Não, não é caverna. É mesmo “taverna”, com T (tê).
As cavernas são lá longe, nos confins do Afeganistão, nas montanhas inóspitas de Tora Bora onde o homem mais procurado do mundo, o fundamentalista islâmico Bin Laden, se esconde.
A talhe de foice, posso dizer-vos, que a expedição que fiz a essa zona turbulenta do mundo, em busca da entrevista da minha vida, foi muito arriscada, cheia de vários perigos por montanhas áridas e desertas. Posso agradecer ao burro que me carregava, ao passaporte tuga, ao cartão de sócio do Benfica e ao pashtun que me acompanhava e que só falava no Eusébio, no Hassan, no Sabry e no Tahar, ter saído daquele vespeiro completamente incólume!
Foi o que me valeu para passar uma série de controlos e barreiras, sem grandes sobressaltos, em busca daquele mito do mundo árabe.
O meu objectivo era entrevistar Bin Laden. Uma entrevista cujos temas seriam, “O estado do futebol em Portugal e a sua relação com a Al Qaeda” e “A ligação dos talibãs à corja andrade corrupta da Palermo portuguesa”.
Tinha informações fidedignas que Osama seguia com muita atenção a evolução da situação futeboleira em solo luso, particularmente a norte, onde mantinha contactos próximos com alguns ajudantes de campo de Giorgio di Bufa e com diversos elementos do gang dos supercabrões, conhecidos por espalharem o terror e o caos em supermercados, bombas de gasolina e lojas de roupa, tanto no continente como nas ilhas.
Quando no horizonte já se avistavam as temíveis cavernas, surgiu o imprevisto e a desilusão. Na última barreira vigiada por homens fortemente armados, foi-me dito que Bin Laden já não se encontrava ali mas que, se eu quisesse, poderia falar com o número dois, o célebre médico egípcio, que ele próprio se encarregaria de me dar umas dicas sobre o paradeiro do seu chefe. Depois de tomar um chá de menta e ser obrigado a mandar umas fumaças opiáceas que me iam toldando a lucidez, o egípcio lá me disse que o chefe tinha partido, há quatro dias, em segredo absoluto para Portugal, com o objectivo de se inteirar das últimas novidades em técnicas de guerrilha, junto de Giorgio e do seu novo delfim de campo, a mais recente coqueluche da Pocilga, conhecido por “Manillas Brôas”.
Afinal, por incrível que possa parecer, o meu destino em busca do mentor da Al Qaeda, foi inevitàvelmente Palermo. Após várias escalas, lá aterrei em Pedras Rubras – nem sei como a corja andrade corrupta ainda não mudou de nome a este aeroporto – continuando no encalço do personagem mais procurado do mundo.
As minhas fontes de informação apontavam para a presença de Bin Laden na famigerada “Taverna” de Palermo, local onde a fruta é paga a peso de ouro e não nas cavernas de Tora Bora que tanta azáfama e dores de cabeça me deram. Sabia também que iria decorrer uma rusga no local e por isso não perdi tempo e arranquei para lá a toda a velocidade. Entrei naquele lusco-fusco de conluios e cumplicidades e vislumbrei logo Bin Laden, com uma careca pintista, disfarçado de presidente da associação de futebol da Trypalândia, esperando algo impaciente pela chegada de Giorgio. Depois de breves instantes, um dos ajudantes de campo de Di Bufa fez sinal ao árabe que o seu interlocutor estava mesmo a chegar. Valeu a pena a minha demanda pois através do célebre microfone das escutas douradas, obtive o diálogo mais sensacional do meu curto percurso de repórter de investigação.
Giorgio fez uma vénia e Bin Laden saudou-o, exclamando:
- Allah akbar, Giorgio!
As cavernas são lá longe, nos confins do Afeganistão, nas montanhas inóspitas de Tora Bora onde o homem mais procurado do mundo, o fundamentalista islâmico Bin Laden, se esconde.
A talhe de foice, posso dizer-vos, que a expedição que fiz a essa zona turbulenta do mundo, em busca da entrevista da minha vida, foi muito arriscada, cheia de vários perigos por montanhas áridas e desertas. Posso agradecer ao burro que me carregava, ao passaporte tuga, ao cartão de sócio do Benfica e ao pashtun que me acompanhava e que só falava no Eusébio, no Hassan, no Sabry e no Tahar, ter saído daquele vespeiro completamente incólume!
Foi o que me valeu para passar uma série de controlos e barreiras, sem grandes sobressaltos, em busca daquele mito do mundo árabe.
O meu objectivo era entrevistar Bin Laden. Uma entrevista cujos temas seriam, “O estado do futebol em Portugal e a sua relação com a Al Qaeda” e “A ligação dos talibãs à corja andrade corrupta da Palermo portuguesa”.
Tinha informações fidedignas que Osama seguia com muita atenção a evolução da situação futeboleira em solo luso, particularmente a norte, onde mantinha contactos próximos com alguns ajudantes de campo de Giorgio di Bufa e com diversos elementos do gang dos supercabrões, conhecidos por espalharem o terror e o caos em supermercados, bombas de gasolina e lojas de roupa, tanto no continente como nas ilhas.
Quando no horizonte já se avistavam as temíveis cavernas, surgiu o imprevisto e a desilusão. Na última barreira vigiada por homens fortemente armados, foi-me dito que Bin Laden já não se encontrava ali mas que, se eu quisesse, poderia falar com o número dois, o célebre médico egípcio, que ele próprio se encarregaria de me dar umas dicas sobre o paradeiro do seu chefe. Depois de tomar um chá de menta e ser obrigado a mandar umas fumaças opiáceas que me iam toldando a lucidez, o egípcio lá me disse que o chefe tinha partido, há quatro dias, em segredo absoluto para Portugal, com o objectivo de se inteirar das últimas novidades em técnicas de guerrilha, junto de Giorgio e do seu novo delfim de campo, a mais recente coqueluche da Pocilga, conhecido por “Manillas Brôas”.
Afinal, por incrível que possa parecer, o meu destino em busca do mentor da Al Qaeda, foi inevitàvelmente Palermo. Após várias escalas, lá aterrei em Pedras Rubras – nem sei como a corja andrade corrupta ainda não mudou de nome a este aeroporto – continuando no encalço do personagem mais procurado do mundo.
As minhas fontes de informação apontavam para a presença de Bin Laden na famigerada “Taverna” de Palermo, local onde a fruta é paga a peso de ouro e não nas cavernas de Tora Bora que tanta azáfama e dores de cabeça me deram. Sabia também que iria decorrer uma rusga no local e por isso não perdi tempo e arranquei para lá a toda a velocidade. Entrei naquele lusco-fusco de conluios e cumplicidades e vislumbrei logo Bin Laden, com uma careca pintista, disfarçado de presidente da associação de futebol da Trypalândia, esperando algo impaciente pela chegada de Giorgio. Depois de breves instantes, um dos ajudantes de campo de Di Bufa fez sinal ao árabe que o seu interlocutor estava mesmo a chegar. Valeu a pena a minha demanda pois através do célebre microfone das escutas douradas, obtive o diálogo mais sensacional do meu curto percurso de repórter de investigação.
Giorgio fez uma vénia e Bin Laden saudou-o, exclamando:
- Allah akbar, Giorgio!
Este, soltando uma gargalhada, respondeu-lhe, só como ele sabe:
- Tás bom? Ó filha da puta!
- Tás bom? Ó filha da puta!
Essa, já o Armindo, clérigo cristão, conhecia e lha mencionava, quando lhe apontava para a gravação na pedra que relatava a cruzada de 1130 sobre Lisboa, para erradicar os mouros da Ibéria.
Bin Laden corou de vergonha e manifestou-se surpreendido pelo extremismo de sinal contrário. Desarmado de várias formas, acabou por entregar a sua metralhadora de defesa, que trazia por baixo da labita, ao guarda Abel que assistia ao encontro (assim, à cautela, este capanga já ficava com duas para o que desse e viesse) e olhando para Giorgio perguntou-lhe:
- Olha lá, irmão, como é que tu fazes para te safares de forma tão fácil à justiça, sem teres de andar de caverna em caverna?
Giorgio, entre dentes arengou ainda:
- Irmão… “tá bem tá”, pensas lá que sou da tua laia, queres ver…
Só depois mandou mais uma gargalhada e disse-lhe:
- Simples! Treino há trinta anos e só fugi uma vez. Os galegos deram-me guarida, mas concluí, depois, que não era necessário. Como vês, não me escondo em cavernas. Divirto-me mas é, em “tavernas”! Os juízes estão por minha conta através de ofertas de bilhetes e viagens para jogos internacionais, tórridos “tables dances” e opíparas jantaradas, a “secreta” bem controlada por “toupeiras” bem alimentadas, que bufam ou abafam quando é necessário. E nem preciso de barreiras ou controlos. O meu motorista, se for caso disso, deita-as todas abaixo. Quanto à comunicação e propaganda, tenho também sob meu controle vários órgãos de comunicação, dos quais saliento um jornal diário, “O Nojo”, um canal público de televisão, a RTPalermo e uma privada, a Palermo Canal. Quando é preciso mandar umas bexigadas, castanhadas e tocar ao quebrado é só apelar à presença, sempre simpática dos supercabrões! E olha, ó Osama, para abanar com as estruturas económicas do Ocidente eu não preciso de andar a mandar aviões contra as Twin Towers de Manhattan. Basta-me dar um cheirinho de corrupção na Torre das Antas através de um meu director, para que a árvore das patacas abane e o farfalho corra abundantemente em meu favor e em favor dos meus prosélitos.
Bin Laden estava estupefacto. Como era possível um fulano com semelhante perfil e num espaço tão pequeno, viver assim à fartazana, sem ser perseguido ou condenado pela justiça?
Não contente com aquelas respostas, Bin Laden fez-lhe uma última pergunta:
- Ó Giorgio, como é que tu ganhas sempre e não te cobram nada? É que eu tenho sofrido alguns revezes que me têm custado caro!
Giorgio, com aquele seu sorriso sarcástico e irónico, tentando estrafegar mais umas bufas e uns inconvenientes rasgadores que tanto o atormentavam, ripostou:
- Ó mouro, sabes o que são árbitros? Tens lá dessa casta no Afeganistão, ou não? Pois bem, enquanto não tiveres essa corja na mão, pagando-lhes umas viagens ao Brasil, não servires de conselheiro matrimonial a alguns, não largares uns valentes “quinhentinhos” a outros, não arranjares um harém de gajas boas, de preferência brasileiras, nem que seja na Árabia Saudita ou no Qatar, onde essa corja apitadeira possa chafurdar à tripa forra, bem podes tirar o cavalinho da chuva!
Bin Laden ficou aterrorizado. Ele que se julgava o mentor do terrorismo. E já com náuseas provocadas pelo cheiro insuportável das bufas do seu comparsa, siderado pelo seu poder reptiliano, ou não fosse Giorgio um dragão corrupto, saiu disparado da “Taverna”, como um louco, direitinho à ponta do paredão da Foz.
Bem que se safou da rusga iminente, mas sem solução para o seu problema e rendido a Giorgio, um verdadeiro professor das artes que julgava suas, atirou-se ao mar.
Nunca mais ninguém o viu.
E na “Taverna”, igual a tantas outras que percorreu, lambuzando concubinas, netas, legítimas e enteadas, Giorgio, junto do seu filho Emplastro disfarçado de talibã em noite de bruxas, ruminava:
- Bin Laden, Bin Laden…eh, eh, eh, o “berdadeiro”, o genuíno, mora aqui, na Madalena, à beira-mar, neste rectângulo corrupto, carago!
O resto é “cumbersa”!
Giorgio era realmente o maior, o berdadeiro Bin Laden!
Bin Laden corou de vergonha e manifestou-se surpreendido pelo extremismo de sinal contrário. Desarmado de várias formas, acabou por entregar a sua metralhadora de defesa, que trazia por baixo da labita, ao guarda Abel que assistia ao encontro (assim, à cautela, este capanga já ficava com duas para o que desse e viesse) e olhando para Giorgio perguntou-lhe:
- Olha lá, irmão, como é que tu fazes para te safares de forma tão fácil à justiça, sem teres de andar de caverna em caverna?
Giorgio, entre dentes arengou ainda:
- Irmão… “tá bem tá”, pensas lá que sou da tua laia, queres ver…
Só depois mandou mais uma gargalhada e disse-lhe:
- Simples! Treino há trinta anos e só fugi uma vez. Os galegos deram-me guarida, mas concluí, depois, que não era necessário. Como vês, não me escondo em cavernas. Divirto-me mas é, em “tavernas”! Os juízes estão por minha conta através de ofertas de bilhetes e viagens para jogos internacionais, tórridos “tables dances” e opíparas jantaradas, a “secreta” bem controlada por “toupeiras” bem alimentadas, que bufam ou abafam quando é necessário. E nem preciso de barreiras ou controlos. O meu motorista, se for caso disso, deita-as todas abaixo. Quanto à comunicação e propaganda, tenho também sob meu controle vários órgãos de comunicação, dos quais saliento um jornal diário, “O Nojo”, um canal público de televisão, a RTPalermo e uma privada, a Palermo Canal. Quando é preciso mandar umas bexigadas, castanhadas e tocar ao quebrado é só apelar à presença, sempre simpática dos supercabrões! E olha, ó Osama, para abanar com as estruturas económicas do Ocidente eu não preciso de andar a mandar aviões contra as Twin Towers de Manhattan. Basta-me dar um cheirinho de corrupção na Torre das Antas através de um meu director, para que a árvore das patacas abane e o farfalho corra abundantemente em meu favor e em favor dos meus prosélitos.
Bin Laden estava estupefacto. Como era possível um fulano com semelhante perfil e num espaço tão pequeno, viver assim à fartazana, sem ser perseguido ou condenado pela justiça?
Não contente com aquelas respostas, Bin Laden fez-lhe uma última pergunta:
- Ó Giorgio, como é que tu ganhas sempre e não te cobram nada? É que eu tenho sofrido alguns revezes que me têm custado caro!
Giorgio, com aquele seu sorriso sarcástico e irónico, tentando estrafegar mais umas bufas e uns inconvenientes rasgadores que tanto o atormentavam, ripostou:
- Ó mouro, sabes o que são árbitros? Tens lá dessa casta no Afeganistão, ou não? Pois bem, enquanto não tiveres essa corja na mão, pagando-lhes umas viagens ao Brasil, não servires de conselheiro matrimonial a alguns, não largares uns valentes “quinhentinhos” a outros, não arranjares um harém de gajas boas, de preferência brasileiras, nem que seja na Árabia Saudita ou no Qatar, onde essa corja apitadeira possa chafurdar à tripa forra, bem podes tirar o cavalinho da chuva!
Bin Laden ficou aterrorizado. Ele que se julgava o mentor do terrorismo. E já com náuseas provocadas pelo cheiro insuportável das bufas do seu comparsa, siderado pelo seu poder reptiliano, ou não fosse Giorgio um dragão corrupto, saiu disparado da “Taverna”, como um louco, direitinho à ponta do paredão da Foz.
Bem que se safou da rusga iminente, mas sem solução para o seu problema e rendido a Giorgio, um verdadeiro professor das artes que julgava suas, atirou-se ao mar.
Nunca mais ninguém o viu.
E na “Taverna”, igual a tantas outras que percorreu, lambuzando concubinas, netas, legítimas e enteadas, Giorgio, junto do seu filho Emplastro disfarçado de talibã em noite de bruxas, ruminava:
- Bin Laden, Bin Laden…eh, eh, eh, o “berdadeiro”, o genuíno, mora aqui, na Madalena, à beira-mar, neste rectângulo corrupto, carago!
O resto é “cumbersa”!
Giorgio era realmente o maior, o berdadeiro Bin Laden!
GRÃO VASCO