29.11.11

Godinho Lopes - a irresistível atracção pela marginalidade


“Há muitos anos, conheci alguns autênticos leões da selva. Hoje só vejo ali, em Alvalade, uma corja de mabecos pelados, escanzelados e famintos, uivando e arrastando-se penosamente, deambulando à toa pelos bastidores e pelos campos de futebol, guiados pela Luz que os cega, cheirando o rabo ao mastim da matilha do norte, em busca de presas fáceis, queixando-se das suas derrotas e frustrações, e pior, dos seus complexos de inferioridade.” – vetusto patriarca de uma família Benfiquista.

A poeira ainda não assentou. Faz parte da estratégia da malandragem leonina. Mas o que as TV’s mostraram é irrefutável.

Ao ver o Templo Sagrado a arder, a minha segunda casa, senti uma enorme revolta. Quando os bombeiros chegaram e foram inicialmente impedidos de combater as chamas, sendo agredidos por aqueles energúmenos, mais revolta senti.
“Nós só queremos ver a Luz a arder”, tal como Nero em Roma – nunca esquecerei.
O tempo, por mais que perdure, não apagará da minha memória nem do meu sentir esta terrível infâmia.
Nunca haverá perdão possível para este acto tão ignóbil e criminoso.
Os criminosos e os seus mentores terão de ser punidos exemplarmente.

A alucinação colectiva de Godinho Lopes e da sua “orquestra de mabecos” teve o seu desfecho na triste história deste crime que de várias maneiras já vinha sendo anunciado e instigado há algum tempo pela matilha mediática da fauna leonina, tão convencidos estavam de que este jogo entre o Benfica e o seu grémio seria o das suas vidas e o da sua vitória suprema. Obcecados, desataram, inconscientemente a regar com gasolina tudo o que “cheirasse” a derby.
Enganaram-se, e o sabor amargo de uma derrota claríssima e incontestável trouxe consigo uma explosão de violência e terror pré-históricos. Aí sim, aí a pré-história teve várias caras.

A turba de marginais do lagartêdo – instigados a mais violência pelo beneplácito mentiroso, demagógico e populista dos “Caceteiros da Idade da Pedra” ou mediáticos da matilha que com ela conviveram durante noventa minutos, partilhando o mesmo espaço que por vontade própria escolheram, ao terem acesso aos media (também eles ávidos de sangue) logo que o desafio acabou - lá estava, à espera do melhor momento para atacar e para ficar ligada à história triste e criminosa da piromania em Portugal e no futebol.
No sábado, esta turba passou para lá da marginalidade. Houve um crime, e por mais tentativas de manobras de diversão ou branqueamento por parte de Godinho Lopes e “sus muchachos” dizendo que “não se revêem naqueles actos”, mas evitando sempre utilizar a palavra condenação (e isto está em comunicado), e simultâneamente, lançando constantes cortinas de fumo como foram as referências a “coisas muito graves no espaço dos balneários no fim do jogo” e a “gravações de declarações” do principal lesado no crime de fogo-posto no Estádio da Luz, não há mais por onde escondê-lo.

A selvajaria e o vandalismo de Alvalade, mais uma vez a andar de braço dado com as falsidades e o snobismo pornográfico e sujo do seu baronato.

Para nosso orgulho, houve uma diferença abismal que demarcou ainda mais o Benfica do seu rival da capital.
Quando alguém diz que não se revê, não está implìcitamente a dizer que condena.
Talvez por este tipo de coisas dúbias, o episódio dos navios-hotéis da Expo levou a juíza que julgou este processo a declarar no seu final, aquando da sentença, que ficou com dúvidas. Mas como sabemos, quando há dúvidas o julgamento pende favoràvelmente para o arguido. Foi o que aconteceu (aqui).
No sábado, mais uma vez, a Civilização e a Cidadania da Luz confrontaram-se com a marginalidade e a filha-da-putice disfarçadas de “dúvidas”, vindas de dois quilómetros mais a norte. Mais pròpriamente da terra de ninguém onde todos são diferentes… e lá no fundo são mas é todos iguais!

Desde a choradeira do início do campeonato que não se via tamanha barulheira e agitação.

Desta vez assistiu-se a um desfile mediático e rasca das vedetas de Alvalade. Lá apareceram travestidos disto ou daquilo, os baronetes do grémio do visconde arruinado.
Eduardo Barroso, Dias Ferreira, Rui “Chapel” e Costa, Salema Garção, Dias da Cunha, Ângelo Correia, Paulo Futre e alguns mais, com a ajuda da corja submissa da pasquinada, escreveram o prefácio. O epílogo contou com mais fauna da pesada – Paulo Pereira Cristóvão, Carlos Freitas, Bruno Carvalho, Paulo Abreu, o imperdível modelo do mais primário analfabeto dos tempos modernos em Portugal, Sousa Cintra (um boçal que queria pôr o Benfica de joelhos), Fa(o)leiro da Silva, um “manso” que à última da hora virou “fera” e até Vicente de Moura, o “paradigma do desportivismo nacional” que ainda há pouco tempo deu o “dito por não dito” acabando por não se demitir aquando do fracasso olímpico da delegação que chefiava (quem o “salvou” foram os Benfiquistas Nelson Évora e Vanessa Fernandes) tentou morder olìmpicamente os calcanhares ao Benfica – não me esqueço da infeliz intervenção pública e a forma abusiva como ele se referiu ao caso “Nuno Assis”.

Todos, mas todos, tentando justificar o injustificável e absolutamente condenável – a derrota inapelável do seu triste grémio e o crime de fogo-posto no Estádio da Luz.
Miseráveis!

GRÃO VASCO

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