8.7.10

O COIO DE CONTUMIL

E que coio!
Um coio que continua inexpugnável, e que irá continuar assim, sabe-se lá até quando…
Um coio de biltres e safardanas, sem escrúpulos, que pare ratos e ratazanas. Nojentos, infames.
Um coio apadrinhado por políticos corruptos, jornalistas vendidos, chantageados e pagos, financeiros especuladores, juízes promíscuos e mancomunados, bancários mafiosos – tudo adornado com casinos e belíssimas meninas de “table dance”, passagens de avião e bilhetes à borla endossados por uma nelinha qualquer - branqueando uma quadrilha de ratos morcões e putas tropicalíssimas saídos dos esgotos e dos “bas-fonds” submundanos de Palermo. Todos chafurdando no pântano contumiliano.
Um coio de directoras culturais comidas por contas na Suíça e casamentos por conveniência, demitidas, despedidas, esbofeteadas, corneadas e escorraçadas.
Um coio de alternadeiras oportunistas, papadas, processadas, vilipendiadas, molestadas.
Um coio, tal como um preservativo – enfia, usa, já está e joga fora!
Um coio encoberto por “conselheiros de justiça” incompetentes, sectários, desacreditados, marfando da gamela contumiliana.
Um coio de emplastros.
Um coio de malandros em genuflexão farisaica perante o papa.
Um coio com conselho consultivo onde chafurdam pategos hipócritas e reles provocadores.
Um coio de motoristas e guarda-costas afonsinos, onde a agressão, a violência e mais desmandos são a palavra de ordem.
Um coio de velhos ricos, apelidados de cabrões, incontinentes, fabricantes de bufas corruptas e assassinas, pseudomédiuns e incumpridores de promessas.
Um coio de putas disfarçadas de netas e afilhadas.
Um coio de bobbys, tarecos e papagaios.
Um coio onde impunemente, criminosos simiescos se disfarçam de escritores, publicando livros onde contam as suas horrendas façanhas de violadores e foras-da-lei.
Um coio e pêras, com muito mais fruta à mistura!
Eis o coio de Contumil!
O coio do Fruta, Corrupção & Putêdo!

No dealbar de uma nova época, o coio, frenético, não pára. Uma praga infecta que contamina, que fede. O coio viaja para América do Sul, onde emissários secretos através de comissões chorudas a empresários sem escrúpulos roubam fruta sã, para a transformarem em “cebollas” pôdres, “beluchas” e “perdigueros”. Depois, é nos subúrbios da capital, pescando à descarada no viveiro de Alcochete, bivalves joaninos, enganando com papas e bolos e ministros analfabetos, muitos tolos submissos de cabeleira branca e de palito na boca, agitando maracas com a mão estendida. A actividade subterrânea continua. Sempre os mesmos métodos, sempre os mesmos protagonistas, sempre os mesmos tansos.


O coio de Contumil está vivo e bem vivo!
O coio não pára, mas a luta Gloriosa contra a trapaça, a chicana, a vigarice, a corrupção e a bandidagem, também não parará!
O coio afundar-se-á no atoleiro de Contumil!

GRÃO VASCO

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