19.12.14

Artur Soares Dias distribuiu “peaners”



É Natal. Por isso é mandatório matar a fome no mundo.

Artur Soares Dias, como “bom samaritano” dos adversários do Benfica, procedeu em conformidade. Valeu-se da quadra natalícia cumprindo com a tradição. Pôs um Pardo no sapatinho dos brácaros em vez de despachá-lo para os balneários no derrube a Jonas aos 11 minutos de jogo, quando este já seguia isolado para o golo e roubou o Benfica num penalty, acabando por ser o Pai Natal ideal da quadrilha trauliteira da Falperra.

 

ASD viu-se confrontado com o “convite” de Jorge Jesus e não esteve com meias medidas. Toca a distribuir um saco cheio de alcagoitas, os famosos “peaners”, depois de um défice de “subtileza” e de uma “subvalorização” comunicacional com que o industrial dos novos amendoins tratou a sua própria conferência de imprensa anterior ao jogo. Com as duas preciosas prendas – Pardo e penalty para as calendas – lá veio o saco das alcagoitas para abrilhantar a oferta!

 

Jorge Jesus com declarações pouco cuidadas, abriu uma via rápida e cómoda a ASD para que ele apitasse e dirigisse o encontro como bem entendesse. E assim, foi o que aconteceu. Acreditou infantilmente que um dos apitadeiros que mais tem prejudicado o Benfica à descarada, viesse à Luz fazer um trabalho impoluto, justo e transparente.

Um erro de raciocínio e comunicação que lhe custou uma eliminação, para gáudio (com brindes pelo meio) de inimigos seus e do Benfica, onde pontifica o pistoleiro barrasco do fôsso que vê no Glorioso o pai de todos os seus males.

 

Jorge Jesus deve sempre, e pela larguíssima experiência que tem, desconfiar das nomeações e neste caso de uma tão evidente como foi o caso. Já era o terceiro árbitro seguido da associação de futebol de Lourenço Pinto a ser indicado para os jogos do Benfica.

E não foi necessário esperar muito tempo para surgir a confirmação de que ASD iria só por si, eliminar o Benfica – Pardo, que diga-se, é um excelente executante do pontapé na bola, aproveitou o “perdão” da sua expulsão aos 11 minutos por derrube a Jonas e mantendo-se em jogo não foi de modas, marcando o golo do apuramento pela equipa que beneficiou de mais uma habilidade anti-Benfica de ASD.


foto site Sport Lisboa e Benfica

Para ASD foi como as promoções 2 em 1, e assim os brácaros estão na fase seguinte da Taça de Portugal muito à custa desta dupla ocorrência.

 

Jorge Jesus confiou em alguém que já o tramou diversas vezes ao dizer que acreditava que o “árbitro não iria permitir o jogo faltoso dos jogadores do Braga igual ao que ocorreu da última vez na Pedreira”. ASD, antes pelo contrário, permitiu e condescendeu. Declaração ingénua, ou melhor “infantil”, de JJ que mais uma vez lhe custou caro. Uma falta prematura bastou, para demonstrar à saciedade que ASD não iria ser isento ao decidir que iria manter em campo Filipe Pardo.

“De boas intenções está o inferno cheio”.

 

- Rua! - gritou-se no café onde visionava o jogo, quando Jonas foi derrubado.

- Isso é que era bom! Vão ver como ele vai ficar em campo! – afirmei eu, que já tinha avisado os presentes sobre ASD, no meio de uma discussão acalorada.

 

Ora nem mais. Continua aí, tomem lá o 2-1 e vão-se curar.

 

O erro comunicacional de JJ ainda acabou por ter um duplo efeito, porque ao tentar dar um recado ao apitadeiro que dele fez orelhas moucas, acicatou “selvaticamente” os jogadores adversários e o respectivo treinador, dando-lhes o alento necessário e suficiente com essa moralização extra, ao referir-se à sua potencial violência dentro de campo. O treinador dos brácaros nem precisava de mais nenhuma lengalenga no seu balneário para motivar a equipa. Bastar-lhe-ia colar à sua porta as declarações extemporâneas de JJ.

JJ, negligentemente, não usou este facto – violência e agressões de Aderley Santos e Micael, a jogadores do Benfica em Braga - quando devia e que teria o seu timing exacto após ter perdido na Pedreira. Aí sim, aí deveria tê-lo feito com toda a veemência e não agora, acabando assim por contribuir para que os jogadores brácaros tivessem entrado na Luz a 500%.

 

A pouca subtileza e a subvalorização numa desastrada conferência de imprensa, a par de uma sorte que só aparece de 60 em 60 anos, mas a realidade é que ontem esteve lá, foram os factores que mais contribuíram para que hoje estejamos a perorar uma eliminação cruel mas da qual Jorge Jesus e os Benfiquistas, terão definitivamente que tirar as ilacções devidas.

 

 


GRÃO VASCO

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