 

Que LFVieira se calasse? Ele já o disse e bem, que não o vergam pela ofensa e pela calúnia e como candidato tratou logo de colocar os opositores em su sitio. O mesmo faria eu, ainda com mais virulência.

 
 

Prefiro - mesmo sem o “espírito santo de orelha” do sempre atento António Melo do EDDB e abstendo-me de discutir a forma ou o tipo de prateleiras a implementar na Luz - aquele que errou e que com certeza irá errar mais vezes, mas que acerta muito mais vezes, mais e melhor, do que aquele que só tem pontaria para denunciar o erro e que está sempre a acertar no mesmo alvo.

 

 
GRÃO VASCO

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