… que têm vindo aqui
vomitar, os meus votos de que a leitura seja tão aprazível como os insultos e
as ameaças que diariamente aqui deixam, relembrando um "post" antigo deste blogue que continua por todos os motivos a ser o espelho dessa mesma corja de lacaios.
O
TÚNEL DA “MADALENA”
Um túnel da
“Madalena”, cujo início da construção data de meados da década de 80 do século
passado, é uma cópia fiel, mas muito mais refinada, de um, bem mais antigo, o
das Antas - esse túnel tenebroso onde se simulava a sodomização dos árbitros e que foi um altar de mêdo, boçalidade,
coacção e violência.
Um túnel apetrechado
com um sistema de fios condutores “com
tecnologia de ponta”, onde todas as chamadas telefónicas partiam ou
chegavam à cabine controleira de
Giorgio.
Augusto Duarte e
António Araújo, suspeitos aventureiros da noite, atravessaram-no, seguindo sempre, sempre em frente, e numa
escuridão total, sem um único clarão,
trouxeram do seu interior o envelope
mágico, uma simples folha de papel que à luz do dia se transformou em cinco
notas de quinhentos euros.
Jacinto Paixão, José
Chilrito e Manuel Quadrado provaram no lusco-fusco desse túnel, os sabores de
sexo oferecido, numa volúpia louca e corrupta de triste desfecho.
Martins dos Santos,
ao palmilhá-lo com subserviência durante anos, teve a sensação premonitória de
que iria apitar o jogo inaugural no novo antro de Giorgio e foi-lhe feita uma
revelação extraordinária – seu filho Daniel iria receber, um relógio de ouro.
Enxovalhou-se.
Carlos Calheiros, em classe turística, passou pelo túnel,
pela Cosmos e pelo Brasil em velocidade supersónica, disfarçado de José Amorim.
Primeiro sem factura/recibo, paga pelo grémio dos seus amores, depois desacreditado,
exigindo-a!
José Guímaro
descobriu ali a sua mina de ouro e os seus famosos quinhentinhos. Ninguém o “segurou”.
Pagou o seu atrevimento com uma estadia na cadeia. Os falsários safaram-se!
Francisco
Silva encontrou no túnel a grande desgraça da sua vida.
Por
lá passaram, José Silvano, Soares Dias, Rosa Santos, Isidoro
Rodrigues,
Donato Ramos, António Garrido e muitos, muitos mais,
com
muitos bons resultados!
Na sua antecâmara,
ainda toca uma “orquestra” bem afinada de observadores
de árbitros, recrutados no tempo em que os títulos eram comprados em supermercados de fruta, segundo
Ferguson.
Um túnel que foi
percorrido por José Pratas, aterrorizado, a
galope e em marcha-atrás, acossado por uma matilha furibunda de cães
selvagens.
Hannah Danielle,
Cláudia Cristiano e Celina Fonseca, à época, três prostitutas brasileiras, hoje
em parte incerta, algures no Brasil, aí sentiram, no meio de alcovas, entre e
contra as paredes e no próprio chão, o convidativo odor do dinheiro fresco do
poder corrupto em troca dos seus quentes e íntimos favores.
Carolina Salgado ali teve
de chupar, engolir e aguentar as diatribes e a malina fétida das bufas e peidos de seu amante e senhor, enquanto a grana …fluiu pelas gavetas da mobília.
Bobby e
Tareco também lá marcaram o seu
território. O papagaio cavou!
Filomena Morais
também passou pelo túnel da “Madalena”. Duas vezes. Perdeu-se. Nunca chegou a
dar com a saída.
A última que lá
entrou, com a alcunha de “A Neta”, teve direito a um apartamento de
quatrocentos mil euros e a uma princepêsca “pensão de sobrevivência” retirada
dos parcos proventos de um velho
careca!
Muitas mais entraram.
Nunca ninguém soube como saíram.
Lourenço Pinto, Gil
Moreira dos Santos, “O Macaco” e os “gangs ribeirinhos” deram-lhe uma dimensão jurássica, transformando-o num sinistro buraco negro à escala
planetária, bem acolitados por Pôncio Monteiro, Sardoeira Pinto e Gonçalves
Pereira, que aí tiveram uma visão apocalíptica dos seus esqueletos
fossilizados.
Um túnel com dois
sentidos que liga os Mortáguas e
afins à UEFA, e vice-verso, via Palermo.
Um túnel projectado até
ao Vaticano, que ludibriou o Papa e os seus conselheiros.
Carlos Pereira
Santos, conhecido nos meios jornalísticos como a “Arrastadeira de Leça” num
assomo telepático, despiu a sua subreptícia capa de editor-chefe e como
filho-do-dragão, passou por lá, cantando loas ao “professor” Jesualdo, escarnecendo
de Eusébio e do Benfica, e plubicitando detergentes e shampôs, do tempo da “Maria Cachucha”.
Sousa Tavares tem no
túnel o seu vomitório preferido.
Manuel Serrão, numa
das galerias adjacentes ao túnel, em alarvidades teatrais encarna um pró-símio
do Cenozóico.
Rui Moreira e
Guilherme Aguiar transportam painéis negros e opacos para a galeria principal, limpando e branqueando de lá, o lixo que
os outros produzem.
Dizem que em dias gloriosos
e radiosos, aparecem nos fundos daquela autêntica catacumba submundana, figuras
fantasmagóricas – Abel “O Guarda” e “sus muchachos”. Ouvem-se rajadas de
metralhadora…
Um túnel onde o
contrabando de marfim, bolas de golfe e cápsulas amarelas “polvorentas” fica impune.
Um túnel de contornos
medonhos, com ôgres afonsinos de feições
bexiguentas.
Um lugar do outro mundo, onde se ouve a voz
cavernosa do Cartola, segundo um Giorgio
em versão mediúnica.
Um túnel onde é
intenso o “calor da noite” e onde vigílias provincianas se assemelham a
conspirações de marginais e criminosos.
Um túnel abafado,
onde os ecos transportam as declamações
labregas de Giorgio.
Um túnel lúgubre,
onde ainda há árbitros “agrilhoados” a gritar pelos pais e pelas mães.
O túnel tortuoso, onde
Olímpio Bento tentou queimar
profissionalmente o prof. José António Silva, por este ser Benfiquista.
Este é o túnel da “Madalena”.
O túnel onde o clube
condenado por corrupção fabricou campeonatos anos e anos a fio.
Um túnel transformado
em relvados, em ringues, em piscinas e em pistas de atletismo viciadas.
O túnel do sussexo de Giorgio e seu grémio, o túnel
das cuspidelas e das bofetadas, dos tribunais e das peixeiradas, onde se atropelam
reportéres, jornalistas e pseudo-jornalistas.
O túnel dos capangas
e dos vândalos.
O túnel das amantes,
das prostitutas e das alternadeiras.
O túnel da corrupção!
O túnel onde se
esconde o precioso tesouro do “Apito Dourado”!
GRÃO VASCO