13.8.13

A fumigação da comua

 

Visto do espaço é um buraco vermelho escuro atulhado de lixo tóxico com tendência para crescer.

 

Numa maior aproximação observa-se uma larga cratera, onde nos bordos do seu cume, a toda a volta e num equilíbrio instável, estão agachados, de cócoras e de calças arreadas, suspensos precàriamente em tábuas de andaimes pregadas umas nas outras, oscilantes, umas boas dezenas de ignaros, ineptos e iletrados, armados em juízes de Barrelas, defecando palpites e sentenças para o vazio, num bamboleio louco, com uma das mãos em cima de cada uma das suas cabeças, tentando aguentar o seu único neurónio e com a outra, segurando um telemóvel, recebendo instruções “de como fazer”...

 

O fenómeno internáutico, que muito antes deste cenário despertou alguma curiosidade e interesse, e pareceu ter alguma utilidade, particularmente no seu início, depressa se transformou numa comua pestilenta a céu aberto, uma latrina gigante exalando um odor fétido, pois com a afluência desenfreada de uma corja de bronco-analfabetos desbragados, garotos ainda de fraldas borradas e pretensiosos escrevinhadores acometidos por diarreias mentais incontroláveis, os dejectos começaram a ser tantos e com tal intensidade que o escoamento e tratamento desses resíduos tornaram-se pràticamente impossíveis de resolver. As descargas, ao minuto - pois as audiências são sempre necessárias para que a publicidade feita em muitos desses espaços renda aos seus donos alguns euritos de três em três meses – imundas e ímprobas, têm confirmado a podridão, a boçalidade e o obscurantismo, que quer haja ou não haja “matriz democrática” - um termo a que acho imensa piada - continuam a grassar na nossa população em geral e da qual a maioria dos bloggers da nação benfiquista é, já por si, uma amostra bem significativa.

 

Na realidade, há na blogosfera benfiquista um extenso e perigoso pântano benfiqueiro infestado de fecalomas, coliformes e amibas, onde qualquer alimária futeboleira prenhe de prosápia, ao chutar umas patacoadas, chafurda em abortos literários inundados de erros ortográficos e outros gramaticais, verdadeiros atentados à língua portuguesa, onde a sua dignidade se afunda em dislates, insinuações, mentiras e onde uma Instituição que deveria merecer o maior respeito dos seus sócios, adeptos e simpatizantes, é constante e inconscientemente jogada à devassa, sendo alvo de insultos e escárnios absurdos, masoquistas e autoflagelantes.

Enfim, uma porca feira de egos entrincheirados e de vaidades desprezíveis, aberrante, oportunista, especulativa e irracional, promotora do achincalho.

 

Urge fumigar a comua.


 Fumigação

GRÃO VASCO


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