16.1.21

É sempre um prazer ver um TROLHA a ganir

 



Fim do jogo de ontem à noite no Antro da Corrupção. 

Toda aquela escumalha de labregos e aldrabões que há mais de quarenta anos tem passado impune pelo futebol, recorrendo à trapaça, ao jogo sujo, à porrada, às bolas de golfe, às mentiras, às omissões, às vigarices, às chantagens, às ameaças, às coacções, ao jogo violento e a todas as artimanhas - um ADN mais apropriado a uma associação de mafiosos e gangsters – veio resmungar e perorar como se tivessem sido as vítimas injustiçadas do seu insucesso. Ontem provaram do seu próprio veneno.

Culpa própria, ou melhor, culpa de quem os obrigou a baixar o focinho e a recuar na agressividade e intimidação que usam sempre em qualquer jogo com o Sport Lisboa e Benfica. Os jogadores do Benfica e o seu staff foram gigantes na coragem, no empenho e no destemor com que encararam a pior besta do futebol indígena. A partir de agora terá de ser sempre assim. A lição foi bem aprendida e melhor explanada.

Como dá gosto ver sempre na TV um trolha ordinário, grosseiro, raivoso a bolçar ódio visceral quando perde ou empata com o Glorioso de Portugal, confundindo no caso de ontem, uma realidade que lhe foi amarga por uma ficção que só ele vislumbrou. Caricato. Uma vergonha, um nojo. A conferência de imprensa do pós-jogo é o retrato fiel de um fulano obcecado pela sua raiva cega ao símbolo maior de Portugal.

Nunca deixará de ser aquilo que sempre foi - um trolha, com mentalidade pequenina, mesquinho e rancoroso quando o tema é o Benfica.

Ontem, ressaibiado, espumou de ódio, destilou rancor por todos os poros e justificou-se ridiculamente. Estupidamente e tentando enganar os parolos e os seus prosélitos, ainda teve o desplante de se referir à ala esquerda do Benfica que “jogou com dois defesas”. Mas quem é que ele quer enganar, sabendo que Grimaldo pode com toda a naturalidade jogar à frente na esquerda do ataque do Benfica? E para seu azar até foi ele que marcou o golo que o fez tremer. A ele e a toda aquela turba de bandalhos.

Ganiram que nem cães e curiosamente foram eles a proceder e a sentir aquilo que um bando de filhos da puta mais uma vez grafitou em diversos locais próximos do alojamento hoteleiro onde o Benfica se instalou. A frase “ides sofrer como cães” foi o slogan que melhor se ajustou à sua dor pela miserável exibição que protagonizaram ontem. O feitiço virou-se contra o feiticeiro. Tudo, mais uma vez, por culpa do Benfica. E terá de ser assim, sempre!

Podem escrevê-la as vezes que quiserem, que a partir de ontem e quando jogarem contra o Glorioso de Portugal logo saberemos onde se encontra o Canil de Palermo do Douro. Mastins, rafeiros e raivosos de pequeno porte, sem pêlo, há por lá aos pontapés, sempre a ladrarem pedindo penaltys, expulsões, coagindo e pressionando continuamente apitadeiros e seus assessores.

Mas seguindo-lhe as pisadas, logo apareceu uma procissão de brutamontes e de impunes que ao longo de épocas seguidas continuam a malhar sem dó nem piedade nos adversários. Na porca linhagem dos Paulinhos Santos, Joões Pintos, Andrés, Secretários, Jorges Costas, Fernandos Coutos, Brunos Alves e quejandos desta vida, lá veio o pior facínora de que há memória no futebol dos tempos mais recentes, pedir a expulsão de Pizzi num completo desvario e desespero.

Quando ouvi o Carniceiro do Bernabéu, não esqueço a desprezível figura desta besta futeboleira ao pontapear no chão, vezes seguidas e por todo o corpo, um jogador adversário, o que lhe valeu a condenação com multa, por dez jogos de suspensão pela Real Federação Espanhola de Futebol – “Para Pepe, são dez jogos sem jogar, calculados da seguinte forma: um jogo de suspensão pela falta sobre Casquero que deu origem ao penálti contra os "merengues"; quatro pela agressão a pontapé ao mesmo jogador; quatro pelo soco na cara a Albín; e mais um pelos insultos dirigidos ao quarto árbitro pelo internacional português quando este abandonava o campo depois de ter sido expulso”.

De socos na cara, também estamos conversados. Perguntem ao Taarabt que ele explica-vos como se leva uma abominável murraça nas barbas de um árbitro conivente e complacente e no passa nada com Pepe…

… É verdade. Já me esquecia. Estamos no Antro da Corrupção e para aquela gentalha de morcões vale tudo, até um tiraço fatal na mona do Mesquita Alves, até hoje um mistério pior do que os segredos da tumba do Tutankamón.

Ontem, para Pepe, uma execrável e impune criatura futeboleira, os jogadores do Benfica enfrentaram-no olhos nos olhos, confrontaram-no com coragem e aí é que foi o bom e o bonito ver a besta a recuar nas suas intenções e intimidações. Já João Félix, em tempos idos, o tinha feito de forma ainda um pouco tímida, mas ontem tudo fiou mais fino. Valeu por ter sido uma aprendizagem para futuras contendas e para quem se sentia sempre coagido com todas estas patifarias futeboleiras próprias de um fulano que em condições normais já tinha sido irradiado dos campos de futebol há muitos anos.

Mas voltando ainda ao trolha, a sua palermice não se ficou por aquelas ridicularias recalcadas e complexadas que debitou na CI. Num vómito asqueroso disse que no Benfica havia satisfação pelo resultado. Mentiroso. Ele bem sabe que no Sport Lisboa e Benfica só se joga para um resultado seja em que campo fôr e JJ expressou esse sentimento de frustração de uma forma bem clara na sua CI. Mas ontem, o trolha, também ficou a saber que até no Canil de Palermo, rodeado de canídeos esfaimados, raivosos e destrambelhados, o Benfica joga sempre para a vitória e para comer gajos da sua reles estirpe.

Haveria muito mais por dizer e para escrever, mas hoje fico-me por aqui. Já basta a nossa insatisfação por um resultado que não serve nem nunca serviu os nossos objectivos e propósitos.

CARREGA BENFICA!

GRÃO VASCO



5.1.21

NINGUÉM APAGARÁ O SEU NOME!

 EUSÉBIO

O Maior e mais extraordinário jogador português de todos os tempos 

 


Recordo com saudade o meu ídolo de sempre e transcrevo o meu post de homenagem datado de 07 de Janeiro de 2014.

 

Lá no Céu, na Galáxia dos Imortais

 

Eusébio, Eusébio, Eusébio!

Uma torrente de lágrimas caiu do céu anunciando a tua partida. Da Luz para uma luz infinita, intemporal, a Luz da Imortalidade!

Olho para o céu e vislumbro-te, brilhando como uma estrela de primeira grandeza nesse lugar de esplendor e glória – a Galáxia dos Imortais!

Sim, és grande, és ímpar, és glorioso!

Merece-lo!

Pela tua nobreza de carácter, pelo teu talento, pelo teu humanismo, pela tua simplicidade, pela lição de vida que nos deste! 

Com o meu cachecol glorioso ergui os braços ao céu, cantei o nosso hino, gritei o teu nome, disse-te adeus e chorei. Intensamente. Tanto quanto das muitas vezes em que, ainda catraínho e adolescente, exultei com as grandes jogadas que fizeste, com os golos que marcaste e as extraordinárias vitórias que me ofereceste. 

Com a tua generosidade eternizei o meu Benfiquismo. 

Aprendi a saber perder e a vibrar com alegria nas horas vitoriosas.

Aprendi a honrar os vencidos e a glorificar os vencedores.

Aprendi a ser cada vez mais um homem bom.

 

Quando o Óscar se aproximou de ti e te tocou por breves segundos, num impulso comovente e único, senti a força da tua alma, a força do teu querer, a força da tua inspiração. Senti que o teu espírito percorre os eleitos e lhes transmite a vontade de serem melhores, de serem os vencedores.

Nunca te conheci, nunca te toquei, mas naquele momento tão simbólico, foi como se estivesse ali, ao lado do “Tacuara”, honrando a tua memória, recordando os teus feitos, inspirando-me no teu exemplo sublime.

Vi-te no Templo, na derradeira volta de consagração antes de partires. Arrasadora e mesclada por um turbilhão de emoções indescritíveis, mas que me fizeram sentir, que tu, Eusébio, também fazes parte de mim, entronizado no salão de ouro e diamantes do meu coração.

Obrigado, Rei!

GRÃO VASCO



30.12.20

Em busca do ADN perdido e do elixir cavalar

*** Para leitura na véspera de Ano Novo


Um encontro matinal, dois aconchegantes cafés à beira-mar, uma brisa passageira numa atmosfera plena de romantismo e por fim uma proposta simplesmente irrecusável – doze dias no Quénia num safari fotográfico com estadia num dos lodges mais luxuosos de Masai Mara, um dos seus fantásticos parques nacionais!

Um convite pleno de glamour da princesa mais bela da minha adolescência, hoje uma mulher riquíssima, liberta de compromisso, acenando-me com o revivalismo de uma tórrida paixão e a oportunidade de recordar tempos únicos na África colonial e das grandes caçadas de outrora.

 

Agosto quente de um ano qualquer. Bagagens prontas e partida de Lisboa a meio da tarde, com escala em Londres. A noite, a bordo de um Boeing 747-400 da British Airways decorre serena, só se ouvindo o som contínuo e monocórdico dos seus motores. Aos primeiros raios de sol, através da pequena janela junto à asa começam a vislumbrar-se os edifícios mais altos de Nairobi envoltos na bruma. A seguir, surge a baixa altitude Mombasa Road, via principal que liga a capital à infraestrutura aeroportuária. Momentos depois, já com os cintos de segurança colocados, a gigantesca aeronave pousa suavemente na extensa pista do International Airport Jomo Kenyatta, um dos maiores e mais importantes de todo o continente africano.

 

Desde os países magrebinos a norte, até ao Egipto dos Faraós, passando pelas areias douradas do Sahara, penetrando na África Negra pelos paraísos de fauna selvagem até às zonas das florestas equatoriais com os seus extraordinários gorilas de montanha, atravessando Angola e Moçambique e os seus grandes rios, terminando no Kruger Park no sul do continente, a realidade de todo um continente primitivo e selvagem exerce um fascínio ímpar e inexplicável a qualquer ser humano que por lá passou e viveu.

 

Muitos portugueses na excursão. Entre eles um Trota-Mundos compulsivo, velho conhecido de outras andanças e carnavais e que me esclareceu sobre a estranha presença de tantas individualidades do mundo futeboleiro indígena. Algumas delas desceram do transfer nas imediações do motel “Piolho do Kilimanjaro”, um alojamento de duas estrelas, mais conhecido pela “pensão das baratas voadoras” e que na porta principal tinha colado na vidraça um aviso em letras garrafais – “Carefully! AIDS in movement! Don´t Forget! Use always condom!”. De entre as diversas personalidades, reconheci o famigerado alquimista da verborreia, prof. dr. Jorge Amoral, um gigantone falante, “Ex-Mãos de Manteiga”, o detestável free lancer Bítor Minto também conhecido pelo Fontes do Espírito Santo d’Orelha e o labrego das estações de serviço, barrasco do direito já fora de circulação, nado, formado e criado no antro da corrupção, “profissional de baderna”, dr. Aníbal Tinto. Era assim, certo e sabido, que aquele impagável trio ia alojar-se numa pensão de putas. Na paragem seguinte saiu um pequenote, mesmo em frente a uma loja de aluguer de automóveis com condutor, a “Nairobi Gnu Rent-a-Car”. Dirigiu-se de imediato para uma antiga carrinha VW Pão de Forma a diesel, adaptada a auto-caravana, com o assento ao lado do condutor elevado por quatro almofadas em pele de crocodilo forradas com penas de flamingo e cujo destino imediato indicado na parte superior do pára-brisas era o parque nacional Masai Mara, uma reserva de caça queniana rica em fauna selvagem, com destaque para os seus bandos de leões e que confina com o Serengeti, na Tanzânia. Uma opção diferente que não imaginava, mas que passados alguns instantes, no transfer, Trota-Mundos me explicou porquê.

 

Essa pequena figura, semelhante a um pigmeu africano albino, era nem mais nem menos que o “super-soda” Ruinzinho Santos que aproveitando os seus idiotas tempos-extra e as sucessivas fracas audiências no seu programa semanal de TV no seu país, reiniciava uma tarefa, outrora inacabada noutras longínquas paragens, mas agora esperando um maior sucesso num ambiente mais leonino.

Em tempos, tinha sido incumbido pelo Capitão Fred, um autêntico rambo leonino no Afeganistão - ouvia relatos de futebol do seu grémio debaixo de intenso e ruidoso fogo inimigo, em simultâneo mandava umas fogachadas para os calhaus circundantes segurando a sua shot gun com a mão direita e com a outra, através do seu iphone filmava-se em grandes planos para a posteridade - para encetar uma missão neste país em busca do ADN perdido do lagartêdo, algo que se esfumou na voragem dos tempos e hoje muito difícil de recuperar. De salientar que esta busca começou quando Cap. Fred se encontrava em Cabul, integrando um contingente da Força de Reacção Rápida em missão da NATO no Afeganistão e centrou-se nas Montanhas do Panjshir, para onde Ruinzinho, disfarçado de mujahedin, viajou montado numa burra, incluído numa comitiva de maltrapilhos, espiões, traficantes de ópio e guias especializados naqueles trilhos traiçoeiros – durante os primórdios da sua estadia noutra cidade, Kandahar, ninho dos talibãs, para se adaptar em pleno a este meio tão hostil, deixou crescer barbicha, frequentou várias madraças ficando a saber de cor e salteado o Corão, rezou em mesquitas aprendendo os rituais religiosos islâmicos, realizou exercícios linguísticos orais e escritos todos os dias, fez-se acompanhar sempre de uma agente dragarta-afegã com burka azul-escura e até adquiriu no grande bazar daquela cidade a habitual indumentária do povo deste país (colete cinzento, túnica branca, calças largas genuínas, sandálias de tiras de cabedal e pakol, o chapéu afegão, pois não se dava muito bem com aquela rodilha que antes lhe tinham enfiado em redor do cocuruto) transformando-se num típico anão afegão – em busca das fezes de Ahmad S. Massoud, cognominado “O Leão do Pansjhir”, um líder guerrilheiro famoso na luta contra a usurpação soviética e posteriormente contra o domínio talibã e apoiado pela Aliança do Norte constituída por elementos de algumas tribos daquela zona do país, começando assim nessas terras inóspitas a busca incessante do tal ADN. Os planos do Cap. Fred e de Ruinzinho saíram gorados quando souberam do assassínio desse general num atentado perpetrado pela Al Qaeda no seu próprio esconderijo. Ruinzinho ficou assim sem saber qual a caverna que servia de latrina privada a este intrépido líder militar, não tendo conseguido recolher nenhuma matéria excrementícia do dito “Leão do Pansjhir” para a detecção do desaparecido ADN. Após mais uma série de peripécias envolvendo sementes de papoila e seringas à mistura, Ruinzinho lá regressou ao seu país a toque de caixa e ao seu execrável programa das perguntas manipuladas e canalhas e das suas sondagens anti-gloriosas.

O meu amigo Trota-Mundos prometeu aparecer à noite, no hotel onde ficámos hospedados, para me explicar a razão, segundo as suas informações privilegiadas, da presença de Ruinzinho Santos no grupo excursionista e da “expedição científica” ao Quénia daquela delegação do fruta corrupção & putêdo mandatada pelo dr. Pulga, uma escumalha de parasitas que o ousado aventureiro conhecia de ginjeira dos seus tempos de frequentador do Inferninho, da Pérola Negra e da Taverna do Infante na Inbicta, quando ainda jovem era engajador, angariador e fornecedor de prostitutas brasileiras para aqueles e outros locais de perdição noturna e de devassidão de árbitros de futebol. Assim, entre umas fumaças de um cohiba e uns goles de martell cordon bleu lá fomos sabendo ao que vinha aquela tropa fandanga.

Segundo Trota-Mundos, em Palermo do Douro verificava-.se uma falta de “matéria-prima” gritante, absolutamente necessária para manter os níveis físicos cavalares dos atletas do grémio da fruta corrupção & putêdo. A baba de caracol e as placentas de égua escasseavam no país e no mercado paralelo atingiam preços incomportáveis, exorbitantes, afectando significativamente o orçamento do dito cujo grémio, já limitado financeiramente pelas imposições do organismo futeboleiro europeu. Assim, ficámos a saber que aquela tríade que se tinha alojado no “Piolho do Kilimanjaro” e financiada por Moreira del Guito, vinha em busca de novas substâncias animais que fossem compatíveis com a baba e a placenta referidas. Para isso era necessário encontrar antes de tudo um especialista local que encontrasse na fauna queniana algo em abundância que substituísse a mistela milagreira que até à data era usada por infiltração, aplicação tópica ou em comprimidos e xarope, importada de Xangai, na China, que aumentava e de que maneira a agressividade dos atletas e os fazia galopar como cavalos de corrida, em velocidade permanentemente elevada durante horas a fio. E então agora, com a incidência pandémica do novo vírus nesse país asiático, todos os cuidados eram poucos.

Ao fim do primeiro dia em terras africanas ficámos a saber que para lá do encanto de uma viagem fascinante que nos era romanticamente presenteada, havia na excursão tuga duas missões secretas de alguns compatriotas e que se conjugavam na perfeição – uma, “a busca do ADN perdido” e a outra, a “do elixir cavalar”.

Ao segundo dia, logo pela manhãzinha, passeámos pelo parque nacional de Nairobi, sete quilómetros a sul da capital, cuja cerca eléctrica que o envolve, separa a vida selvagem dos seus subúrbios. Um contraste incomum, marcante, foi a observação dos animais e da savana, tendo como pano de fundo a civilização e o progresso espelhados nos altos edifícios da metrópole queniana. A excursão privada proporcionou-nos um dia muito tranquilo de adaptação ao clima e ao próprio ambiente. A meio da tarde tomámos um pequeno Cessna monomotor de vinte lugares da Air Kenya no aeroporto Nairobi Wilson com destino a Angama Mara, um lodge luxuoso e espectacular a duzentos quilómetros da capital, no limite norte da reserva de Masai Mara. O vôo de hora e meia e com chegada às 18:30 h proporcionou-nos o primeiro espectáculo destas férias – um pôr-do-sol deslumbrante, uma recepção calorosa na chegada ao alojamento com o sol já escondido atrás da linha do horizonte, um céu côr de fogo inesquecível e um jantar ao lusco-fusco, à luz das velas, absolutamente fabuloso.





No dia seguinte, outra vez ao raiar da aurora, começou a nossa aventura pela extensa savana numa confortável pick up Land Cruiser verde-escura adaptada para este tipo de eventos. Parámos para contemplar e fotografar todo aquele fervilhar de vida selvagem. O capim crescido, mesmo à nossa frente, surgia ondulante como uma seara dourada. No seu interior destacava-se uma silhueta humana, estranhamente agachada e imóvel. Aproximámos o zoom da nossa Cannon professional e constatámos que alguém, contra o vento, estava ali a defecar. Ali? Em local tão perigoso?

Ei homem, precisa de alguma coisa? – gritei-lhe em inglês.

Só se forem umas folhas macias de papel higiénico da Scottex! – respondeu ele sorrindo, com uma boa dose de humor.

E continuando agachado, apontou para uns cinquenta metros à sua frente soltando… um pedido:

- Digam lá àquele baixinho que anda ali armado em aprendiz de feiticeiro, com as botas e calções do pai, meia até ao joelho, fato e chapéu colonial, às voltas daquela grande acácia, que os leões não cagam debaixo das árvores e que mantenha os olhos bem abertos senão é papado num instante!

Não era coincidência, não. Era mesmo Ruinzinho Santos em busca do ADN perdido. Agora em Masai Mara, onde os leões deambulam por todo o lado à procura de umas boas nádegas fresquinhas.

O inglês sabia bem o que dizia e quando se ergueu após ter desanuviado a tripa, reconhecêmo-lo. Era Sir David Attenborough, o célebre naturalista inglês!

Uma saudação matinal, duas larachas de ocasião com o mestre, já rodeado dos seus acompanhantes, seis experientes guerreiros masai e lá continuava Ruinzinho munido de lupa, balde e pá de praia amarelos, comprados numa promoção de verão do Léclerc, rede caça-borboletas ao ombro, em busca dos preciosos cagalhotos leoninos. Para a posteridade posámos com Sir David, solicitando-lhe um autógrafo no nosso diário de viagem bem como registámos em vídeo as cenas cómicas da pressuposta recolha excrementícia de Ruinzinho Santos.



Pelo meio da tarde, um longo passeio de balão ofereceu-nos uma visão impressionante da savana, das grandes manadas de herbívoros, das elegantes girafas e por fim mais um pôr-do-sol único.



Os dias seguintes foram passados na reserva, embrenhando-nos em zonas bem conhecidas pelos guias que nos acompanhavam e que nos ensinaram muitos segredos da vida animal, precauções e procedimentos a ter na iminência de encontros fortuitos com as feras.


Numa das noites, fomos convidados por um chefe tribal dos Masai para jantar e assistir a várias danças e tradições da sua aldeia. Surpreendentemente, à nossa chegada, um grupo de mulheres jovens nativas e a sua pequenada começaram a cantar e a soletrar repetidamente umas palavras – “karibu mama mzungu, karibu mama mzungu, karibu mama mzungu…”, envolvendo a minha companheira de aventura e presenteando-a com os melhores artefactos da tribo, acompanhados de sucessivas vénias, palmas e cantares. Perguntei aos funcionários do lodge qual o significado daquele cerimonial. Eles, comprometidos, sorriram, mas lá foram dizendo que era a versão de “benvinda mãe branca” em swahili. Rodeada das jovens, ela sorria perante a minha perplexidade, mas no regresso ao lodge não resistiu e acabou por contar um episódio pessoal inesquecível. Médica de profissão, aquando de uma expedição a estas paragens há pouco mais de duas décadas, integrada numa equipa médica de uma ONG, salvou três grávidas desta aldeia de partos complicados e dois homens gravemente feridos por ataques de leões. O chefe tribal, simpático e hospitaleiro, não se esqueceu do companheiro da homenageada. Ofereceu-me uma manta masai vermelha – a Shuka – com um interessante padrão de motivos geométricos, uma lança dos seus guerreiros e o lugar à sua esquerda no jantar, com a médica à sua direita. Rendi-me, solenemente, a tamanho reconhecimento e gratidão a uma princesa branca que este povo nunca esqueceu.



Entretanto, em Nairobi, a tríade alojada na pensão das baratas voadoras passou a quadrilha, à chegada de Moreira Del Guito. Enquanto esperavam pelo boss, dedicaram-se durante dois dias a um “safari erótico” onde percorreram uma imaginária savana nos três andares e na cave do motel. Um deboche medonho numa autêntica selva onde valeu tudo, tudo, com gajas nuas e em cuequinha fio dental a gritar nos quartos e outras a fugir pelos corredores ao esconde-esconde, perseguidas incessantemente por Bítor Minto e Aníbal Tinto também nus, só com uma gravata ao pescoço, pôdres de bêbedos e com o prof. dr. Jorge Amoral em tronco nu e ceroulas refresh atrás do balcão do bar do hall principal, agarrado a uma velha gorda kikuyo de cuequinha de lantejoulas com uma pluma branca no rabiosque a tentar acalmar as hostes. Após esta desbragada orgia tropical e já com Moreira Del Guito a orientar a trupe, chegou ao motel proveniente de Mombaça, um dos elementos chave da operação “Elixir Cavalar”Feliciano Telles de Pinamóia, primo afastado do idiota aristocrata Billas Bôas, ex-supermorcão, vendedor da banha da cobra e de pacotes de água a ferver no Canidêlo, com um grande cadastro no seu país, procurado pela Interpol, radicado há uma década no Quénia, hoje um expert em contrabando de marfim, pedras preciosas, estupefacientes e todo o tipo de mascambilhas. Dedicou-se em tempos ao tráfico de aves exóticas e animais selvagens, chegando mesmo a exportar um pequeno hipopótamo para as courelas de Chico Trafulha “O Insolvente”, em Palermo do Douro. Pinamóia, proprietário de quatro ervanárias em Mombaça, seria o elo de ligação entre o famigerado quarteto e o xamã Papa-Léguas, seu sócio fifty-fifty nas lojas, renomado feiticeiro e conselheiro espiritual dos campeões quenianos dos cinco, dez mil metros e da maratona, que vivia num lugarejo próximo da fronteira com a Tanzânia na reserva de Masai Mara. Papa-Léguas não era um ilustre desconhecido. Já tinha visitado Palermo do Douro aquando da realização nessa cidade do XXVI Congresso Mundial de Feitiçaria e Ocultismo, onde conheceu Pinamóia, Mestre Albes do Celse “O Tonalta” e o Bruxo de Fafe e onde apresentou em exclusivo, a tão propalada “Sopa d’Avó” – um coktail estimulante posteriormente adoptado por muitos atletas mas logo proibido pela WADA (AMA, em português – Agência Mundial Anti-Dopagem).

Atendendo à grande distância entre a capital e o lugarejo fronteiriço, Del Guito optou por requisitar à Tropic Air Kenya um helicóptero panorâmico Airbus H 125 que no dia seguinte, pela manhã, descolou do Nairobi Wilson com toda a camarilha de Palermo do Douro a bordo. O vôo de aproximadamente três horas decorreu sem incidências de maior com Minto & Tinto maravilhados com os cenários de vida selvagem e as sucessivas paisagens, com o prof. dr. Jorge Amoral cochilando e aproveitando para largar alguns torpedos e prolongados rasgadores abafados pelo seu próprio pigarrear e pelo som matraqueado da aeronave e com Del Guito conspirando com Pinamóia. Já o sol ia alto quando da vista aérea panorâmica do heli, começou a surgir no horizonte um pequeno planalto onde se situavam sete cubatas rodeadas por uma cêrca de dois e meio a três metros de altura, tipo paliçada, formada por estacas de acácia. Era a aldeia do xamã Papa-Léguas, ele próprio o chefe desse pequeníssimo povoado.



Papa-Léguas, um masai de rosto vincado pelo sol e pela dureza da vida, muito alto e esguio empunhando um bordão de acácia encimado com uma cabeça de leão embalsamada, enfarpelado a rigor com uma fita colorida de missangas à volta da cabeça, adornada por quatro grandes plumas pretas de avestruz, uma bela estola de pele de leopardo, calções de lycra vermelhos Paco Rabanne e no pulso esquerdo um Frank Muller em ouro da mais recente colecção da marca, aguardava pelos visitantes à entrada principal do aldeamento. Ergueu os seus longos braços ao céu e exultou com Pinamóia:

- Welcome Felice! How are you, my white brother?

Feliciano Telles de Pinamóia após abraçar efusivamente o feiticeiro, apresentou a restante comitiva, com destaque para Del Guito. O diálogo deste com o xamã foi curto e objectivo.

- Nice to meet you and your laboratory! – disse Del Guito, olhando para ele e para a grande cubata de paredes feitas de bosta sêca de vaca sustentadas com estacas de acácia, mas a única com o tecto de colmo.

- Nice to meet you and your dollars too! – respondeu com um sorriso malicioso o xamã, convidando-os ao mesmo tempo para entrarem na rudimentar construção que dispunha de várias valências – habitação do próprio, consultório, restaurante, laboratório, escritório, “casa de câmbios” e sala de conferências.

À porta, uma tabuleta grande de papelão bege canelado com um desenho do boneco gordinho da Michelin sobre duas estrelas, com a palavra restaurant e logo por baixo a ementa do dia – túbaros grelhados de elefante ou rabo de chita estufado acompanhados de esparregado de gafanhotos. Uma outra, do outro lado da entrada, continha os dizeres correspondentes às diversas funcionalidades da cubata.

Entrementes, Bítor Minto esboçou um esgar de incómodo e desagrado, com Tinto e Amoral a sorrirem e a apontarem para as suas pernas. Distraído e deleitado com as maminhas arrebitadas das jovens nativas, tinha enfiado os pés numa poça de esterco de vaca – para os masai é material de construção e não se pode desperdiçar - ficando atulhado de merda até aos joelhos. O free lancer de pacotilha, um tarado sexual incorrigível, fedia. O xamã viu-o tão atrapalhado que lhe disse para tirar os sapatos, as meias e as calças, mandou algumas nativas lavarem-lhe as pernas com mijo de vaca, ofereceu-lhe umas alpercatas em tiras de pele e cascos de búfalo e uma shuka comprida de côr azul-cobalto para lhe tapar as partes fodengas, dado que não ficou com nenhum par de cuecas da noite louca vivida na pensão das baratas voadoras.

Ao almoço realizado no “Palácio” - os nativos da aldeia assim apelidavam a grande cubata, um autêntico open space dos tempos modernos – composto por paté de mosquitos com mel de abelha peluda, canja de marabu, iscas de fígado de rinoceronte e mousse de formigas mandinga baaba, oferecido pelo xamã, tudo acompanhado com um Bordeaux dez anos, enviado por Simba Makumba, colega de Papa-Léguas a exercer em França - ficou definida a fórmula do elixir cavalar que antes de ser exportado para Palermo do Douro iria ser testado em alguns guerreiros da tribo. A baba manteve-se no composto, mas agora seria extraída da lesma cornuda africana, um gastrópode muito abundante naquelas paragens, feromona líquida de pachacha de búfala para fornecer ainda mais impetuosidade e agressividade e sémen de mabeco, com o objectivo de prolongar a resistência para além de cento e vinte minutos, atendendo ao facto destes canídeos perseguirem em grupo a sua presa durante trinta e cinco a quarenta quilómetros até à sua exaustão, despedaçando-a logo de seguida. O prof. dr. Amoral, após afinfar à bruta no néctar gaulês, arrotar que nem um hipopótamo e ferrar umas sonoras bojardas seguidas, abafadas pelos tambores do conjunto musical que abrilhantava o festim e diluídas no cheiro a bosta frêsca usada como betume no preenchimento das rachas das paredes do “Palácio” - principalmente na ala sul, local onde os elefantes e os rinocerontes se encostavam para coçar o cu - resultado da requalificação recente do imóvel, deu o seu agreément, abanando lenta e afirmativamente a sua cabeçorra calva de morcão. Del Guito chamou Aníbal Tinto para redigir a acta da reunião e elaborar o contrato de compra à Papa-Léguas & Co. de duas mil e quinhentas doses por época, renovável por cinco anos, exportadas para Palermo do Douro à média de duzentas doses por mês devidamente acondicionadas e previsivelmente suficientes para a equipa e seu staff quando realizassem cada um dos cinquenta jogos-chave por época. Minto, novamente com uma carraspana de se lhe tirar o chapéu, olhava fixamente para uma atraente masai fazendo-lhe corninhos e caretas, levantando provocatoriamente a shuka, ao que ela respondia com uns belos piretes e manguitos à moda de Masai Mara. O free lancer ria-se, batia umas chapas com o telemóvel, coçava a tomatada, até que se lembrou do que tinha de fazer para enviar, na hora. Era a reportagem para o Calinadas da Manhã, seu jornal/TV de estimação para o directo da ordem, via Skype. Parou a palhaçada e pôs-se a dar cordinha às alpercatas, pois já era mais que tempo. Enquanto a reunião decorria, Pinamóia dirigiu-se para a cubata da melhor mulher da aldeia. Uma mulheraça. Ao fim de uma hora chegou à entrada do “Palácio”, imitou o som gutural dos gorilas, mandou umas murraças no peito e apontou com o polegar direito para si próprio. Um autêntico macho man.

O laboratório fascinava Del Guito. Nas prateleiras do espaço, antigas latas de óleo da BP e da Shell rotuladas com etiquetas adquiridas no Staples de Mombaça agora transformadas em pequenos recipientes de todo o tipo de substâncias animais e vegetais e as garrafas de vidro transparente de gasosa e água tónica contendo uma gama variadíssima de chás, loções, mezinhas, beberragens e elixires, despertaram a atenção do boss. Ele procurava uma substância a pedido do seu velho amigo papa-putas de Palermo do Douro. O ancião D. Corleone do Freixo desejava substituir com urgência o implante peniano avariado pela ferrugem e pelo uso. Quando Del Guito percorria a mais alta prateleira da estante, exclamou, “Eureka!”. La estava ela. Uma loção em frasco, com o rótulo “Pimba!Pimba!Pimba!”, de aplicação tópica, que continha testosterona de babuíno e geleia real de abelhões da savana e que começava a fazer os seus efeitos em meio minuto. Papa-Léguas que utilizava esta bomba erótico-sexual várias vezes, nas noites em que mudava cinco vezes de cubata, prometeu criar uma formulação injectável de acção ainda mais rápida e prolongada.

Por fim acertaram-se as contas e Del Guito adiantou uns bons milhares de dólares que o xamã guardou num grande cofre-forte monobloco e digital. Tinto e Amoral aproveitaram as promoções “compra um leva dois”, acabando cada um deles por adquirir quatro frascos. Minto agarrou nas últimas notas que trazia e adquiriu um caixote de cem unidades. Del Guito, na sua presunção e vaidade de sempre, disse que não precisava, mas o feiticeiro ainda lhe ofereceu um frasco da milagreira loção sexual para a viagem de regresso e um extracto de hemolinfa de mosca tzé-tzé para adormecer os inimigos.


De regresso a Nairobi, os estômagos chocalhavam. A vinhaça actuava em pleno. Amoral parecia uma autêntica jiboia a bufar e ressonava como um porco, Aníbal Tinto regurgitava e ao mesmo tempo revia o contrato com a Papa-Léguas & Co. na hipótese de ir buscar algum. Pinamóia e Del Guito falavam em novos “negócios” e Bítor Minto com os olhos semicerrados delirava com os vapores de álcool a subirem-lhe à cabeça, balbuciando repetidamente “Hakuna Matata. Hakuna Matata, Hakuna Matata”... (Hakuna Matata, em sawhili, significa “não há problema” ou “não te preocupes”). O piloto bem tentava travar aquela agitação e acabar com aquela lengalenga. Nada melhor do que fazer duas raviangas no ar com o helicóptero, pensou ele. Pior a emenda que o soneto. Minto, já completamente nauseado, sonhando com filme da Disney “O Rei Leão”, pensando estar a voar ao ar livre como um pássaro, arranca uma regurgitadela seguida de uma sucessão de vómitos que borra por completo a parte traseira e metade do tecto do vidro panorâmico da aeronave. Amoral acorda estremunhado, todo encharcado de bôrras do Bordeaux, de mosquitos do paté e da mousse de formigas. Os outros três escapam por pouco.

-O que é que ele está a dizer? – perguntava Del Guito preocupado.

No meio daquele barulho do motor do helicóptero, Aníbal a rir-se como um doido também com um grão na asa, com Amoral a sacudir a mosquitagem, o formigal e as iscas da roupa, atirou:

- Ó chefe, ele está a dizer que bocê é um patarata, carago!

O horrível cheirete a álcool com o vomitado a escorrer e a pingar do vidro panorâmico do heli para cima dos ocupantes, era pior do que a malina de bosta de vaca no “Palácio” da aldeia masai. Todos eles, rotos da viagem, completamente de rastos, seguiram de imediato para o motel, anulando dois safaris eróticos programados para o resto da estadia. Acabaram adoentados, com disenteria e confinados aos quartos do hotel até à viagem de regresso.

Penúltimo dia da nossa estadia maravilhosa em Angama Mara. Mais um pequeno safari sempre pela manhãzinha, e pela tarde já na pista do aeródromo prontos para entrarmos a bordo do Cessna que nos levaria novamente à capital, para de seguida tomarmos, pelo anoitecer, o vôo para Lisboa com escala novamente em Londres. Ao longe, perto de um jovem leão que se anichou mesmo ao fundo da pista, vislumbrámos a carrinha VW Pão de Forma de Ruinzinho Santos,  fácilmente reconhecível pelas cores preta, vermelha e verde com o escudo cruzado por duas lanças, bandeira do país, com o condutor gesticulando e a chamá-lo para fazerem atempadamente a viagem de retorno a Nairobi – são cinco horas e meia por estrada, sem parar. Era a derradeira recolha excrementícia, talvez a mais importante para a detecção do ADN do lagartêdo. Ruinzinho ainda aproveitou para enfiar num frasco largo de vidro, de conserva de azeitonas, já devidamente esterilizado, dois escaravelhos “besouro rola-bosta africano", macho e fêmea, para fazer criação e usá-los como agentes de limpeza no quintal de sua casa.

Hora da partida do Quénia. Na sala de embarque, pesaroso, Ruinzinho Santos. Enquanto tinha ido à agência de aluguer pagar a conta, os serviços da empresa já tinham levado e lavado a carrinha, despejando no lixo os sacos de merda leonina que faziam parte do seu espólio. Salvaram-se os escaravelhos. Missão falhada. Doze dias de trabalho extenuante completamente jogados pela janela fora. A quadrilha de morcões apresentou-se muito pálida e abatida. Desolados, desconheciam o paradeiro de Pinamóia. Já no aeroporto, Trota-Mundos disse-nos que o comparsa dos quatro morcões, radicado neste país, num momento de distracção do grupo, tinha surripiado da mala diplomática de Aníbal Tinto o original do contrato de compra do elixir cavalar, avisado o xamã de que a droga deveria ser enviada para as suas ervanárias, pisgando-se rapidamente para Mombaça. Um desastre em toda a linha, restando unicamente os frascos da loção sexual para trazer para Palermo do Douro e entregar a D. Corleone do Freixo.

 

Quanto ao meu romance e à sua detalhada história ficarão para outras núpcias.

Um bom safari a todos e um bom ano de 2021!

 


GRÃO VASCO





21.12.20

Desonestidade e pulhice das TV’s e cm

 


A desonestidade e a canalhice anti-Benfica campeia impune pelas TV’s e pelos pasquins indígenas. Esgotos onde qualquer bardamerda bota faladura e manipula os factos segundo as suas conveniências e a troco de um prato de lentilhas.

A vitória de ontem em Barcelos foi indiscutível. Pouco importa se o Benfica fez exibição de encher olho aos brunalgas, noronhas e silvas desta vida, ou se foi cinzenta com dose de sorte à mistura. A questão é que ganhou por dois a zero e tudo dentro da legalidade.

Mas hoje, logo vieram os mabecos televisivos afectos ao lagartêdo  e ao fruta, corrupção & putedo ganir e tentar iludir quem assiste aos noticiários desportivos.

Na RTP depois de arengarem umas não sei quantas patacoadas em relação ao jogo, mostraram em primeiro lugar e com largo destaque o lance em que Gilberto deu um safanão mais que legítimo a um adversário que antes disso lhe arriou duas vezes seguidas.

Na TVI, outra merda comunicacional mal cheirosa e parcialíssima a favor dos inimigos do Benfica, deu um destaque prioritário ao lance, esquecendo-se ambas de que Darwim que desde o início do jogo comeu “porrada de três em pipa” de Igor Nogueira, levou três cotoveladas – uma dentro da grande área do Gil Vicente, um penalty que ficou por marcar – e só à terceira é que lhe foi indicado o caminho dos balneários quando já deveria ter sido expulso muito tempo antes disto. Uma vergonha, com a qual compactuou Nuno Almeida que tem sido miseravelmente permissivo com o jogo violento sofrido pelos jogadores do Benfica nos jogos em que intervém. 

Por último, referir a desonestidade e a pulhice com que o autor do artigo sobre o jogo Gil Vicente-Benfica – um tal de Filipe António Ferreira - brindou os leitores no correio da manhã, um pasquim absolutamente execrável que goza e se vale do obscurantismo, ignorância, analfabetismo, sede de sangue, sensacionalismo e mexericos da populaça. Antigamente os Romanos atiravam os cristãos às feras nos coliseus. Agora é esta miserável merda que se constata diariamente com impunidade total de quem é responsável por notícias mentirosas e manipuladas.

Peguei ocasionalmente no jornal em casa de familiares que infelizmente o compram. Não consegui ler o artigo até ao fim.

Já na segunda coluna li esta barbaridade – “Perto do intervalo, o momento que acabaria por marcar o encontro. Gilberto dá uma cotovelada e fica em campo e logo a seguir o gilista Ygor viu o segundo amarelo e foi expulso”.

Fica em campo?

Então o momento que acabaria por marcar o encontro é este?

Mas que merda é esta?

Então o Gilberto leva duas cacetadas antes, tenta libertar-se do jogador faltoso, manda um safanão com o braço e agora é tudo cotoveladas?

Neste caso, o jogador gilista faltoso foi tão desonesto – começou a berrar que nem um capado - quanto o jornalista que fez esta miserável crónica no dito pasquim.

E o Ygor não esteve a bater no Darwin desde o início do desafio?

Foi só esse lance de Ygor a ter destaque do escrevinhador?

Então e foi só o Benfica que teve sorte por causa dois lances perigosos do Gil?

E quantos lances do Benfica aconteceram para golo?

Não sabes contar para o Benfica? É sempre contra ele?

O que é que andas a fumar, pá?

Que capacidade de isenção e seriedade tens tu, pá?

O que andas a fazer nesse pasquim?

Se tens de ter o pão à mesa, vai para as obras, pá. Há lá sempre que fazer e deixa-te de desonestidades intelectuais.

Agora fazer dos outros parvos é que não!

A CS está de rastos. A porcaria, a parcialidade, o fanatismo anti-Benfica é o que está a dar.

Depois queixem-se…

Depois de ler essa porcaria que o jornal traz habitualmente sobre o Benfica perguntei se todos lá em casa já tinham lido o jornal e se não precisavam dele. Levei-o e joguei-o no lixo.

O SPORT LISBOA E BENFICA, A SUA SAD, OS SEUS DIRIGENTES, OS RESPONSÁVEIS PELA SUA COMUNICAÇÃO TÊM DE PÔR MÃO NISTO ENQUANTO É TEMPO, PORQUE ELE ESGOTA-SE DEPRESSA E QUANDO SE APERCEBEREM DO PERIGO DESTA ESTRATÉGIA ANTI-BENFICA, PODERÁ SER DEMASIADO TARDE.


Pos scriptum

Mensagem de um indefectível Benfiquista enviada ao um lagarto.

Com Verdade Desportiva o Benfica liderava o campeonato.

O Sporting foi beneficiado em quatro jogos e prejudicado em dois. Já beneficiou de oito pontos e perdeu quatro contra o Porto e Famalicão. Logo tem quatro pontos a mais. São factos.

As estatísticas da arbitragem deste ano também estão engraçadas.

Liga NOS 2020/21

Penaltys a favor

Benfica - 0

Porto - 6

Sporting - 3 (os 3 com o marcador em 0-0)


Penaltys contra

Benfica - 2

Porto - 1

Sporting - 0

GRÃO VASCO



17.12.20

Os órfãos inconsoláveis

Conscientemente, Noronha “enfiou a viola no saco” esperando melhores noites de “fados & guitarradas” com os seus 34,71%. Silva, “entalou o rabo entre as pernas”, recolhendo a penates com uma derrota humilhante e vergonhosa obtendo uns “fantásticos” 1,64%.

Sensatamente, deram os parabéns ao vencedor inequívoco que arrecadou dois terços da vontade dos sócios Benfiquistas e remeteram-se ao silêncio, não obstante a ferocidade incompreensível das suas propagandas. Ao menos souberam perder.

Pelo contrário, a maioria dos seus prosélitos, uma escumalha radical, visceral e ressaibiada com os resultados eleitorais finais, continuou a duvidar, a gemer e por vezes a ganir tal e qual os trumpazés da selva americana.

Uma matilha de canídeos que não se enxerga e chafurda impune pela blogosfera e redes sociais fora mas que ficou órfã dos seus líderes que já cagaram na populaça até novos carnavais. Esta só serviu no momento. Passada a luta, derrotados, marimbaram-se para os prosélitos. Foi como usar um preservativo. Está consumado o acto e agora joga-se no caixote do lixo. São “Os orfãos inconsoláveis” que não aceitam as perdas óbvias. Os resultados de Noronha e de Silva, duas derrotas, uma evidente e a outra uma hecatombe terrível que abanou e de que maneira com o ego pretensiosamente benfiquista de quem se julgava o redentor da pátria, demonstraram antes do mais que a canalhice, a mentira e a infâmia nem sempre compensam, nem sempre vencem e como sabemos há largos anos fazem parte das vicissitudes e das liberdades que a tão apregoada Democracia permite e que se transformam em autênticas porcarias eleitorais. Não me recordo de campanhas tão espúrias como estas que aconteceram nos finais de Outubro deste ano para a eleição dos Órgãos Sociais do Sport Lisboa e Benfica.


Lamentavelmente, a insanidade mental nalgumas franjas marginais de fulanos e garotelhos que se dizem “benfiquistas” – não conhecem, nem nunca conheceram a História e a saga do Sport Lisboa e Benfica -  continua a grassar assustadoramente e de uma forma preocupante.

“Este não é o meu Benfica!” – repete constantemente esta corja demencial.

“Este não é o meu treinador e por isso não apoio a equipa!” – arenga a cambada.

“ Os dos 62,59% são uns idiotas” – ladra a canzoada.

Imberbes!

Puta que vos pariu, oligofrénicos de merda! – digo eu.

Estas são muitas das frases feitas e repetidas, comuns a qualquer demente quando internado num hospício, começa a falar para as paredes e rodapés dos quartos, onde dão azo às suas pretensões fantasiosas e a ilusões de meros ignorantes.

 

Ontem, no final do jogo entre o Benfica e o Vitória de Guimarães aconteceu mais do mesmo.

Já não bastava a MERDA do relato na Antena 1, onde os “Zés Nunes” desta vida conduzem os comentários conforme querem, apoucando constantemente as exibições da equipa e dos seus jogadores e especialmente alguns alvos estratégicos que convém desestabilizar, ainda surgem na blogosfera os canídeos do costume. Ressaibiados e descontentes com o apuramento do Benfica lá vieram de imediato os “moléculasdeamorpelavida”, “Benfica a pés juntos”, “em defesa do Glorioso” e mais tarde os “fura-redes”, “e pluribus unum” e “os abortos geracionais, shadows, redmoons, bygb’s do blogue mais anti-benfiquista da blogosfera (novogerçãobenfica)” e quejandos desta vida com as filhas das putices do costume.

Querem títulos condizentes com estas canalhices?

Pois então fiquem lá com estes e leiam os conteúdos respectivos:

- “O Benfica de Jesus”.

- “Só assim de Penaltis?”, com este conteúdo final - (Afinal quem empatou dentro dos 94 minutos? Foi o Benfica, ou a equipa de Jorge Jesus?)

- “Parece manteiga...seus idiotas!”

- “Um virus chamado Weigl”.

- “Correr atrás do prejuízo nem sempre vai dar”.

- “Fogo de artifício só quando era preciso eleger LFV a todo o custo”.

 

Não tenho quaisquer dúvidas que os autores destes títulos e dos seus conteúdos serão provavelmente dos maiores párias que chafurdam e deambulam pelo benfiquismo rasca. Uns miseráveis pertencentes à casta mais rasteira, mais canalha que um clube pode ter. Ressaibiados que andaram a lamber os escrotos dos candidatos derrotados e que enlouqueceram com a percentagem aterradora de 1,64%. A bordoada na tarraqueta destes miseráveis foi tal que nunca mais vão recuperar e qualquer que sejam as pessoas que dirijam ou venham a dirigir o Benfica num futuro serão à mesma alvo destes insanos.

 

Ontem, até ao minuto 82’, esta corja – uma MERDA que bóia, errante, pelos esgotos do Colombo - bem esfregava as mãos de contente. Aos 83’ lá foram as suas esperanças por água abaixo. Pedrinho e Pizzi apareceram e encavaram os canídeos do bota-abaixo. No final, o Benfica venceu a eliminatória e bem. João Henriques revelou-se mais uma vez, um treinador pequenino. Sem dimensão para um clube como o Vitória de Guimarães. O clube que segue 5º no campeonato é eliminado para a Taça de Portugal, em casa, pelo Sta. Clara, clube que JH treinava na época anterior. Veio logo a seguir à Luz, para uma competição de dimensão menor, mas com tudo. Mesmo tudo. O Benfica foi como que obrigado a lançar uma equipa de primeiro plano. A obstinada aversão de JH ao Benfica foi bem patente nas suas declarações no final do Benfica-Sta.Clara do ano passado e traduziu-se ontem, outra vez, numa narrativa manhosa e na adopção pela sua equipa por uma defesa porfiada que de nada lhe valeu.

Não chegou, nem chegará, apesar de algum êxito efémero, como foi a vitória dos açorianos com a qual pensou que ia conquistar este mundo e o outro, com declarações deploráveis e que tiveram o Benfica como achincalho. Disto não me esqueço.

Só faltou ontem à MERDA BENFIQUEIRA da blogosfera vermelha elogiar tamanho lagarto anti-Benfiquista.

 

Esta escumalha prefere e quer que o Benfica PERCA e seja HUMILHADO!

Uma vergonha! Um nojo! Bastardos!

Ontem foi mais um forrobodó até ao final do encontro.

Só os penaltys de Everton, Pizzi, Gabriel e Seferovic lhes entupiu aquelas pássaras badalhocas.

Mais uma vez, até domingo, pelo menos, não poderão sentar-se tal a encavadela.

Nunca na minha vivência de longas décadas de militante Benfiquista assisti a tamanha bandalheira. Em termos eleitorais, já ganhei muitas vezes, já perdi outras tantas, mas a partir da eleição do Presidente, fosse ele qual fosse, seja ele qual seja, o meu apoio foi, é e será sempre incondicional, bem como as suas escolhas para os dirigentes, para o treinador e para a aquisição dos jogadores necessários.

 

Esta é a realidade com que a maioria dos Benfiquistas de Bem, os Autênticos, se depara diariamente. É urgente acabar com esta epidemia nem que para isso se recorra àquilo que talvez seja a melhor resposta à sacanice deste bando de safardanas - o “pau-de-marmeleiro” daquele que um dia inventou o célebre dialecto – o “machadês”.

 GRÃO VASCO




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