O chafurdo dos inácios
“O chafurdo dos inácios”
é novo, recente.
E é nele que um porco-anão,
coxo de uma pata, se revê, se besunta de ódio, de inveja, de rancor, de
perfídia, arrastando consigo a miséria, a mentira, a lama, a merda, lançando a
suspeita, a insinuação, a infâmia, a maledicência, a conflitualidade. Em tempos
amaldiçoado pelo seu ex-dono, e escorraçado de um antigo chiqueiro com mais de trinta
anos, como se de um mísero esbirro se
tratasse depois de fazer os serviços mais sujos, assentou patas, focinho,
orelhas e rabo num novo chafurdo, o do fôsso,
a sul.
A conduta vilanesca e a postura
arrufianada têm sido a sua imagem de marca ao longo dos seus anos de vida,
sempre, sempre, toldado e encandeado pelo vermelho reluzente das camisolas
berrantes – uma tortura que o consome, que o rói, que o vai matando aos poucos.
É a doença da inveja, da pequenez, imparável, que se vai instalando insidiosa e
inexoravelmente, desembocando nos famosos AIT’s…
“O chafurdo dos inácios”
tem um muro das lamentações. Uma
parede monolítica onde muitos severinos
precipitados e frustrados se agitam e batem ruidosamente com as cornaduras ao
fim de 92 minutos de “oração”, após rogarem as maiores pragas ao Glorioso.
“O chafurdo dos inácios”
é um círculo vicioso, fétido, onde a trampa não tem escoamento e a
canibalização existe.
N’ “O chafurdo dos inácios” rasga-se abestalhadamente qualquer carácter
de bisturi em punho, enquanto se gatafunha um artigo de opinião fumando
charutos, emalando conhaques e arengando baboseiras.
N’ “O chafurdo dos inácios” palitam-se os dentes em frente às câmaras
de televisão.
N’ “O chafurdo dos inácios” vagueiam bêbedos a falar de probabilidades
e estatísticas…
N’ “O chafurdo dos
inácios” há coliformes fecais a enfiar sacos de
papel pela cabeça abaixo e a carregar em buzinas, propagando demências – são “os
pinas”.
N’ “O chafurdo dos
inácios” servem-se chamuças com ranço “à
moda de um parte –pernas” qualquer.
N’ “O chafurdo dos inácios” fabricam-se “tonéis” de vários tamanhos. Há “bracalis”
e “kieszeks” em stock.
N’ “O chafurdo dos inácios” parlam “papagaios
rogérios” de laço e cartola.
“O chafurdo dos inácios”
tem como mascote um minorca jornalístico
– um bastardo mesquinho que espalha semanalmente velhacaria sem contradita.
Enfim, um chafurdo será
sempre um chafurdo, onde fatalmente os AIT’s se espalharão tal qual a peste
suína africana.
No dia em que isso
acontecer, decerto que o planeta ficará mais limpo. Mal estará o mafarrico quando os vir à porta do
inferno. Fugirá de lá a sete pés!
GRÃO VASCO