23.12.14

O bilhar e as bufas irónicas



Giorgio Peido de Mula, ex-Tarzan da Madalena, agora conhecido por Di Bufa ou Zézé Camarinha da Praça Velásquez, acaba de entrar triunfalmente no seu novo salão de bilhar azul corrupto.

Ufano, saúda os seus prosélitos – um exército de rafeiros cegos e fanáticos, emergidos do submundo da Palermo portuguesa – e levanta o seu “taco” bem alto, firme e hirto como uma barra de ferro! O seu implante peniano está a funcionar em pleno. "A Neta", que o acompanha nestes e noutros eventos públicos, sorri, deliciada e orgulhosa perante pose tão imponente do seu velho macho de estimação, ao mesmo tempo que se certifica que dentro da sua pochete comprada na candonga da Vandoma, se encontram as falsas camisas de Vénus, não ficassem elas perdidas e esquecidas na velha cómoda na mansão da Madalena. As outras brasileiras e demais carolinas presentes batem palmas, sequiosas, soltando guinchos de volúpia e longas exclamações de espanto e de secretos desejos.

 

Faz-se silêncio. Giorgio vai discursar, ou melhor declamar.

Hoje não vai recorrer às suas pseudo qualidades mediúnicas, como o fez quando “falou” com perdigoto, o “Zé do Boné”, mas sim optar pelas suas “excepcionais” - segundo os experts da RTP2 e RTP informação - competências excrementícias.

No entanto, de há uns tempos a esta parte, o seu desempenho aerofágico e flatulento tem vindo a ser cada vez mais deficitário, inversamente proporcional ao aparente sucesso do seu implante peniano. Em resumo e no jargão contumiliano, “as suas bufas já não são o que eram”. Continuam fétidas mas com baixa toxicidade. Os seus efeitos colaterais são mínimos, ou mesmo nenhuns, e a fina ironia nelas contida, começa a ser mais do mesmo, usando chavões bafientos e desgastados pelo tempo.

Mesmo sem inovações, o discurso arrastado e monocórdico começa, dirigido aos bilharistas azuis e broncos e dirigentes da secção:

- "Tenho de lhes dar os parabéns, porque têm conquistado muitos títulos, mas também isso é mais fácil nesta modalidade do que noutras, pois só há árbitros e não há árbitros auxiliares…” – diz Giorgio para gáudio de uma turba de carneiros, zarolhos, acéfalos e mentecaptos que gargalha desbragadamente e exala um hálito execrável anti-Glorioso.

No meio deste despautério absurdo surge à porta do salão, com duas bolas de bilhar vermelhas na mão, um colombiano dançando o chá-chá-chá e repetindo um insólito refrão – “eu também estava em off side…”

 

O silêncio voltou à sala. O implante peniano de tão bons resultados, depressa fez com que tudo se desmoronasse. Com aquele imprevisto do chá-chá-chá, a “jóia da coroa” de "A Neta" tinha murchado completamente. Morcões, ignaros, labregos e boçais, macacos, pidás, abéis, serrões, aguiares, toninhos, murdochs e outros mais, espernearam, mirando Giorgio desolados. Afinal o seu ídolo vivo, o seu “querido líder” tinha acabado de torcer o seu “taco”. Ainda lhe ofereceram as bolas do colombiano, mas eram demasiado pesadas para as trazer ao pendurão!

 


GRÃO VASCO


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