13.2.14

Maus-Fígados



O homem é assim, tal e qual como um cornúpeto no Campo Pequeno – sempre que o tema é futebol e vê o vermelho à sua frente, investe desvairado sobre ele.

Esta obsessão doentia tem-no acompanhado ao longo de algumas décadas de insucessos e desgostos futebolísticos e tem vindo a agravar-se na actualidade.

Todos sabemos como ele trata os fígados dos outros, mas lá diz o ditado, “em casa de ferreiro, espêto de pau” e o raio do homem continua a ter o seu num estado lastimável; as descargas de “bílis” têm sido cada vez mais frequentes e dolorosas, e com etiologia conhecida – antiBenfiquite crónica e severa.

Certo, certo, é que nem de porrada é farto, e em vez de sofrer em silêncio, mitigando erros seus ou carpindo as mágoas das suas derrotas, debruçado sobre o Fôsso do lagartêdo, perorando entre brunos, ignácios & jardins, resolve investir os seus maus-fígados em textos opinativos ordinários, todas as semanas, no pasquim do pançudo dos croquetes.

 

Vem isto a propósito da sua miserável e obstinada crónica sobre as ocorrências no estádio da Luz, no domingo à noite, dia de derby entre o Benfica e o seu grémio.

Suja, sujinha, sujinha. Incomparàvelmente muito badalhoca ao contrário da utilitária e inerte lã de rocha que acidentalmente se espalhou pelo relvado e pelas bancadas.

Antes do mais, Eduardo Barroso – é este o nome da peça – deveria consultar um seu colega oftalmologista, ou mesmo um neurologista, pois para lá da visão parcial e doentia de ver penaltys contra o Benfica e a favor da sua equipa em todo o lado, até mesmo nos sanitários do estádio da Luz, possivelmente terá a zona das emoções do respectivo lóbulo cerebral lesada de uma forma tal que será difícil reverter essa maleita de forma a amenizar a sua antiBenfiquite incurável.

 

À sua pseudo modesta pergunta, “mas quem sou eu?”, a resposta é simples – um triste e frustrado adepto do lagartêdo, obcecado pela supremacia do seu ódio de estimação – o Benfica – e que assim, de uma forma torpe, manipuladora e falaciosa quer enganar os incautos e mais concretamente aqueles que como ele envergam aquele pijama às riscas horizontais verdes e brancas, e que, por exemplo, engaiolados no Templo Sagrado, resolvem, criminosamente atear fogo às cadeiras de uma forma premeditada e consciente, podendo aí, sim, criar situações de verdadeiro pânico entre a multidão, constituindo um enorme perigo público.

 

Nunca o vi abespinhado e indignado com estes factos relacionados com o seu grémio e seus apaniguados, como também não o vi como paladino da ética, da moral e dos bons costumes, etc., etc., etc., blá, blá, blá, blá, blá, quando comprovadamente se verificaram por parte de responsáveis ligados ao seu grémio, actos de tentativa grosseira de suborno sobre um árbitro auxiliar nomeado para o jogo entre o lagartêdo e madeirenses.

Então e que tal prevenir os trambolhões de cabeça de alguns dos seus consócios que se verificaram há uns tempos atrás, no fôsso do lagartêdo. Então e aí? Foi o vento, foi a tempestade?

 

E que tal, encher uma página de jornal sobre estes deliciosos temas?

Terão cabimento nos seus arrazoados da “intervenção cirúrgica” ou haverá aqui negligência de fanático?

“Tá queto”!...

Não, não, isso não…

Mas já teve o atrevimento de, baseado em declarações extemporâneas de Mário Dias, radicado em Angola há alguns anos e longe dos affaires do Estádio da Luz, sustentar insinuações e especulações sobre a insegurança do recinto, esquecendo pura e simplesmente a severidade do temporal que nesse dia, especialmente, assolou todo o país.

 

Mas a sua incontinência ultrapassa os limites, misturando a situação anómala com a parte desportiva, chegando ao cúmulo de “acusar” veladamente o Benfica de responsável pela ocorrência, para depois, com uma falsa magnanimidade, vomitar a aleivosia, partilhada de um comunicado bastardo e obsceno emitido do fôsso, de que o seu grémio não quis considerar o Benfica como culpado, não querendo assim ganhar o jogo na secretaria, mesmo antes dele ser realizado, concordando com o seu adiamento.

 

A isto chama-se manipulação. Manipulação descarada e rasteira.

 

Quanto às alegadas “vergonha e chacota internacionais”, a UEFA deu-lhe a ele e a mais uns quantos que bolçaram asneiras em catadupa a resposta adequada. A final da Champions é no Stadium of Light, in Portugal, o que quer dizer que o Templo Sagrado continua intocável apesar desta corja de lagartinóides e dos mentecaptos geracionais benfiqueiros na blogosfera, aparecerem, prontos a abocanhar as míseras migalhas boateiras de uma comunicação social empenhada em destruir o que no Benfica está muito bem feito.

 

Quanto à questão desportiva, Barroso não tem emenda, agarrando-se aos seus cohibas de estimação e a um bom balão do melhor cognac francês, prevenindo assim doenças graves, como quis prevenir a queda da lã e das placas de alumínio, reduzindo assim o risco de morbilidade e mortalidade em tudo o que o seu estatuto de cidadão prosélito do grémio do fôsso do lagartêdo possa interferir, continuando assim a sua saga antiBenfica.

 

No domingo apanhou um banho de lã. Na terça apanhou um banho de bola.

 

Até Leonardo, uma subespécie de leão de juba há muito num estado caducante, veio falar em “matar o borrego”, como se o grémio do lagartêdo, agora transformado num albergue de pirómanos, chantagistas e falsos moralistas, fosse um “Unidos do Mija na Escada FC” da distrital de Lisboa…

Se calhar e por este andar, para lá caminha.

São eles que vão traçando o seu inexorável destino.

 

Ao que isto chegou!

Mas como disse jocosamente essa eminência barroseira, “vai correr tudo bem, à portuguesa!”

 

E não é que correu mesmo?

 

 

GRÃO VASCO


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