24.3.17

“Os 15 minutos à Benfica” vêm daqui!




Junto anexo, com o devido respeito por todos os Companheiros Gloriosos, dois comentários que fiz, separadamente em dois blogues Benfiquistas e que por consideração ao rigor e precisão históricas tive absoluta necessidade de esclarecer.

São dois Blogues indefectívelmente Benfiquistas mas que por imprecisões involuntárias incorreram num lapso que convém corrigir.

Assim, o 1º comentário que fiz no RED PASS:

Caro Red Pass,

Os 15 minutos à Benfica não foram forjados no tempo de Jimmy Hagan, como refere o autor da crónica do jornal e como o Caro Companheiro sabe.
Já muito tempo antes o Benfica tinha esse "amuleto" do quarto-de-hora.
Benfica-Nuremberga, 6-1! Só para citar um deles em que os alemães foram trucidados pelo poder atacante do Benfica.
Benfica-Real Madrid, 5-1! Uma das noites mais fabulosas de Eusébio!
Mas há muitos mais, do Grande Benfica de 60!
O Benfica-Feyenoord foi um jogo épico da década de 70. Estive lá. Foi a primeira vez que fui ver um jogo europeu e logo à noite. Fiquei deslumbrado pois nunca tinha visto o Estádio da Luz como o pude ver essa noite. Foi extraordinário! E com quinze anos, um remediado "provinciano", vindo propositadamente de Viseu, numa aventura perigosa pela Estrada Nacional nº1, entrei pela primeira vez na Luz à noite. Caía uma morrinha no início do jogo. Adolfo, um lateral esquerdo à Benfica faz um slalom fantástico, para centrar com conta peso e medida para Néné, na grande área, que de cabeça provoca o primeira erupção na Luz. Um clamor inesquecível. Depois veio toda a história que é contada acima. A Luz e o Benfica, nessa noite, tiveram um dos seus maiores apogeus futebolísticos da sua longa história!
A minha descrição histórica desse jogo tenho-a no meu livro sobre Jogos Épicos.
Sem vaidade e pretensiosismo de qualquer espécie, muito melhor do que aquilo que acabei de ler.
Um dia se me der licença, colocá-la-ei aqui.
Foi fantástico. Mas ao contrário do que é descrito na história que transcreve, ninguém, e vou repetir, NINGUÉM arredou pé.
Essa foi uma das razões, provavelmente, para a linha avançada do Benfica, na altura, uma das melhores que vi actuar, Néné, Artur Jorge e Jordão, e ainda com Eusébio, Jaime Graça e Toni, arrancasse para três golos nos dez minutos finais, dos quais o 1º (terceiro no jogo) foi do outro mundo... e por Néné
Estavam os 11 jogadores holandeses dentro da sua área e mais alguns do Benfica.
Uma floresta de pernas por entre as quais a bola rematada por Néné passou, constituindo um GOLO DO OUTRO MUNDO!
Mas haveria muito mais por contar. Por exemplo, quando Happel, um quarto-de-hora antes do início do jogo resolveu entrar no relvado e enfrentar, numa atitude desafiadora, a plateia do 3º anel, mesmo no centro do terreno. Provavelmente nunca mais se terá esquecido daquela assobiadela monstra que só acabou quando ele apressadamente voltou costas e se dirigiu para as cabines, ao fim de um breve minuto. Creio que começou aí a perder o jogo e a eliminatória. Fico-me por aqui.Ainda hoje me arrepio todo quando me lembro desse jogo!
69.000 pessoas? Não! Estavam lá mais de 80.000! O estádio rebentava pelas costuras!
Saudações Benfiquistas.
GRÃO VASCO

2º comentário feito no “Deixa passar o Maior de Portugal”

O RED PASS já publicou este texto há alguns dias e com um comentário feito por alguém que corrige inequivocamente o autor dessa peça pouco cuidada, que aqui publicas.
Os “15 minutos à Benfica” vêm desde os primórdios da década de 60 e não da de 70!
Não induzam em erro os leitores e tenham o cuidado de colocar nos vossos blogues a informação histórica sobre o Benfica com maior rigor e precisão.
Na década de 60, em muitos jogos internacionais, especialmente para a Taça dos Clubes Campeões Europeus, competição que posteriormente se passou a chamar Champions League cujo desenho veio a ter alterações em relação à inicial, incluindo pré-eliminatórias, play-off, fase de grupos e eliminatórias finais, já o Sport Lisboa e Benfica tinha esse quarto-de-hora demolidor.
Foi, desde o Benfica-Nuremberga, a 22 de Fevereiro de 1962, em que vínhamos da Alemanha com uma desvantagem de 3 a 1, que começou a falar-se mais intensamente desses MÍTICOS QUINZE MINUTOS.
Nesse jogo extraordinário e épico, o Benfica, ao 20 minutos já ganhava por 3 a 0 com golos de Eusébio aos 2 e 4 minutos e de Coluna aos 20 minutos.
No entanto já tinham acontecido resultados assustadores para os nossos concorrentes desde 1960 - Benfica-Hearts (3-0), Benfica-Ujpesti (6-2), Benfica-AArhus (3-1 cá e 4-1 em Aarhus), Benfica-Rapid de Viena (3-0). Na época seguinte, ainda em 1961, em 8 de Novembro, 5-1 ao Austria de Viena, a seguir, já em 1962, 6-0 ao tal Nuremberga, depois 3-1 ao Tottenham e finalmente 5-3 ao Real Madrid. Mas nos anos seguintes muitas outras goleadas se seguiram com golos marcados logo no início das partidas. O Estádio da Luz, tal como hoje, felizmente, estava sempre quase repleto ou totalmente cheio. Fico muito contente ao vê-lo hoje, assim, fazendo-me relembrar esses tempos únicos e ímpares do nosso Glorioso Benfica, o GRANDE BENFICA DE 60!
Daí essa lenda (que afinal é uma realidade épica), que convenhamos, deveria ser bem explorada hoje, muito embora actualmente, os jogadores e equipa técnica do Benfica também saibam bem o que conta marcar e empatar eliminatórias bem cedo. O Borussia, lá na Alemanha, foi exemplo disso aquando do nosso último jogo internacional.
GRÃO VASCO

A Bem da Nação Benfiquista!



GRÃO VASCO

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