27.3.14

Para os lacaios da corja de Palermo…




… que têm vindo aqui vomitar, os meus votos de que a leitura seja tão aprazível como os insultos e as ameaças que diariamente aqui deixam, relembrando um "post" antigo deste blogue que continua por todos os motivos a ser o espelho dessa mesma corja de lacaios.


O TÚNEL DA “MADALENA”


Um túnel da “Madalena”, cujo início da construção data de meados da década de 80 do século passado, é uma cópia fiel, mas muito mais refinada, de um, bem mais antigo, o das Antas - esse túnel tenebroso onde se simulava a sodomização dos árbitros e que foi um altar de mêdo, boçalidade, coacção e violência.

Um túnel apetrechado com um sistema de fios condutores “com tecnologia de ponta”, onde todas as chamadas telefónicas partiam ou chegavam à cabine controleira de Giorgio.

Augusto Duarte e António Araújo, suspeitos aventureiros da noite, atravessaram-no, seguindo sempre, sempre em frente, e numa escuridão total, sem um único clarão, trouxeram do seu interior o envelope mágico, uma simples folha de papel que à luz do dia se transformou em cinco notas de quinhentos euros.

Jacinto Paixão, José Chilrito e Manuel Quadrado provaram no lusco-fusco desse túnel, os sabores de sexo oferecido, numa volúpia louca e corrupta de triste desfecho.

Martins dos Santos, ao palmilhá-lo com subserviência durante anos, teve a sensação premonitória de que iria apitar o jogo inaugural no novo antro de Giorgio e foi-lhe feita uma revelação extraordinária – seu filho Daniel iria receber, um relógio de ouro. Enxovalhou-se.

Carlos Calheiros, em classe turística, passou pelo túnel, pela Cosmos e pelo Brasil em velocidade supersónica, disfarçado de José Amorim. Primeiro sem factura/recibo, paga pelo grémio dos seus amores, depois desacreditado, exigindo-a!

José Guímaro descobriu ali a sua mina de ouro e os seus famosos quinhentinhos. Ninguém o “segurou”. Pagou o seu atrevimento com uma estadia na cadeia. Os falsários safaram-se!

Francisco Silva encontrou no túnel a grande desgraça da sua vida.

Por lá passaram, José Silvano, Soares Dias, Rosa Santos, Isidoro
Rodrigues, Donato Ramos, António Garrido e muitos, muitos mais,
com muitos bons resultados!

Na sua antecâmara, ainda toca uma “orquestra” bem afinada de observadores de árbitros, recrutados no tempo em que os títulos eram comprados em supermercados de fruta, segundo Ferguson.

Um túnel que foi percorrido por José Pratas, aterrorizado, a galope e em marcha-atrás, acossado por uma matilha furibunda de cães selvagens.

Hannah Danielle, Cláudia Cristiano e Celina Fonseca, à época, três prostitutas brasileiras, hoje em parte incerta, algures no Brasil, aí sentiram, no meio de alcovas, entre e contra as paredes e no próprio chão, o convidativo odor do dinheiro fresco do poder corrupto em troca dos seus quentes e íntimos favores.

Carolina Salgado ali teve de chupar, engolir e aguentar as diatribes e a malina fétida das bufas e peidos de seu amante e senhor, enquanto a grana …fluiu pelas gavetas da mobília.

Bobby e Tareco também lá marcaram o seu território. O papagaio cavou!

Filomena Morais também passou pelo túnel da “Madalena”. Duas vezes. Perdeu-se. Nunca chegou a dar com a saída.

A última que lá entrou, com a alcunha de “A Neta”, teve direito a um apartamento de quatrocentos mil euros e a uma princepêsca “pensão de sobrevivência” retirada dos parcos proventos de um velho careca!

Muitas mais entraram. Nunca ninguém soube como saíram.

Lourenço Pinto, Gil Moreira dos Santos, “O Macaco” e os “gangs ribeirinhos” deram-lhe uma dimensão jurássica, transformando-o num sinistro buraco negro à escala planetária, bem acolitados por Pôncio Monteiro, Sardoeira Pinto e Gonçalves Pereira, que aí tiveram uma visão apocalíptica dos seus esqueletos fossilizados.

Um túnel com dois sentidos que liga os Mortáguas e afins à UEFA, e vice-verso, via Palermo.

Um túnel projectado até ao Vaticano, que ludibriou o Papa e os seus conselheiros.

Carlos Pereira Santos, conhecido nos meios jornalísticos como a “Arrastadeira de Leça” num assomo telepático, despiu a sua subreptícia capa de editor-chefe e como filho-do-dragão, passou por lá, cantando loas ao “professor” Jesualdo, escarnecendo de Eusébio e do Benfica, e plubicitando detergentes e shampôs, do tempo da “Maria Cachucha”.

Sousa Tavares tem no túnel o seu vomitório preferido.

Manuel Serrão, numa das galerias adjacentes ao túnel, em alarvidades teatrais encarna um pró-símio do Cenozóico.

Rui Moreira e Guilherme Aguiar transportam painéis negros e opacos para a galeria principal, limpando e branqueando de lá, o lixo que os outros produzem.

Dizem que em dias gloriosos e radiosos, aparecem nos fundos daquela autêntica catacumba submundana, figuras fantasmagóricas – Abel “O Guarda” e “sus muchachos”. Ouvem-se rajadas de metralhadora…

Um túnel onde o contrabando de marfim, bolas de golfe e cápsulas amarelas “polvorentas” fica impune.

Um túnel de contornos medonhos, com ôgres afonsinos de feições bexiguentas.

Um lugar do outro mundo, onde se ouve a voz cavernosa do Cartola, segundo um Giorgio em versão mediúnica.

Um túnel onde é intenso o “calor da noite” e onde vigílias provincianas se assemelham a conspirações de marginais e criminosos.

Um túnel abafado, onde os ecos transportam as declamações labregas de Giorgio.

Um túnel lúgubre, onde ainda há árbitros “agrilhoados” a gritar pelos pais e pelas mães.

O túnel tortuoso, onde Olímpio Bento tentou queimar profissionalmente o prof. José António Silva, por este ser Benfiquista.

Este é o túnel da “Madalena”.
O túnel onde o clube condenado por corrupção fabricou campeonatos anos e anos a fio.
Um túnel transformado em relvados, em ringues, em piscinas e em pistas de atletismo viciadas.
O túnel do sussexo de Giorgio e seu grémio, o túnel das cuspidelas e das bofetadas, dos tribunais e das peixeiradas, onde se atropelam reportéres, jornalistas e pseudo-jornalistas.

O túnel dos capangas e dos vândalos.

O túnel das amantes, das prostitutas e das alternadeiras.

O túnel da corrupção!

O túnel onde se esconde o precioso tesouro do “Apito Dourado”!  


GRÃO VASCO


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