17.5.17

A “azia” de um morcão na TV



E foi assim na TV!
Num momento absolutamente deprimente, em que mais um morcão azul e bronco disse mal da vida.

O tempo das vacas gordas, daquelas que os árbitros escolhiam no Calor da Noite, na Taverna do Infante e na Pérola Negra, já acabou há muito tempo. O Apito Dourado pifou e o velho peidorreiro tem as canalizações todas rotas.

Nada melhor do que competir no Festival do Morcão. Aí sim! Aí poderão ganhar qualquer coisinha. Desta vez tocou o 1º prémio a um primata descendente de um pró-símio do Cenozóico. E melhor do que ninguém, bolçou azia a rodos com recurso aos seus sons guturais que precederam o canto verdadeiro da era actual. Azia essa que foi o mote principal para a letra que exprime o sentimento de quem tem levado forte e feio no bestunto.

Não têm emenda, esta corja de morcões azuis e broncos!


Aqui fica registado o poema da canção vencedora.



“SÓ AZIA”

DESGRAÇ’APÓS DESGRAÇA,
VOU DIZER-VOS O QU’EU ACHO,
JÁ’STOU HÁ MUITO TEMPO,
SEM METER A MÃO NO TACHO!

CHORO E BERRO SEM RAZÃO,
E ADORMEÇO NO TRABALHO,
‘TOU’ DE JEJUM HÁ QUATRO ANOS
E C’UM’AZIA DO C*R*LH*!

PODEM CHAMAR-ME GORILA,
OU QUE TENHO AR DE BODE,
MAS SÓ UMA COISA ME OFENDE,
É QUANDO O BENFICA ME F*D*!



GRÃO VASCO



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