29.5.17

O melhor jogador da final da Taça...



Uns disseram que foi o Salvio do Benfica, outros alvitraram o Gaspar do Vitória de Guimarães, quando instados a pronunciarem-se sobre o melhor jogador da final da Taça de Portugal, edição 2017.
Opiniões são o que são, nada mais do que isso.
Por isso e depois de rever o filme de ontem ao fim da tarde, no Jamor, tive de, lamentavelmente, escolher Hugo Miguel como o protagonista-mor de uma fita que me lembrou outros tempos.
Bem poderia titular a película de “O Salteador falhado do Jamor”, ou mesmo “Um ladrão à solta no relvado e mais dois na carrinha do vídeo-árbitro”, tais foram os malabarismos que aconteceram naqueles noventa minutos carregados de falta de isenção.

Comecemos pelo fim.
O desejo de Hugo Miguel esteve bem patente na forma como deu o jogo por terminado. Fê-lo com o descaramento próprio de alguém que se sentiu impune e bem escorado pelas entidades respectivas. O penúltimo lance da partida, em que Samaris nem sequer toca no adversário, permitiu que HM marcasse um derradeiro livre a favor do V.Guimarães, com o objectivo de a bola sobrevoar a grande área do Benfica à espera de uma cabeçada ou pontapé milagreiros que enfiassem a bola na baliza, proporcionando assim um empate que prolongaria o jogo e retiraria a possibilidade dos Benfiquistas ganharem logo ali o troféu e sabe-se lá, de o perderem definitivamente. O destino quis que assim não fosse e bastou Ederson ter agarrado firmemente o esférico para que essa “luminária” do apito desse por terminado o encontro.
Esta cena, de um filme dejá vu, desde os tempos do famigerado Apito Dourado, foi o culminar de uma prestação deplorável, absolutamente vergonhosa de Hugo Miguel, em tudo semelhante àquela que em Paços de Ferreira proporcionou o último título aos morcões da Palermo portuguesa, quando transformou uma queda solitária e simulada de James Rodriguez fora da área em penalty e expulsão do defesa pacense, oferecendo-lhes de bandeja o primeiro golo, decisivo para uma vitória absolutamente necessária.

Desde o início que a falta de isenção foi gritante. A agressividade que os jogadores vimaranenses colocavam em cada jogada, em muitos casos à margem das leis do jogo, foi completamente ignorada por Hugo Miguel que de uma forma ostensiva fechou os olhos a empurrões, a agarrões, a agressões, a truques e violência que ao longo da primeira parte do desafio garantiram um equilíbrio no marcador. Tudo isto a par de uma xaropada à minhota que até provocou que dois jogadores do Vitória, sozinhos, rasgassem as suas massas musculares, tal a impetuosidade patenteada.
A jogada que arrumou Fejsa - Marega parecia mais um toiro desembolado a galope e à solta pela arena fora - foi o exemplo mais evidente de que aquelas correrias doidas e lances a rasgar, roçando o violento, teriam sempre o beneplácito e a complacência de HM.
Foi incrivelmente vergonhoso. A dualidade de critérios foi bem evidenciada na forma como começou a exibir os cartões amarelos. Grimaldo foi a primeira vítima, depois de todo aquele espectáculo dado por Hernâni num lance em que o jogador do Benfica até se encolheu. HM, exibicionista, mostra-lhe sequencialmente três dos seus dedos, como que lhe dizendo que já tinha sido reincidente três vezes. Mau, muito mau, tudo aquilo que se ia passando ao longo da primeira parte do jogo.

Veio a parte complementar e com ela os dois golos madrugadores do Benfica. Depois, a gestão do jogo por parte do Benfica, com os seus jogadores a desperdiçarem oportunidades para uma goleada histórica. Jogo controlado, jogo acabado.
Mas não, não foi assim. O tridente arbitral não quis ficar de fora do jogo e mandou o vídeo-árbitro às malvas quando Josué, inadvertidamente faz penalty por mão na bola e Hugo Miguel, após uma pausa, gesticula, como que dizendo “no passa nada, siga a rusga…”

Por fim, já com o tempo a escassear, o Vitória de Guimarães lá marca o golo da esperança. E aí, sim. Aí vimos Hugo Miguel em todo o seu esplendor a empurrar o Benfica para trás, inclinando o campo o melhor que pôde e soube. O destino estava traçado e o Benfica soube aguentar aquela pressão final do melhor jogador em campo – Hugo Miguel.

A azia foi imensa. O Benfica continua a vencer e a convencer, e isso incomoda muita gente. Nas TV’s, os tadeias e os pratas, lagartos frustrados desta vida, bolçaram azedume em barda. Nas rádios, locutores, comentadores e relatadores quase todos a mesma merda. Até borracholas de outros tempos, alguns que se dizem benfiquistas?!?, diziam que não tinha sido nenhum espectáculo por aí além, que o futebol exibido pelo Benfica ao longo da época não foi do melhor, assim, assado, frito e cozido. É sempre assim quando o Benfica ganha. Mas o pior de tudo isto foi quando já à noitinha, em frente à pantalha, vejo e oiço aquela avantesma intelecto-piramidal de um Gobern qualquer, dizendo que Hugo Miguel tinha feito uma boa arbitragem. O imbecil do guedes sorriu e agradeceu…

Mas a Taça, essa já cá mora. Tudo o resto são as carpidelas costumeiras da escumalha anti-Benfica.


GRÃO VASCO


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