9.5.16

Vero? Veríssimo!





Quando Fábio Veríssimo, esse apitadeiro da nouvelle vague exibiu mediàticamente o primeiro amarelo a Renato Sanches, exclamei, na mesa do café para os Gloriosos Indefectíveis que me têm acompanhado nesta odisseia de ver o Benfica até à exaustão do nosso sistema nervoso:

- “Caros Companheiros, não tardará nada, que o Renato seja brindado com o segundo cartão amarelo. Será simplesmente uma questão de minutos, no primeiro lance que assim se proporcione! Renato virá para a rua e jogaremos com dez, tornando a tarefa no Caldeirão dos Barreiros numa empreitada gigantesca, se não impossível”.

Não fiquei, por isso, surpreendido pela forma mediática e soberba com que assisti ao triste espectáculo da exibição do cartão vermelho à nossa jóia da corôa e quanto isso causou um impacto profundo em toda a audiência vermelha no café do bairro que muitos Benfiquistas transformaram e têm transformado em mini-mini-estádio da Luz! O silêncio e a estupefacção imperaram durante alguns segundos e o mau estar instalou-se, com algum sentimento de revolta à mistura, mas paradoxalmente foi o toque a reunir para os Benfiquistas, para os Autênticos. Todos. No estádio, no relvado, no café, em todos os lugares deste mundo onde se venera o Manto Sagrado!
O momento 37 do jogo entre os maritimistas e o Sport Lisboa e Benfica foi o culminar de uma semana absolutamente surreal e que deixava antever que a vitória do Benfica iria ser colocada em causa por todas as maneiras possíveis e imaginárias, mas também foi aquele em que o Benfica gritou bem alto de que massa é feito. Foi o momento da reviravolta, o momento em que se deu mais um novo grito do Ipiranga, o momento em que transformou uma equipa até aí expectante, numa máquina imparável de criar oportunidades de golo, culminando depois, com a obtenção de dois tentos que arrasaram completamente com as pretensões de muitos lagartos, inclusive aqueles do Marítimo que durante a semana não se cansaram de vomitar nos jornais desportivos todas as barbaridades que quase transformaram este jogo numa refrega de faca na liga.

Fábio Veríssimo sabia muito bem ao que ia. Desde o início do jogo que a sua postura indiciava que, tal como Nelo Vingada, tal como os próprios jogadores do Marítimo, tudo iria fazer, ao seu alcance, para que o Benfica perdesse os tais pontinhos preciosos e a respectiva liderança no campeonato. E ia conseguindo esse objectivo até muito perto do fim do jogo! Só quando Talisca, à bomba, terminou com as dúvidas em relação ao desfecho do resultado é que, então, Fábio Veríssimo passou a julgar os lances como árbitro “internacional” e de “primeira categoria” – marcou todas as faltas que deveriam ser marcadas aos jogadores do Marítimo, foi exibindo os amarelos que deveriam ser exibidos e acabou por mostrar a Fransérgio um vermelho por acumulação, equilibrando aí um campo que em determinados momentos do jogo chegou a estar bastante inclinado para os ilhéus tal qual os acentuados declives dos numerosos barrancos de que a ilha da Madeira é farta.
A informação que tenho, sujeita a confirmação, é a de que este árbitro de Peniche e da associação de futebol de Leiria, é um “lagarto” convicto. Não tenho a certeza, mas ontem deixou-me desconfiado. Já no jogo no Bessa, no Boavista-Benfica que Jonas resolveu mesmo, mesmo ao soar do gongo, tinha exibido quatro cartões amarelos aos jogadores do Benfica contra um dos boavisteiros. Nesse jogo, a sua prestação já começou a ser aquilo que foi claramente a de ontem no Funchal.

O momento em que vi o Renato a quase implorar a Fábio Veríssimo que não tirasse o segundo amarelo do bolso, deixou-me de rastos. O grandíssimo negão do Benfica, o grande Renato, a nova pérola negra do Benfica, o jogador que levou às costas o Benfica num dos momentos cruciais da época, o menino que “salvou” Rui Vitória de ser jogado às feras – mérito também para o treinador que teve o arrojo de colocá-lo a jogar, arriscando a sua própria cabeça - o craque que iluminou o futebol do Benfica, que lhe deu a vivacidade, a alegria e a pujança para fazer da equipa um grupo vitorioso e ganhador, ia ser castigado em público de uma forma exuberante para gáudio da populaça do lagartêdo e afins, que nesse momento rejubilou, ou melhor relinchou.
Agora é que vai ser, agora é que estão fodidos! Foi fácil de ver no semblante de alguns o contentamento, o escárnio, o prazer mórbido de terem conseguido que um puto leal de dezoito anos que irradia talento por todos os poros do Manto Sagrado e que tem sido uma das peças-chave no esquema do Benfica de Rui Vitória, fosse humilhado de forma tão vil e tão seca como o foi, naquele momento que pareceu fatídico para o Benfica e unicamente após dois lances em que Fábio Veríssimo conseguiu transformar num inferno para o jogador e num problema complexo para o Benfica. Renato estava com algumas dificuldades em impor o seu jogo exuberante e pleno de fogosidade. No entanto, neste jogador ímpar, um rasgo do seu enorme talento seria o suficiente para se redimir do que quer que fosse. Assim o fez quando arrancou e passou o defesa maritimista e depois caiu na área. Gritou-se penalty! O árbitro ainda hesitou, balançou entre a rasteira e a simulação, pois não foi no imediato que apontou falta contra o Benfica, acabando por mostrar um amarelo desnecessário a Renato. Houve uma pausa para aquilatar da decisão. Terá sido o árbitro auxiliar a mudar a opinião de Fábio Veríssimo? A dúvida ficará, mas houve uma certeza – o árbitro levou tempo a mais a decidir o que fazer.

Mas o Benfica conseguiu o mais difícil. Com um espírito de união extraordinário, com Pizzi – o tal que já não pode com uma gata pelo rabo – a desdobrar-se pelo interior da linha média, numa missão de enorme sacrifício, com todos os jogadores soberbamente empenhados em resolver o desafio da melhor maneira, o Benfica com menos um elemento, acabou por fazer uma exibição categórica e a todos os títulos notável. Viessem todos os Fábios Veríssimos, todos os Nelos Vingadas deste mundo, todas as malas, que os jogadores do Benfica não se intimidariam nunca. É por tudo isto que a Chama Imensa nunca se apagará. Nunca!

Uma palavra de reprovação inequívoca a todos os merdas dos benfiqueiros habituais que nos casos como o de Renato Sanches, não se cansam nas redes sociais e em alguns blogues, de arrasar com aqueles que semana a semana lhes vão oferecendo momentos felizes. Renato Sanches foi tão ou mais criticado por este bando de filhos-da-puta, do que propriamente pelos anti-benfiquistas, lagartos e demais bicharada. Uma vergonha que tenho o dever de denunciar e que nunca me cansarei de fazê-lo sempre que esta corja benfiqueira deitar as unhas de fora.

Avancemos para domingo! Mais uma final, mais um jogo decisivo que obrigatoriamente terá novamente de ter o apoio total de todos os Benfiquistas!




P.S. - Por fim uma palavra de desprezo para dois bandalhos que deambulam pelas TV’s, em dois programas desportivos da nossa praça - inácio e um tal de josé eduardo – já para não falar de um bêbedo que aparece todas as noites de domingo com cada carraspana que envergonha o adepto mais fanático do fosso do lagartêdo. Dois bandalhos cuja canalhice verbal ultrapassa os limites da decência e que muito provavelmente terão de se sentar num falo de um elefante africano. Quem é esse merdas desse eduardo - já há no lagartêdo eduardos a mais…- para afirmar que a carreira de Renato Sanches está a ser mal gerida? Duas autênticas ratazanas de sarjeta a quem os Benfiquistas nunca poderão perdoar o constante e inenarrável vilipêndio de que têm sido alvo.


GRÃO VASCO


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