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Quem imaginaria que uma
dúzia de petizes, amigos do basquetebol, teria um dia o privilégio de tocar o
chão sagrado do Templo da Luz e sentir-se num mundo fantástico e transcendente,
um mundo da quarta dimensão?
Nem o Harry Potter!...
Pois o sonho tornou-se
realidade, fruto do querer e da vontade de um professor entusiasta e de
um grupo de carolas que resolveram
apoiar e construir, nos duros e difíceis dias que correm, um projecto raro de
uma viagem espacial à mais brilhante
constelação do basquetebol em Portugal.
E assim, aqueles bravos
atletas sub-14 B do Gumirães Basket, de Viseu, tal como os grandes actores e os
grandes ídolos, sentiram por um dia e quase à velocidade da luz, o que é o
pulsar vibrante de um palco envolto por uma plateia repleta de fervor e de emoção,
motivando os atletas e exultando com o resultado, numa interacção única e
gloriosa.
Fomos à Luz!
Pais e filhos, treinador
e amigos, domingo bem cedinho, já estávamos de abalada até à capital. Uma
viagem longa com o tempo instável, mas encurtada pelo mesmo convívio saudável e
amistoso de sempre, desta vez apimentado pela grande expectativa dos catraios e
pelo generoso farnel, degustado em pleno Parque das Nações, ou não fosse
Portugal uma nação com oito séculos de história e com um povo tão gastronómico.
Pois, pois, o farnel,
esse ícone tão português, desta vez numa reedição idêntica à dos tempos de
outrora, qual contributo inestimável para uma partilha saudável de muito o que
de bom a vida tem.
Pausa para retempero de
forças e agora sim, todos preparados para a recta final da peregrinação ao
Templo Sagrado!
Com os simpáticos
convites entregues pelo Sport Lisboa e Benfica, o grupo pôde assistir como
aperitivo, no pavilhão da Luz, ao jogo de seniores, para o campeonato de
basquetebol, entre o Benfica e o Guimarães, num jogo quente e bem disputado
para mais tarde recordar.
Depois, bem, depois foi
a nossa vez.
E se na grandeza, a
gloriosa Luz é galáctica, na nobreza de carácter todos estivemos no topo dos
topos!
Como todos sabem, sou um
Benfiquista indefectível e incondicional. E se o Benfica, essa minha paixão
eterna é uma constelação de estrelas brilhantes e nos recebeu com a fidalguia
de um grande senhor, há por este país profundo quem também brilhe e retribua da
mesma forma (e de que forma!) no Templo Sagrado.
Pois esses pequeninos quasares de um Gumirães desconhecido e longínquo, foram astros de primeira
grandeza numa Luz que ainda teve mais luz, quando o público Benfiquista e o
grupo viseense também repleto de Benfiquistas, no final, lhes tributou uma
grande ovação, naquilo que foi um encontro de pequenos-gigantes no entusiasmo e
empenho que todos manifestaram durante o jogo de basquetebol entre o Sport
Lisboa e Benfica, sub 14 B e o Gumirães Basket, sub 14 B.
Os meus parabéns também
aos jovens e técnicos do Benfica, que fizeram jus à sua qualidade de anfitriões
e aos seus pergaminhos, com uma atitude elevada de formação e desportivismo,
imagem de marca da superior dimensão de um clube ímpar como é o Glorioso de
Portugal.
Com quase seis décadas
de vida fico grato, em especial ao meu filho Afonso, por ontem me ter feito
sentir um puto, ao realizar um sonho seu mas que é também meu, pois ontem eu
também estive lá dentro, pisando o chão sagrado e jogando com o meu Benfica!
Um Abraço a todos, em
especial aos miúdos, um grande Obrigado
ao meu filho Carlos por me ter acompanhado nesta jornada e ter compartilhado
comigo todas estas emoções e por fim outro grande Obrigado ao prof. Pedro Esteves, o principal obreiro desta
odisseia, por me terem proporcionado este momento tão feliz.
GRÃO VASCO