Pamplona
é célebre pelas suas largadas de touros nas festas de S. Fermín. Hemingway
eternizou-as. Que me lembre, nunca apelidou nenhum desses bois selvagens de Undianos
ou Mallencos. Se calhar todos estes espécimes, com estes nomes e com esta
ferocidade são largados noutros sítios. Daí a sua involuntária omissão. Ontem, infelizmente,
foi largado mais um desses Mallencos no Estádio da Luz. A besta cornúpeta, de
grande calibre, andou à solta 90 minutos e caramba, quantos mais tempo houvesse
mais colhidas faria. Foi mesmo uma razia, desde a rábula dos penaltys até ao desvio de um russo com o
seu cotovelo à entrada da sua área de uma bola de livre chutada por Zivkovic a que a besta basca fechou completamente os olhos e assobiou para o ar.
A
faena do Glorioso até estava a ser bem sucedida. Os jogadores do Benfica com paciência
e inteligência lá iam conseguindo domar a besta.
No
entanto, parece-me que a encomenda já estava feita. E que encomenda! Numa
primeira oportunidade, ao menor descuido, o animal investiria com tudo!
Aconteceu o previsto. Mallenco derrubou o Benfica com duas cornadas à falsa fé!
Não
há coincidências. A postura da besta, logo no início do desafio e durante o
mesmo, indiciou ao que vinha. Não é a primeira vez que isto acontece. Porquê, não
sei. Nem consigo encontrar uma explicação cabal. Mas que acontece sempre com
este animal, ai disso não tenho a mínima dúvida! Com este e com mais alguns outros
– Brych em Turim no Benfica-Sevilha, Paolo Tagliavento num Benfica-Chelsea e Skomina
em Londres num Chelsea-Benfica em 2011-2012 e ainda em vários outros, como por
exemplo Viktor Kassai em S. Petersburgo quando empurrou o Zenit para o apuramento,
tendo sido “atraiçoado” por Gaitán, Raúl Jiménez e Talisca nos minutos finais,
ou o inglês Stephen Bennett e o eslovaco Lubos Michel nos jogos
Benfica-Barcelona e Barcelona-Benfica em 2005-2006. Mas tem havido mais. No entanto,
estes têm sido os roubos mais evidentes.
Os
pasquins desportivos pouco falam da roubalheira de ontem. Como é habitual
quando falam sobre o Benfica. O que importa é malhar. A Bola nem uma referência
em condições na capa - uma linha, com letras a branco que quase nem se vêem chamando "desastrado" ao apitadeiro. No interior tudo muito soft em relação a um gatuno de alto quilate. O pasquim das petas lá aparece com umas letras pequeninas a falar de
arbitragem e os filhos-da-puta do nojo vêm com umas queixas do Seferovic, mas
sem afirmarem o que quer que seja relativamente ao roubo indecente ao Benfica que
foi a prestação de Mallenco.
E
assim foi.
De
um claro potencial 2-0 passou-se para um 1-2 inacreditável!
A
besta começou por fazer vista grossa a um escandaloso penalty sobre Seferovic cometido na grande área russa por um
jogador do CSKA.
A
partir deste momento o caldo começou a entornar à descarada. Contudo, Seferovic
ainda colocou o Benfica em vantagem. Mas a besta continuou a marrar no vermelho
e inacreditavelmente apontou com uma rapidez extrema para a marca de penalty por suposta mão de André
Almeida. A sua determinação, tão rápida, deixou a entender muita coisa. Uma
delas foi a clara premeditação e a intencionalidade do gesto para que não
deixasse dúvidas a ninguém. Mallenco foi falso, manhoso, sacana, e com isso
perturbou claramente a equipa do Benfica. Aqui, lá virão as alimárias benfiqueiras dizer que os jogadores do
Benfica são profissionais e que teriam que manter a cabeça fria, o suficiente
para dar continuidade ao jogo que lhes permitisse nova vantagem. Nada mais
desonesto pensar-se assim.
Este
basco é um filho-da-puta da pior espécie de apito na boca.
O
seu cadastro em prejuízo do Benfica é dos mais asquerosos em todo o percurso do
Benfica na Europa. Quando li que seria ele o árbitro, lembrei-me da
escandaleira por si protagonizada em Lyon, onde um jogador do Benfica é expulso
em cinco minutos por duas faltas, uma delas corriqueira e sem intenção. Ontem,
o Benfica já estava a ser roubado indecentemente e Mallenco carregou-lhe ainda
mais. O histórico deste bastardo do apito é, como já referi, medonho nos jogos
do Benfica na Europa. Um gatuno encapotado que sempre que pode mete as duas
manápulas no jogo para roubar o Benfica.
Ontem,
mais uma vez não se enxergou e aí vai disto. Sem escrúpulos e com intenções
claras.
É
penoso assistirmos a um roubo de um ladrão encartado na nossa própria casa sem
podermos fazer alguma coisa. Mas o que mais me custa constatar é outro bando de
filhos-da-puta, neste caso online, que
se dizem afectos ao Benfica e que estupidamente se atiram que nem cães às
canelas dos jogadores e treinador do Benfica vomitando barbaridades sobre
barbaridades.
Na
própria BTV apareceu lá um chunga de um actorzito a dizer que o Benfica não
perdeu por causa do árbitro, mas que foi prejudicado pelo mesmo.
Então
em que ficamos?
O
Benfica pode não ter feito a exibição que muitos estão sempre à espera e que exigem
em modos canalhas, mas o certo é que fez mais do que suficiente para vencer o
jogo.
Poder-me-ão
dizer, conscientemente, que há razões para ficarmos preocupados. Concordo. Como
me preocupa uma assistência de 38.323 espectadores num jogo internacional – que
não tem nada que ver com Belenenses ou Portimonense - com muita gente a vir de
fora da capital. Neste tipo de competição em que há poucos jogos para recuperar
pontos e em que a disputa de qualquer desafio atinge na maioria das vezes um
limite impensável, poderemos equacionar das verdadeiras chances que o Benfica
terá, atendendo até que há notória quebra nos índices físicos e na forma de
vários jogadores fundamentais na equipa, não esquecendo os lesionados. Com a
agravante de no campeonato interno a situação ser sempre complicada, pois o
rigor disciplinar não é comparável com aquele que se pratica na Champions, muito
embora haja excepções como foi o caso de ontem de Mallenco que me fez lembrar o
Carlos Calheiros das viagens da Cosmos ao Brasil pagas pelo grémio corrupto da fruta & do putêdo
ou Isidoro Rodrigues, esse habilidoso e desgraçado apitadeiro.
O
meu desejo é que o Benfica consiga entrar novamente nas contas da Europa, mas
vejo o horizonte com muitas núvens de tempestade. Oxalá me engane redondamente.
Infelizmente nem os próprios Benfiquistas protegem a equipa, o treinador e o
Clube. Basta vermos o que corre na NET, nas redes sociais e blogues, na CS online e nas edições de papel dos pasquins
da praça.
Mas
que algo se passa com Mallenco quando arbitra os jogos do Benfica, não tenho
dúvida nenhuma!
Mãozinhas
de quem, não sei, mas isto é como as bruxas, “yo no creo em brujas, pero que
las hay, las hay”!
Sigamos
depressinha para o Bessa…
GRÃO VASCO