18.5.12

Quinhentinhos & Chocolatinhos




Escuta 7(transcrição) - Antero Henrique insulta Vítor Pereira

23/3/2004

Antero Henrique com Pinto da Costa acerca dos lugares na tribuna presidencial num jogo da Liga dos Campeões. O diretor do FC Porto insulta Vítor Pereira e Pinto da Costa concorda

Conversa entre Pinto da Costa e Antero Henrique

23/3/2004

PC: Estou
AH: Estou. presidente. Bom dia.
PC: Bom dia.
AH: Desculpe lá estar a incomodar logo de manhã presidente! Olhe, é o seguinte... desculpe lá, o presidente vai usar os seus lugares na tribuna, presidente?
PC: Vou.
AH: Todos?
PC: Sim, porquê? Quem é?
AH: Não pá, precisava para o Vítor Pereira e para o Antonino, que não temos onde os sentar.
PC: O Vítor Pereira se ficar de cócoras também não fica mal, carago.
AH: pois não. Até nem devia vir, o filha da puta, mas pronto... mas agora prometeu... agora é que ele devia sentir o que me fez.
PC: A Daniela diz que havia, como é que foi?
AH: Não, mas não há, não. Não há lugar. Está tudo... está tudo cheio.
PC: Mas mandou aqueles dois para o... juiz?
AH: Sim, isso está... tratado. Isso está tratado... foi logo a prioridade.
PC: Pró Lourenço.
AH: Pró Lourenço. Foi a prioridade.
PC: Pois
AH: Agora em relação a estes dois é que é...pronto... é chato, depois de prometer.
PC: É, tem que se arranjar esses dois!
AH: Ver se alguém... não faço a mínima ideia como é que vou resolver isso! Está, presidente...
PC: Está bem.
AH: Pronto, um abraço. Até já.



Quando ontem, pela manhã, vi a capa do desportivo do Serpa dos croquetes, na sua edição on line, que anunciava a entrevista a Vítor Pereira – o da arbitragem - admiti que valeria a pena passar pelo quiosque habitual e desfolhar o pasquim.

Decepção total.

Uma entrevista vazia, com questões pouco incisivas a que se seguiram quase sempre respostas muito evasivas. Aliás como é norma com todos os componentes desta “casta” corporativa que, de costas bem quentes pelas intervenções divinas da corja sediada a norte liderada por pintos corruptos, e com sucursais na capital – fpf e apaf – continua a passear uma impunidade revoltante pelos relvados deste país e muito em especial naqueles onde o Benfica joga o seu destino desportivo.

Quando vi que a entrevista abarcava cinco páginas internas do pasquim mais a capa, ainda pressupus que dali se pudesse extrair algo de inovador e mesmo alguns esclarecimentos sobre comportamentos e factos que levaram a arbitragem a cair numa suspeição generalizada, com os árbitros a serem acossados pelos benefícios escandalosos que ao longo de épocas seguidas estes têm oferecido “à barba longa” ao grémio corrupto do Freixo, vulgo fcp.

Mas afinal foram as banalidades e futilidades do costume. Mas mesmo assim, bastaram dois temas para definir melhor ainda Vítor Pereira, como mais um peão de brega, da brigada do Freixo destacada para a fpf que tem como cabeça de cartaz o antigo homem das facturas da Torre das Antas e ex-capataz do “chefe do caixa” e “padre da freguesia das Antas”.

Esses temas foram os “Quinhentinhos” de Guímaro e o recente “Caso Cardinal”.

Quanto ao primeiro tema, ao concordar com a pergunta de um dos jornalistas, Vítor Pereira reconheceu o “tempo” dos “Quinhentinhos”. Admitiu essa época e implìcitamente condenou-a, afirmando que a actual geração de árbitros não é a “dos Quinhentinhos”.

Na sequência desta afirmação fiquei na expectativa de que no seguimento da entrevista fossem feitas mais referências ao “livro negro”, melhor “livro azul” da arbitragem. Mas não. Vítor Pereira enviou-as sorrateiramente para as calendas gregas, particularmente a geração “dos das viagens ao Brasil” e a mais recente, a “dos do Apito Dourado”. É que Guímaro, Carlos Calheiros, Silvanos & Cia., foram os antepassados de outra geração devassa que teve Martins dos Santos, Jacinto Paixão e Augusto Duarte como os seus expoentes máximos.

E umbilicalmente ligados a estes, e por mais que o detergente lançado pela máquina branqueadora da Palermo portuguesa tente limpar as suas imagens, lá teremos na geração actual os Benquerenças, os Proenças, os Xistras, os Soares Dias e os Baptistas e mais alguns que já começam a deitar a cabeça de fora, tal como os Hugos Miguéis, que pelas suas prestações não escapam ao escrutínio.

Vítor Pereira, com a alusão aos “Quinhentinhos”, um processo que também foi alvo de escutas e cheques à mistura e escamoteando – tal como os seus subordinados fazem quando se esquecem de ver as rasteiras, os empurrões, os agarrões, e os atropelos aos jogadores do Benfica dentro da área adversária, escamoteando assim penaltys em série ao Benfica – as “Calheiradas à brasileira” e o “café com leite” e “chocolatinhos” do “chefe do caixa” ou do “padre da freguesia das Antas” mostrou para além de uma cobardia intelectual, implicitamente uma conivência com a “organização” actual, telecomandada como sempre e de há trinta anos a esta parte, pela “comandita do Freixo” e restante escumalha fedorenta.

Vítor Pereira passou pelo “Apito Dourado” como “cão por vinha vindimada”.

Decepcionante!

Em tempos, abespinhou-se com o apelo de “lesados” solicitando o recurso a árbitros estrangeiros, justificando-o como sendo uma certidão de incompetência aos de cá, invocando ao mesmo tempo o “corporativismo internacional” da classe.

Afinal já o admite.

Como se muda tão depressa de opinião…

E quanto ao “caso Cardinal” só me resta dizer que a abordagem foi pífia. Congratulou-se com a providencial ida do fiscal-de-linha ao multibanco, mas evitou, titubeante, qualquer menção de condenação aos infractores e que todo o mundo sabe quem são!

Vítor Pereira vai continuar de cócoras e as cinco páginas preenchidas pela entrevista foram mais um “Conto da Carochinha” para iludir os incautos.

Para o que ele está bom é para premiar o Paulo Baptista para a final da Taça de Portugal, após o seu serviço limpo na Madeira, no jogo disputado entre os ilhéus maritimistas e o grémio da fruta do Freixo.

O resto… bem…o resto é treta!


GRÃO VASCO

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