Se Eusébio da Silva Ferreira é na Mitologia Gloriosa o que Zeus no Olimpo foi para os antigos gregos, Mário Esteves Coluna, o grande capitão do Benfica e da Selecção do seu tempo, ocupa também a seu lado, um lugar único no areópago dos inesquecíveis deuses benfiquistas da gloriosa década de 60 que perdurarão para sempre.
E foi assim, com a aparição destas e de mais algumas “divindades diamantinas” - José Águas, Cavém, Germano, Costa Pereira, Santana, Ângelo, Mário João, Cruz, Neto, José Augusto, Simões - que a antiga, esplendorosa e imensa Luz se transformou num altar de fervorosa devoção, intocável, onde milhares e milhares de fiéis ao longo de meio século exultaram com as glórias e as vitórias retumbantes do Sport Lisboa e Benfica.
Durante essa década o Glorioso reinou na Europa, com os seus consagrados jogadores espalhando por todo o mundo o perfume de um futebol inigualável!
Mário Coluna, o “Monstro Sagrado”, como tão bem o cognominou o célebre jornalista da nossa praça, já falecido, José Neves de Sousa, teve uma influência notável neste período do Benfica.
A sua capacidade de liderança, o seu carisma, a sua fidelidade ao Benfica, o seu percurso enquanto jovem como um atleta ímpar, transformaram-no numa força da natureza e num líder nato – dentro e fora do campo!
Coluna foi um jogador extraordinário, e a FIFA reconheceu-o como um dos 100 melhores jogadores do séc. XX.
Coluna foi um jogador extraordinário, e a FIFA reconheceu-o como um dos 100 melhores jogadores do séc. XX.
Mário Esteves Coluna, num gesto sublime de agradecimento, após ter recebido mais um galardão do Sport Lisboa e Benfica e que tocou profundamente todos os presentes numa recente Gala do Benfica no Casino Estoril.
Em 6 de Agosto deste ano irá completar a vetusta idade de 77 anos e já é uma boa altura de nós, adeptos, homenagearmos à nossa maneira o “Grande Capitão”.
Como?
Vou explicar, dando uma única sugestão.
Como sempre, tenho estado bem atento à evolução das bandeiras e não só, que alguns “Bravos do Pelotão” desfraldam e exibem bem atrás da baliza do topo sul do Estádio da Luz.
Nesta como noutras áreas, é notória uma evolução digna de registo.
Muito embora, em tempos, tivesse ficado muito desapontado com alguns actos condenáveis e prejudiciais para o nosso glorioso Clube, quero aqui reconhecer que o comportamento que se tem vindo a verificar de há algum tempo a esta parte desse grupo de indefectíveis – os No Name Boys – não só começa a dignificar o próprio grupo, como mostra que o Benfica pode ter com estas entusiásticas iniciativas um significativo apoio, como são neste caso as mais recentes bandeiras que “esvoaçam” ao som de hinos e cânticos que motivam todo o Templo Sagrado.
Benfiquistas somos todos, com as respectivas e legítimas diferenças, mas somos todos nós que também construímos e constituímos dia-a-dia a “Civilização Gloriosa”.
Pois tudo se enquadra numa sugestão que aqui quero deixar aos NN e aos autores daquelas belas bandeiras, tal como a que exibe a 1ª equipa do Benfica, ou a do rosto do Eusébio ou mesmo ainda as que mostram o emblema do Benfica.
Mário Coluna tem, por direito próprio, um “lugar” priveligiado nesse 1º anel da bancada do topo sul.
Por isso aqui deixo, já, a sua imagem, semelhante àquela que é mostrada na bandeira do Eusébio como forma a que um dia, que eu auguro próximo, tenhamos o prazer de ver “esvoaçar” Coluna como um deus, no areópago da Luz, ao lado de Eusébio, a divindade suprema, na bancada do 1º anel do topo sul.
À vossa consideração e desde já antecipadamente grato!
À vossa consideração e desde já antecipadamente grato!
GRÃO VASCO