28.1.15

O 'golpe de marketing' e o 'seguro de vida' de Manuel Mota



Por mais anos que viva, Manuel Mota recordar-se-á para sempre da noite de 26 de Janeiro de 2015 e do penalty marcado em Paços de Ferreira, ao minuto 90 por sua indicação, quando exercia funções de 4º árbitro e que resultou numa derrota cirúrgica do Benfica.

 

Desse momento, não lhe ficará decerto nenhuma amargura, mas sim a lembrança de um grande suspiro de alívio. O sucesso desta sua “acção de marketing” e o “seguro de vida” efectuados em simultâneo vieram trazer uma lufada de ar fresco à sua vida.

Não desperdiçou a oportunidade que nessa noite a vida lhe proporcionou e agarrou-a com unhas e dentes ao tomar uma iniciativa inédita que merecia ser incluída no manual de habilidades da arbitragem.

 

Afinal não é todos os dias que um árbitro envolto num verdadeiro terror, alvo de uma coacção medonha nestes últimos meses, consegue fazer uma demonstração tão cabal da sua isenção como juiz de futebol. Só foi pena ter conseguido fazê-la a uns bons sessenta metros do lance, obrigando o árbitro principal e o seu respectivo auxiliar que se encontravam em excelente posição e a escassos metros, a dar o dito por não dito.

 

O histórico deste árbitro é no mínimo curioso. Numa manobra de diversão concertada entre andrades corruptos e lagartos do fôsso e para despistar os verdadeiros problemas com que uns e outros se debatem, Manuel Mota começou a ser falsamente conotado com a bergonha bermelha da moirama e numa acção nunca vista, estes dois aliados espúrios, vandalizaram num curto espaço de tempo os seus dois talhos no norte do país por duas vezes – montras partidas e várias frases ofensivas e ameaçadoras.

 

Nunca fiz nenhuma análise ao negócio da venda de carne e não imagino qual tem sido a evolução das vendas nos talhos de Manuel Mota, mas certo, certo, é que aquele penalty foi uma acção de marketing muito bem conseguida, projectando a curto prazo um movimento inusitado e promissor nos seus estabelecimentos.

De uma cajadada matou uma série de coelhos. Senão vejamos:

- acção de marketing concretizada com êxito.

- seguro de vida.

- melhoria substancial da sua imagem como árbitro isento.

- manutenção na divisão principal assegurada.

- preservação dos seus estabelecimentos.

- prosperidade no seu negócio privado.

- sucessos desportivo e profissional garantidos.

 

Muito se tem falado e escrito sobre o lance polémico que envolveu Eliseu do Benfica e Hurtado do Paços de Ferreira, quase no fim do desafio, posteriormente prolongado em consequência das grosseiras palhaçadas do guarda-redes pacense.

O lance, tal como quase todos os lances onde intervêm jogadores benfiquistas e que suscitam nem que seja a mais pequena dúvida, criou uma histeria em todos aqueles que obsessivamente combatem sem escrúpulos e sem tréguas o seu ódio de estimação, a entidade causadora de todos os seus males, suas desgraças e seus desgostos – o Grande Benfica.

Para mim, é óbvio que a primeira decisão de Bruno Paixão, corroborada pelo seu árbitro auxiliar, é a correcta. Eliseu toca na bola, desviando-a do seu adversário e só bem depois se dá o contacto entre os dois jogadores. Desta vez, e por ser contra o Benfica, segundo os chicos-espertos anti-benfiquistas ao serviço do fruta corrupção & putêdo, vulgo fcp e do lagartêdo do fôsso, vulgo çeportèn, o jogador do Paços não simulou absolutamente nada. Foi Eliseu que lhe foi às canelas depois de desviar a bola. Para os Tóinos Magalhães alagartados do record das pêtas, Manéis Queirozes morcões azuis e broncos da Cloaca de Contumil e quejandos, o penalty é indiscutível. Mas não. Inclusivamente é notório o encolhimento das pernas de Eliseu, numa nítida intenção de evitar o contacto, posterior, como já referi, ao desarme.

 

Mas assim já está tudo muito bem. Uns continuam aflitivamente a seis e os outros a mais um ponto. Até o Rogério papagaio da SIC notícias já diz, numa prosápia inacreditável que o seu lagartêdo também é candidato ao título.

Só o que faltou foi endereçarem os parabéns a Manuel Mota.

A verdade é que esta sua coragem e esse momento de genuína inspiração irá livrar este apitadeiro de futuras sezões.

Não esqueço o cagaço que é para este homem arbitrar o grémio corrupto. Em menos de um mês – 12.12.2014, Académica fora e 10.01.2015, Belenenses no Antro da Corrupção - foi nomeado duas vezes, o que eu interpreto como um acto de sadomasoquismo dos seus responsáveis, no sentido de aquilatar o real comportamento e prestação não desfavoráveis à horda de Palermo. E no fôsso do lagartêdo, muito cuidadinho, não vá o diabo tecê-las e a “mota” gripar.

 

Os velhos tempos, os tempos tenebrosos da guarda pretoriana da Palermo portuguesa regressaram e em força, infelizmente com a complacência tácita da gajada do fôsso, que não se cansa de servir de câmara de eco da corja corrupta a norte, clamando aqui e acolá, “aqui d’el rei” que os árbitros estão a gamar a favor do Benfica.

Um falso refrão, repetido até à exaustão, que teve este fim-de-semana o seu ponto alto quando um elemento de uma perigosa quadrilha, num restaurante do Funchal, de espêto em riste, avisou João Capela – “ou te pões fino, ou fodes-te!”

Se não foi esta a frase, terá sido parecida ou pior.

E porquê Capela?

Porque Capela também é alvo do lagartêdo, muito embora e paradoxalmente tenha claramente beneficiado o grémio da fruta corrupção & putêdo, vulgo fcp, várias vezes em desafios num passado recente.

Curiosamente esta cena, fez-me lembrar a estória triste de Góis Mota, antigo presidente do çeportèn e eminência parda da Legião Portuguesa do regime salazarista, a entrar ameaçador e de pistola em punho na cabine do árbitro num célebre jogo na Tapadinha entre o seu grémio e o Atlético.

Cosme Machado, mesmo sendo conotado com a pandilha corrupta do Freixo e um apitadeiro que curiosamente continua a entreter-se a ludibriar o Glorioso, também andou no olho do furacão azul e bronco. Alvo de uma contestação absurda em Braga levou o aviso da ordem ao ser confrontado com umas pornográficas pinturas rupestres no muro da sua moradia.

O rastilho foi aceso e uma onda de mêdo e terror começou a perpassar o espírito e a massa cinzenta de muitos apitadeiros.

Ao milho frito e ao bolo do caco, especialidades da gastronomia madeirense, a força tenebrosa dos velhos tempos identificada como afecta ao grémio corrupto da Palermo portuguesa, juntou “Capela no espêto” e “Cosme na pedra”, ou não tivesse ficado gravado no muro da sua moradia as futuras boas-vindas da trupe dos supermorcões azuis e broncos.

 

Os métodos não mudam e tomando como exemplo anterior os ataques soezes às Casas do Benfica no norte, a barbárie azul e bronca continua.

Acções bem concertadas, tendo como epicentro o Antro da Corrupção.

 

Assim, Manuel Mota, inteligentemente, deu sinal à guerrilha que também ele quer manter os seus talhos incólumes, bem como a sua própria vida.

Ontem, aproveitou a oportunidade para fazer o seu seguro de vida, acautelar a preservação do seu património, desenvolver uma surpreendente acção de marketing e promover uma nova imagem nos meios futebolísticos.

No entanto, e ressalvo esse aspecto novamente, para isso teve de se assumir como árbitro, que sendo o 4º, conseguiu ver a sessenta metros aquilo que os seus colegas com muito mais legitimidade na decisão, pelos vistos, não conseguiram ver.

A partir de ontem, Mota será visto de outra forma. Será?

Não! Convenientemente irá ser um grande “benfiquista”, tal como Pedro Proença o foi, cujo coração foi sempre vermelho desde pequenino e o seu apito, azul enquanto árbitro de futebol.

 

No passado vi o SL Benfica condenar veementemente a agressão a Pedro Proença.

Até hoje, não vi da parte dos seus rivais, formalmente NINGUÉM a condenar esta onda de terror, coação, violência e vandalismo.

 

Na realidade o Benfica é mesmo muito grande!

 


GRÃO VASCO


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