“Catarse
é a ‘purificação’ experimentada pelos espectadores, durante e após uma
representação dramática” – Aristóteles.
Ontem à noite, a SIC
Notícias na ânsia de bater mais um record
de audiência, conseguiu surpreendentemente ganhar o desafio ao Hot Channel, ao proporcionar durante uma
hora e vinte minutos numa sessão ao vivo e a cores, uma ménage à trois de contornos pornográficos inimagináveis. O
programa, uma edição especial do “Tempo Extra”, de Rui Santos e da sua muleta
João Abreu, teve Jorge Jesus como “artista” convidado.
Ao longo de toda esta
semana assistiu-se a um severo azedume e a diversas descargas biliares dos
derrotados do campeonato de futebol. Um deles, foi, sem apelo nem agravo, o
minorca jornalístico Rui Santos, um lagarto-anão meio tresmalhado, que mesmo
recorrendo de uma forma premeditada a uma velhacaria e a uma mesquinhez
inenarráveis, viu a sua estratégia manipuladora ser novamente derrubada com
estrondo, só comparável, em sentido inverso, ao clamor imenso sentido na Luz,
na gloriosa tarde em que, em uníssono se cantou o Hino do Sport Lisboa e
Benfica e se gritou bem alto “trinta e cinco”!
E assim, lá arranjou
forma de em directo na TV, tentar lavar-se a si e ao seu convidado,
sacudindo-se da sujidade que acumulou ao longo de uma série infindável de
programas cada vez mais aberrantes e intelectualmente desonestos, em que a
falta de isenção e o anti-benfiquismo foram uma constante, constituindo por si
só um atropelo à deontologia e à ética jornalísticas.
Se o objectivo do
programa de ontem era “aliviar” os prosélitos de BdC e de Jorge Jesus de uma
carga emocional frustrante, isso foi conseguido.
A postura bajuladora
com perguntas de conveniência e de resposta previsível, atingiu proporções
semelhantes a um clímax de qualquer filme pornográfico do mais rasca que se
possa imaginar.
Embevecido e
completamente hipnotizado pela magia analfabética de seu guru futeboleiro, prestou-se a uma subserviência que faz dele uma
figurinha cada vez mais pequena, mais desacreditada e ridícula alguma vez vista
num programa desportivo.
Absolutamente
miserável!
Rui Santos tentou
transformar um vergonhoso insucesso numa vitória épica. Mas infelizmente para
ele e para os seus comparsas só enganou quem quis ser enganado, muito
especialmente os adeptos do seu querido grémio, pois a resposta dada pelos
espectadores à pergunta sobre quem foi o melhor treinador esta época – se Rui
Vitória, se Jorge Jesus ou outros – foi inequívoca:
66% para Rui Vitória,
32% para Jorge Jesus e 2% para outros.
O cúmulo do ridículo
aconteceu, quando já no dealbar do programa ripou de um objecto piroso e
esticando-se sobre a mesa – a sua estatura não dá para mais – o entregou a
Jorge Jesus, como reconhecimento de ter sido o seu eleito como melhor treinador
esta época, baseando a sua escolha em critérios feitos à medida do freguês, tal
qual como as suas tabelas truncadas que tentam transformar as realidades em
clamorosas aldrabices.
Estava assim
consumada a sua catarse.
Por último, só faltou
renomear esta edição especial do “Tempo Extra”.
A sugestão aqui fica:
- “O felatio”!
GRÃO VASCO