9.3.15

Cantata no coreto de Arouca



Como em tantas vezes em outras tantas ocasiões por tantos lugares deste país, da Europa e do Mundo, o Benfica ofereceu aos seus apaixonados adeptos em Arouca mais uma cantata protagonizada por alguns dos seus melhores tenores.

 

O público puxou, os artistas corresponderam e novamente esse público que segue fielmente o Glorioso por todos os lugares do planeta, à chuva, ao sol ou à neve como bem dizia o velho feiticeiro Guttmann, vibrou com uma interpretação digna de um qualquer concerto clássico de Carreras, Domingo e Pavarotti.

 

Quatro dos seus onze magníficos exultaram em coro perante a plateia em delírio, fazendo ecoar pelos montes e vales da Serra da Freita, em Arouca, o nome que espalha magia e desperta cada vez mais paixão – Benfica, Benfica, Benfica!

"Foi lindo", como é costume Óscar Cardozo ou Aimar dizerem, quando se referem a algo de supremo ou de belo!

 

À falta de um anfiteatro que pudesse ampliar grandiosamente o acto musical, foi ali mesmo, num coreto estreito amanhado às três pancadas, em parte amovível e alcatifado com relva alta e muita areia, com muito xarope e “fruta” sobre a mesa, mala cheia, apitadeiro condicionado e com onze trauliteiros de uniforme amarelo e azul a ferrar um chorrilho de marretadas no bombo anunciando a cantata.



Bola enterrada na relva alta e muita, muita areia (clicar para ampliar)


Depois foi o que se viu. Uma orquestra com quatro tenores a merecer a apoteose de um público vibrante e apaixonado que mesmo nos momentos adversos não deixou de apoiar e incentivar os artistas.

 

O Povo Benfiquista, aquele povo anónimo - não o geracional de pacotilha que delira e delata na blogosfera num espaço bastardo e canalha, agora com uma rubrica onde um pseudoárbitro zarolho, tipo xistra, debita mais umas patacoadas - que palmilha serras e vales, que resiste às intempéries para ver e sentir de perto a sua paixão, é formidável, fantástico, único!

 

Ontem, houve cantata em Arouca ao sol de inverno. Com arte, com profissionalismo, seriedade, empenho, inteligência e vontade, muita vontade. O coreto quase vinha abaixo! Se há momentos em que sinto orgulho e vaidade de ser Benfiquista este foi um deles!

Ao ver aquele entusiasmo, aquela afectividade de gentes simples, com as Gentes do Benfica lotando as bancadas, senti aquela força, aquela alma imensa que nos leva e que leva toda a equipa e os seus jogadores em especial a conseguirem em momentos de muita adversidade alcançar o que parece inalcançável. Senti-me por isso, mais um jogador do Benfica!

Nada é fácil para o Benfica.

Ontem, com uma primeira parte em que de três em três minutos era derrubado, agarrado ou empurrado um dos nossos, com um árbitro complacente e borrado nos seus próprios medos de beneficiar o Glorioso, que o prejudicou conscientemente, culminando a sua miserável prestação com a exibição de um cartão amarelo cirúrgico a Talisca, o auto controlo dos jogadores Benfiquistas, bem como o seu jogo limpo e leal, fizeram com que mais uma vez os lobos famélicos da Palermo portuguesa e do anti-Benfiquismo uivassem de azia e ódio na Serra da Freita.

 

Assim se “fez história” conforme o adversário desejava. E a história foi a de que o Benfica, da sua primeira vez em Arouca, brindou todo o seu Povo, especialmente o seu Povo local que é enorme e indefectível, com uma vitória saborosa e inesquecível!


 


A vitória para mim foi tão saborosa que nem jantei. Brindei à saúde do Benfica, tomei um tranqulizante e sonhei…

 

Foi bom. Muito bom!

 


GRÃO VASCO


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