Escuta 7(transcrição)
- Antero Henrique insulta Vítor Pereira
23/3/2004
Antero Henrique com
Pinto da Costa acerca dos lugares na tribuna presidencial num jogo da Liga dos
Campeões. O diretor do FC Porto insulta Vítor Pereira e Pinto da Costa concorda
Conversa entre Pinto
da Costa e Antero Henrique
23/3/2004
PC: Estou
AH: Estou.
presidente. Bom dia.
PC: Bom dia.
AH: Desculpe lá estar
a incomodar logo de manhã presidente! Olhe, é o seguinte... desculpe lá, o
presidente vai usar os seus lugares na tribuna, presidente?
PC: Vou.
AH: Todos?
PC: Sim, porquê? Quem
é?
AH: Não pá, precisava
para o Vítor Pereira e para o Antonino, que não temos onde os sentar.
PC: O Vítor Pereira
se ficar de cócoras também não fica mal, carago.
AH: pois não. Até nem
devia vir, o filha da puta, mas pronto... mas agora prometeu... agora é que ele
devia sentir o que me fez.
PC: A Daniela diz que
havia, como é que foi?
AH: Não, mas não há,
não. Não há lugar. Está tudo... está tudo cheio.
PC: Mas mandou
aqueles dois para o... juiz?
AH: Sim, isso está...
tratado. Isso está tratado... foi logo a prioridade.
PC: Pró Lourenço.
AH: Pró Lourenço. Foi
a prioridade.
PC: Pois
AH: Agora em relação
a estes dois é que é...pronto... é chato, depois de prometer.
PC: É, tem que se
arranjar esses dois!
AH: Ver se alguém...
não faço a mínima ideia como é que vou resolver isso! Está, presidente...
PC: Está bem.
AH: Pronto, um
abraço. Até já.
Quando ontem, pela
manhã, vi a capa do desportivo do Serpa
dos croquetes, na sua edição on line,
que anunciava a entrevista a Vítor Pereira – o da arbitragem - admiti que
valeria a pena passar pelo quiosque habitual e desfolhar o pasquim.
Decepção total.
Uma entrevista vazia,
com questões pouco incisivas a que se seguiram quase sempre respostas muito
evasivas. Aliás como é norma com todos os componentes desta “casta” corporativa
que, de costas bem quentes pelas intervenções divinas da corja sediada a norte
liderada por pintos corruptos, e com sucursais na capital – fpf e apaf –
continua a passear uma impunidade revoltante pelos relvados deste país e muito
em especial naqueles onde o Benfica joga o seu destino desportivo.
Quando vi que a
entrevista abarcava cinco páginas internas do pasquim mais a capa, ainda
pressupus que dali se pudesse extrair algo de inovador e mesmo alguns
esclarecimentos sobre comportamentos e factos que levaram a arbitragem a cair
numa suspeição generalizada, com os árbitros a serem acossados pelos benefícios
escandalosos que ao longo de épocas seguidas estes têm oferecido “à barba longa”
ao grémio corrupto do Freixo, vulgo fcp.
Mas afinal foram as
banalidades e futilidades do costume. Mas mesmo assim, bastaram dois temas para
definir melhor ainda Vítor Pereira, como mais um peão de brega, da brigada do Freixo
destacada para a fpf que tem como cabeça de cartaz o antigo homem das facturas
da Torre das Antas e ex-capataz do “chefe do caixa” e “padre da freguesia das Antas”.
Esses temas foram os “Quinhentinhos”
de Guímaro e o recente “Caso Cardinal”.
Quanto ao primeiro
tema, ao concordar com a pergunta de um dos jornalistas, Vítor Pereira
reconheceu o “tempo” dos “Quinhentinhos”. Admitiu essa época e implìcitamente
condenou-a, afirmando que a actual geração de árbitros não é a “dos
Quinhentinhos”.
Na sequência desta
afirmação fiquei na expectativa de que no seguimento da entrevista fossem
feitas mais referências ao “livro negro”, melhor “livro azul” da arbitragem.
Mas não. Vítor Pereira enviou-as sorrateiramente para as calendas gregas,
particularmente a geração “dos das viagens ao Brasil” e a mais recente, a “dos
do Apito Dourado”. É que Guímaro, Carlos Calheiros, Silvanos & Cia., foram
os antepassados de outra geração devassa que teve Martins dos Santos, Jacinto
Paixão e Augusto Duarte como os seus expoentes máximos.
E umbilicalmente
ligados a estes, e por mais que o detergente lançado pela máquina branqueadora
da Palermo portuguesa tente limpar as suas imagens, lá teremos na geração
actual os Benquerenças, os Proenças, os Xistras, os Soares Dias e os Baptistas e
mais alguns que já começam a deitar a cabeça de fora, tal como os Hugos
Miguéis, que pelas suas prestações não escapam ao escrutínio.
Vítor Pereira, com a
alusão aos “Quinhentinhos”, um processo que também foi alvo de escutas e
cheques à mistura e escamoteando – tal como os seus subordinados fazem quando
se esquecem de ver as rasteiras, os empurrões, os agarrões, e os atropelos aos jogadores do Benfica dentro da área
adversária, escamoteando assim penaltys
em série ao Benfica – as “Calheiradas à brasileira” e o “café com leite” e “chocolatinhos”
do “chefe do caixa” ou do “padre da freguesia das Antas” mostrou para além de
uma cobardia intelectual, implicitamente uma conivência com a “organização”
actual, telecomandada como sempre e de há trinta anos a esta parte, pela “comandita
do Freixo” e restante escumalha fedorenta.
Vítor Pereira passou
pelo “Apito Dourado” como “cão por vinha vindimada”.
Decepcionante!
Em tempos,
abespinhou-se com o apelo de “lesados” solicitando o recurso a árbitros
estrangeiros, justificando-o como sendo uma certidão de incompetência aos de cá,
invocando ao mesmo tempo o “corporativismo internacional” da classe.
Afinal já o admite.
Como se muda tão
depressa de opinião…
E quanto ao “caso
Cardinal” só me resta dizer que a abordagem foi pífia. Congratulou-se com a
providencial ida do fiscal-de-linha ao multibanco, mas evitou, titubeante, qualquer
menção de condenação aos infractores e que todo o mundo sabe quem são!
Vítor Pereira vai
continuar de cócoras e as cinco páginas preenchidas pela entrevista foram mais
um “Conto da Carochinha” para iludir os incautos.
Para o que ele está
bom é para premiar o Paulo Baptista para a final da Taça de Portugal, após o
seu serviço limpo na Madeira, no jogo disputado entre os ilhéus maritimistas e
o grémio da fruta do Freixo.
O resto… bem…o resto
é treta!
GRÃO VASCO