12.2.12

Afinal, também há "carteiristas" em Lordêlo...

Cada macaco no seu galho


Quem assistiu ao jogo desta noite entre o Benfica e o Nacional da Madeira não pôde ficar indiferente a certos “fenómenos” no Estádio da Luz.

Não sei bem se terá sido pelo comunicado emitido aos adeptos pelos dirigentes do Manchester City esta semana, sobre a segurança de alguns locais da cidade portuguesa onde o seu clube vai jogar quinta-feira próxima, mas o que é facto, é que os 53.000 indefectíveis adeptos Benfiquistas que esta noite assistiram ao jogo no Templo Sagrado, confundiram Jorge Sousa com um carteirista profissional com escritório nas imediações do covil do dragão e nas respectivas ferrovias de acesso e mimosearam-no com uma vaia severa e prolongada aquando do penalty fantasma marcado contra o Benfica.

Cada vez mais convencidos dessa realidade, assim continuaram a fazer pelo tempo fora até ao apito final.

Mas lá que isso foi muito estranho numa determinada altura do primeiro tempo, lá isso foi. Até mesmo eu que não tenho problemas de visão, admiti marcar uma consulta no oftalmologista quando comecei a ver muitos “Jorges Sousas”, muitos “Pedros Caixinhas” e também demasiado “Nacional”, para mais a mais depois duma pretérita noite de quarta-feira, física e psicològicamente arrasadora na Choupana.

No entanto, desde Vila da Feira até agora, e daqui para o futuro, cada vez mais me convenço que irão aparecer muitos mais “Jorges Sousas” e “Ruis Costas”, muitos mais “Nacionais” e “Feirenses”, em cada jogo que o Benfica faça, seja fora ou em casa.

Depois também vi o “malote”. Aquele malote fantasma que aparece sempre quando o Benfica agarra a liderança e obriga os corruptos do Freixo a entrar em transe, esticando o pescoço e olhando obstinadamente bem para cima. É um objecto tão versátil que tem andado de mão em mão como “as pombinhas da Catrina”, ou melhor, “do Alves”, qual esfera de roleta viciada de casino presenteando aquele ou aqueles que consigam tirar pontos ao Glorioso.

Na realidade, só um Benfica de altíssima categoria consegue travar os ímpetos inexplicáveis que os adversários patenteiam quando o defrontam. Os desta noite pareciam que corriam atrás de alvíssaras bem gordas. Fiquei estupefacto, mesmo no período de descontos, quando vi a defesa do Benfica, inclusive o seu guarda-redes a sofrer pressão alta. Incrível!

Quanto a Jorge Sousa, esse tocador de pífaro que encanta dragões, bem tentou mudar o rumo da História. Com uma prestação manhosa, hábil e tendenciosa, ainda fez estremecer e desestabilizar a equipa do Benfica durante dez minutos. As intenções ficaram bem claras quando só ele viu Emerson ceifar o jogador do Nacional e mandou 53.000 almas às malvas e para a consulta de oftalmologia. Posteriormente, o empate seria uma hipótese e caíria como sopa no mel depois do “empurranço” desse penalty fantasma convertido com êxito a favor dos forasteiros. E para isso, muito contou a vista grossa a faltas não marcadas sobre jogadores do Benfica, a meio-campo, que ele conseguia transformar em perigosos contra-ataques dos ilhéus que só não tiveram sucesso porque a defensiva do Benfica esteve sempre muto atenta a essas manobras. Mas que ainda assim houve alguns calafrios, lá isso houve. Jorge Sousa sabia ao que vinha.

Entretanto, o Benfica não deixou que isso acontecesse. Primeiro, Luisão, na altura dessa autêntica pilhagem “à la Palermo”, recomendou silêncio aos seus colegas. O desatino poderia muito bem ter começado aí, com os habituais amarelos por protestos, mas os jogadores Benfiquistas estavam à priori, bem documentados em relação a este apitadeiro. O trabalho de casa, também a esse nível, foi bem feito por Jorge Jesus e seu staff. Foi mais que evidente, durante todo o jogo, que os jogadores estavam bem preparados para lidar com este mandarete de “Palermo”, e com uma excelente inteligência emocional acabaram por realizar a melhor exibição da época no Estádio da Luz.

Jorge Sousa, na primeira oportunidade que teve quis travar o Benfica, Disso não há a mínima dúvida. Depois, com o jogo já resolvido, tentou encontrar forma de branquear toda aquela porcaria que fez durante a primeira parte, quando salomònicamente e com inusitada exuberância apontou para a marca de penalty por agarrão à descarada a Cardozo.

O jogo, ao nível do apitadeiro e do adversário do Benfica foi um escândalo. E nem sei como o Aimar, após ter sofrido três violentas traulitadas não se lesionou sèriamente. E durante alguns minutos continuou o “deixar andar” do superdragão do Lordêlo.

Jorge Sousa foi um escândalo. O Nacional, os seus jogadores e treinador também. O presidente do Nacional, Rui Alves, conhecido nas escutas do Apito Dourado pelo “toca a andar”, após Proença – outro tocador de pífaro na banda onde Sousa actua - o ter deixado ficar pelo caminho e de lhe ter escamoteado a presença na final do Jamor, lá veio meter nojo pedindo que na Luz deixassem com que a sua equipa terminasse com onze. Jorge Sousa fez-lhe a vontade, mas mesmo assim levou quatro para a Choupana.

Mas foi pouco. Para esta corja é sempre sem perdão. Tudo bem atadinho num molho e despachado em grande velocidade para “Palermo”.

O que vale é que o Benfica joga muito e Jorge Jesus entende e conhece bem estes bastidores, sabendo o que fazer com o jogo e com os seus jogadores, preparando-os para estas tropelias alheias que têm tudo menos de casuais e cujos meandros há trinta anos que são bem conhecidos!

Mais de 53.000 Benfiquistas na Luz.

Parabéns e Obrigado a quem pode estar presente.
Bem merecem a mesma alta nota artística atribuída à equipa e o reconhecimento de todos aqueles que impossibilitados ou longe do Templo Sagrado sofrem pelo Benfica.

Avancemos para S. Petersburgo.


GRÃO VASCO

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