A noite de 7 de Abril de 2011 ficará para sempre e indelèvelmente gravada na memória dos mais de 60.000 adeptos Benfiquistas que assistiram no Estádio da Luz ao encontro entre o Benfica e o PSV.
O Templo Sagrado tomou vertiginosamente, em noventa minutos, a forma da quarta dimensão, com a equipa do Benfica, tal como a Águia Mítica, num voo fantástico sobre os seus anéis, e os adeptos, unidos numa extraordinária força avassaladora, empurrando esses Gloriosos Bravos do Pelotão para uma vitória histórica – a vitória da Luz, que em homenagem a uma família anfitriã luso-americana e especialmente a Ian, um pequeno Benfiquista com um coração gloriosamente vermelho do tamanho dos Estados Unidos, serve de título, em língua inglesa, a este post histórico e que expressa também, a minha gratidão, mais uma vez, a quem me deu a felicidade e alegria de viver mais uma jornada de suprema glória com o nosso Benfica.
Fui transportado para o Templo. No início do tempo, nessa quarta dimensão invisível, ergui os braços, elevando e estendendo o cachecol do jogo, cantei bem alto, com voz firme e colocada, o “Ser Benfiquista” – nunca na minha vida tinha cantado assim o que quer que fosse - acompanhando o eterno Luís Piçarra, gritei com todas as minhas forças SLB, SLB, SLB, Glorioso SLB, Glorioso SLB, chorei de emoção, rezei de ansiedade, vibrei como um louco e para finalizar, ao bater do gong, ensaiei um estético e fabuloso passo de dança ao som da última nota de um belíssimo tango que três geniais argentinos resolveram tocar num compasso a quatro tempos, iniciado por Aimar, continuado por Salvio e completado por Saviola, brindando a Luz com uma obra-prima digna de Carlos Gardel.
A Chama Imensa, nesse momento apareceu de novo do nada, como que por magia, com um brilho ofuscante de primeira grandeza e com um fervoroso calor humano que derreteu o mais poderoso e gigantesco iceberg, transformando-o primeiro na esperança, depois num mar de ilusões e finalmente numa realidade concreta de um desejo indefectível, impelindo todo aquele Povo Glorioso e extraordinário, para a Conquista de Dublin.
Acabávamos de exultar e rejubilar com o 4 a 1 por Saviola!
Tango, tango, tango, Benfica, Benfica, Benfica!
Fantástico, inolvidável, indescritível!
A catarse final, total e colectiva foi impressionante.
Um estádio inteiro de mãos dadas, vibrando, transformado num vulcão de sonhos e emoções!
Viva o Benfica!
GRÃO VASCO