A notícia de que José
Cardinal, árbitro auxiliar da associação de futebol do Porto e homenageado pelo
seu presidente Lourenço Pinto, está sob investigação judicial, não me causou
estupefacção absolutamente nenhuma e para já, é prematuro tecer qualquer
considerando sobre a ocorrência, muito menos conclusões.
Mas há duas
conclusões indirectas que se podem tirar imediatamente – o mundo çeportènguista ou tudo o que a ele está ligado de uma ou de outra
forma, está a "trabalhar" e a "actuar" bem nestas áreas do apito, seja na forma de
escrutínio, seja na forma do “trabalho pròpriamente dito”...
Quanto a esta última
e sòmente a talhe de foice, não esqueçamos o que se passou com LFV à porta do
balneário do lagartêdo aquando do
jogo Benfica-çeportèn realizado na Luz…
Já o disse aqui e
repito-o as vezes que forem necessárias – os apitadeiros e os seus auxiliares deverão em toda e qualquer
circunstância ser escrutinados até à exaustão.
Os Benfiquistas que
conhecem estas gentes, sejam vizinhos, amigos, conhecidos, colegas de trabalho,
parceiros de comezainas ou de festas, namorados de amigas, têm a obrigação de
os monitorizar adequadamente, pois só assim é que eles andarão na linha.
A denúncia feita pelo
Calimero dos Paquetes no timing exacto ao presidente da FPF que logo
reuniu com o staff federativo
responsável e com a PJ, de acordo com o noticiado, e a consequente investigação
em curso, deveu-se a alguém que veiculou esse dado para dentro do çeportèn e para o seu presidente. Esse “escrutínio”
desse “alguém” que decerto se manteve e mantém atento a este tipo de manobras
foi feito e bem feito.
Resta-me por enquanto
dizer que há gente que não anda a dormir.
Espero que todos os
Benfiquistas também não durmam, nem se retraiam, pois isto não é nenhuma “caça
às bruxas”. É, isso sim, lutar por um futebol limpo e sério.
E era assim que
deveria ser sempre, quer em relação a depósitos,
quer em relação, por exemplo a facturas
diversas de outrora e afins.
As escutas telefónicas,
por malabarismos jurídicos não foram consideradas meios de prova, mas como não
puderam ser branqueadas ou destruídas – o lendário Tripulha encarregou-se de
evitar esse hiato histórico/documental - como foram muitas outras coisas de há
trinta anos para cá (até uma data de fundação de um clube foi alvo de um
revisionismo escandaloso) serão sempre uma prova viva da mentira e da
chafurdice em que o futebol caiu desde esse tempo até hoje. Conhecemos bem os
seus mentores e os seus ordenanças.
Vamos aguardar com
atenção para ver como Cardinal se vai safar deste imbróglio ou como o “sistema”
actuará para fazer dele a “expiação” para todos os actos tenebrosos que se foram
verificando ao longo de três décadas e para nos fazerem também crer que afinal
o “sistema” esteve e está sempre dentro da lei, sejam quais forem os seus
representantes nos orgãos de decisão.
E porque perguntar
não ofende, a confirmar-se uma situação ilícita, será que foi só ele a “comer”?
Ou houve, há e haverá
muito mais gente a “comer”?
A segunda conclusão é
que os Apitos nunca mais acabam, sejam dourados ou importados como agora, da ilha da Madeira.
GRÃO VASCO