9.6.16

O fígado, o cognac & o cohiba




Mais uma vez, quando à 5ª feira abro o jornal “A BOLA” e chego à página da “negligência cirúrgica” da autoria dessa luminária lagartinácia que é Eduardo Barroso, começo a vislumbrar sobre todo aquele infame arrazoado, um curioso e degradante holograma.

A imagem é bem elucidativa da natureza do autor – um modelo de um fígado gordo, trôpego, ensopado no melhor cognac da década e envolto numa aura esbranquiçada que não é mais que uma densa fumaça de um cohiba à Fidel, de grosso calibre, aburguesado e bem curtido.

À medida que a leitura avança, a visão holográfica mostra o fígado cada vez mais inchado, envolto por fumarada ainda mais espessa. Quando dou por ela, fico aterrado. Aquilo nem chega a ser um amontoado de gatafunhos ininteligíveis, mas sim um aborto literário-futeboleiro de mau gosto e acobardado.
Na realidade, este reles escriba não se enxerga, nem tem emenda. Depois de na época finda ter levado na cornadura forte e feio em todas as competições, com a barraca a abanar por todos os lados, continua a bolçar um incompreensível azedume crónico e fedorento em relação ao seu ódio de estimação.
EB, sodomizado pelo golo do Mitroglou que o arredou definitivamente da liderança, atormentado pela ascensão meteórica de Renato Sanches, pela sua valorização e respectiva venda, enxofrado pelas posições firmes do presidente do Benfica, ressaibiado pelo bailinho de um Guerra guerreiro, que quer se goste ou não do estilo, soube responder-lhe na mesma moeda truculenta em que era useiro e vezeiro nos tempos do Seara manso, continua a lançar-se, desvairado, sobre tudo o que o Benfica faz, diz ou é.

Depois de noutros tempos ter insultado malcriadamente e desancado à tripa forra a sumidade dos peaners & folclórios, que hoje deambula à rédea solta pelo fôsso do lagartêdo, local preferido e comum da chafurdice leonina, EB faz-lhe agora juras de amor, tomando as suas dores parideiras, metendo o bedelho onde ninguém o chamou – o diferendo jurídico que opõe o Benfica ao seu anterior treinador – continuando com o refrão dos vauchers, invocando trapalhadas e insinuações do seu querido e amado presidente e dando sugestões apalermadas com graçolas apimbalhadas à mistura, para os árbitros do Euro 2016. Como é que ousa falar em imoralidade quando nesse seu espaço de opinião teceu insinuações vergonhosas quanto à idade e ao nascimento de Renato Sanches deixando no ar a suspeição “de que aconteciam muitas coisas no hospital onde o jogador nasceu e onde ele em tempos trabalhou”?

EB deveria ter vergonha da sua reles postura. Ele e muitos como ele são grandemente responsáveis pelo clima que hoje se vive no desporto, particularmente no futebol, entre o seu grémio e o Benfica. Instigador e incendiário, alinhando pela mesma cartilha de um anão coxo, de um bombeiro incendiário, de inácios, pinas, “palitos”, "rocs" a cair de bêbedos e com o mijo a tilintar pelos microfones e quejandos, lá vai ateando pequenos fogos por onde pode, tentando sempre chamuscar ou rebaixar o Benfica, o seu presidente, os seus dirigentes, os seus atletas, os seus treinadores, os seus adeptos e simpatizantes. Um autêntico alienado futeboleiro que omite por conveniência clubística factos bem mais importantes e que passa por eles como cão-de-fila por vinha vindimada. E assim, num arrazoado de mil e uma palavras, em que mais de metade é alusivo ao Benfica, nem uma linha sobre a sentença ditada pelo tribunal em relação ao ex-vice-presidente do seu grémio, no tempo em que ele próprio era presidente da assembleia-geral, esquecendo-se neste caso dos fósforos e escondendo a gasolina, substituindo-os por lexívia e outros branqueadores de qualidade duvidosa…

Enfim, um pobre diabo, vencido e ressaibiado, que ridiculamente sofre de benficofobia crónica, mas que vai varrendo para debaixo do tapete a desvergonha e a porcaria que acontecem no seu grémio.

Ah! Já me esquecia do holograma. É que o fígado implodiu e a fumaça dissipou-se. Aquilo ardeu tudo, o Carrillo safou-se a tempo e horas e o Shikabala, tal como no filme dos chatos, acabou por fugir para o Egipto!

Mas nós estaremos atentos a estes malandros de urinol. Disso nunca se safarão eles!


GRÃO VASCO

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