15.3.15

…E a bazófia morreu gorda!



Na Luz, todos os brácaros são pardos.

À noite são os gatos.

Pardos, pardacentos, sem cor que os defina. Do vermelho e branco arsenalista, passam num ápice ao azul bébé com farripas corruptas das barracas de praia da Madalena.

Promiscuidade e submissão.

Ódio e inveja.

Traulitada e simulação.

 

É o sporting dos brácaros.

Dos pardos, dos micaéis, dos tiagos gomes, dos alans, dos conceições.

Dos salvadores que não se salvam, nem salvam ninguém, mesmo a triplicar ou a quadruplicar.

Da Pedreira às moscas.

Dos submissos.

Dos vendidos.

Dos lacaios da Palermo portuguesa.

Da arruaça, da arrogância e da bazófia!

 

De uma cidade bem diferente, quase indiferente a tanta servidão cúmplice aos capos do Freixo.

(Na gíria futeboleira já a apelidaram de Nápoles portuguesa.

Palermo e Nápoles, Nápoles e Palermo! Aonde é que eu já vi isto?)

Do seu povo Benfiquista, maioritário mas coagido, silencioso e desinteressado, olhando com desdém para os atropelos e insultos à sua verdadeira paixão.

 

À Luz chegaram ufanos, cagando fanfarronadas e lentilhas.

Da Luz se foram, pardos como sempre, com o rabo entre as pernas.

Borradinhos e suspirando de alívio por não terem levado um cabaz de oferendas para a santa do Sameiro, safando-se chamuscados daquele Inferno Vermelho de paixão.

Mas não se livraram de carregar nos ombros o vexame do seu próprio escárnio.

 

O Benfica, os seus jogadores, técnicos e dirigentes meteram-nos num bolso. Reduziram-nos à sua expressão mais simples – pardos!

Vergados e humilhados pela força mental de sessenta mil almas vibrantes cuja exibição foi deslumbrante.

Tal qual o recital oferecido por Jonas, Eliseu & Cia.

 

A portentosa exibição do Glorioso teve ainda outro mérito. Obrigou Artur Soares Dias a encolher-se. Mesmo assim, este apitadeiro manhoso conseguiu uma façanha improvável – a sua prestação anti-Benfica foi miserável. Tal pai, tal filho!

 

A seguir JJ. Contido e equilibrado.

 

Depois LFV. Com aqueles óculos de ver ao perto, fixos no meio do nariz, “com um olho no burro e o outro no cigano”. Mirando as mensagens no seu telemóvel, ria-se bem disposto na tribuna. O seu “sócio” de outros carnavais, furibundo, cuspia raios e coriscos, gesticulando. Vieira deu-lhe corda e só faltou ao pequeno títere da Bracara Augusta ostentar o respectivo broche cúmplice azul corrupto da fruta & do putêdo na lapela do seu casaco.

 

Braga, a verdadeira Braga, a autêntica, não merece esta escumalha. Podem despejá-la mais abaixo, em Palermo, no Freixo, à beira do Douro.

 

Por fim a miragem. Aos 77’, logo após o petardo fulminante de Eliseu, vislumbrei Rui Gomes da Silva na gaiola forasteira, com um jersey do Arsenal, agitando frenèticamente, a la coreana, uma bandeirinha do grémio brácaro. Na outra mão, exibia bem alto um pequeno cartão com a imagem da Pedreira, validado pelo gabinete do 14º andar da Torre das Antas com o nº 3773 a bold.

O que eu me ri!

 

Obrigado, Caro e Glorioso Companheiro pela sua frontalidade na denúncia de uma vassalagem e submissão vergonhosas.

Depois, se puder, arranje-me lá um cartão desses para me servir de amuleto e recordação por tão bela e marcante lição!

 


GRÃO VASCO


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