Após Óscar Cardozo
empurrar inadvertidamente o seu treinador no Jamor, começaram em catadupa, os
empurrões de toda a espécie ao melhor goleador estrangeiro de todos os tempos
ao serviço do Benfica.
Tal como em tempos
bíblicos, logo vieram fariseus, vendilhões e uma corja de hipócritas
apedrejá-lo e atirá-lo à lama, num exercício torpe de mero assassinato
futebolístico. Numa classe decadente, sem princípios e sem ética profissional,
sempre ao serviço de quem lhes dá mais e de quem puxa pelas suas trelas, jornalistas,
fazedores de opinião e demais canzoada, todos num coro de fazer corar os mais
malandros escrevinhadores e palradores, lá vieram num ditame escabroso dizer – “Cardozo não mais poderá ter lugar no
Benfica!” – um refrão que ao longo deste defeso se tem repetido indefinidamente.
Mas porquê este alarido
e esta insistência?
Simples. Porque o clube
em causa é o Benfica. Pois se a “coisa” acontecesse lá para os lados da Palermo portuguesa, o pau-de-marmeleiro
ou os capangas superdraconianos tratariam de redimensionar à sua mínima
expressão, um facto tão igual a tantos outros que acontecem por esses relvados
do futebol fora.
Óscar Cardozo tem
sentido na pele a hipocrisia de uma reles e rara colecção de filhos-da-puta. Benfiquistas,
não-Benfiquistas e anti-Benfiquistas, ei-los, pregadores de uma falsa moral,
berrando e ganindo aos quatro ventos que o grande goleador paraguaio não tem
condições para continuar no Glorioso e terá obrigatòriamente de abandonar o
clube. Seja porque preço fôr.
As falsas virgens,
meretrizes da pasquinada ofenderam-se. Os prostitutos, que chafurdam às resmas,
tal como pragas de piolhos infectos ou de ratazanas de esgoto decrépitas, pelas
redacções das TV’s, rádios, pasquins desportivos e generalistas, inefáveis,
arrogando-se em juízes a la Palermo,
ditam a sentença implacável – “Óscar Cardozo jamais poderá continuar no Benfica”.
Há que abatê-lo de todas as maneiras possíveis.
E é vê-los, aos Octávios
Ribeiros e aos Ribeiros Cristóvãos deste mundo, como grilos e lagartos falantes,
lançando as suas pérfidas cabeças de fora da toca, alinhando pelo mesmo refrão.
Os Autênticos sabem bem
que este “fuzilamento” irá enfraquecer antes do mais o Benfica. Óscar tem e terá
pela frente, pelo menos mais dois anos para desempenhar as suas funções de
atacante e goleador ao mais alto nível. E nenhum clube, mesmo os de top europeu, se daria ao luxo de
dispensar uma mais-valia com o perfil do paraguaio, transformando-o de um dia
para o outro de um excelente profissional para um proscrito eternamente
condenado às galés.
O bando de mabecos que
quase diàriamente no pasquim de um execrável careca bate o record de notícias sobre a saída do paraguaio do Benfica e a
espaços, dando uma no cravo e outra na
ferradura, no diário do pançudo dos croquetes, se banqueteia em malhar,
especulando sobre o futuro do grande goleador, lá vai continuando a influenciar
a opinião pública afecta ao Benfica – ora é o Fernerbahçe, ora é o Besiktas, depois o Nápoles e a seguir
virão outros tantos – não dando descanso nem ao Clube nem ao jogador.
Vamos ver quem ganhará.
Se esta seita de bastardos e hipócritas, se o Benfica.
Por mim, como sempre,
quero que ganhe o Benfica. Mesmo com alguns custos iniciais, nós sabemos bem
quem é que ficará a perder…
Por isso quero que Óscar
Cardozo fique!
Aguardemos pois pelos
inícios de Julho e sem as habituais piruetas de um imbecil de nome Pedro Ald(r)a(b)ve,
que anda há que tempos a tentar encher os bolsos com novas comissões chorudas à
conta do paraguaio.
GRÃO VASCO