6.5.19

A Estrela de Campeão



No horizonte competitivo do Benfica, ao fim de mais de uma dezena e meia de jornadas e em alguns dos momentos de menor fulgor exibicional dos nossos Bravos do Pelotão, tem brilhado no céu um astro cintilante.

Para ser sincero, já passaram dois dias sobre o mais recente jogo na Luz e ainda não estou completamente refeito do susto que passei durante sessenta minutos – os correspondentes à primeira hora do desafio entre Benfica e Portimonense.
Na realidade, nas bancadas, no relvado e em todos os locais onde os Benfiquistas assistiam ao jogo, a terra tremeu com sucessivas réplicas que culminaram com o forte abalo “Tabata” no início da segunda parte!

Mas o Destino tem por vezes algo que ninguém consegue explicar racional e cientificamente – do iminente KO definitivo, o Benfica, num volte-face de quatro minutos, fez com que todos os seus adeptos passassem na meia hora seguinte ao abalo “Tabata”, de uma angústia severa para uma crescente e indescritível exultação de uma vitória gorda com números impensáveis!

Na sequência da minha percepção antecipada do desafio e da atmosfera mediática criada em seu redor – as declarações atrevidas e desafiadoras dos jogadores e técnico do Portimonense deixaram logo no ar ao que viriam – tive a premonição de que poderíamos ter uma desagradável surpresa.
E tivemo-la, porque a par do melhor jogo do Portimonense esta época, os nossos jogadores sobrepuseram mais uma vez durante a primeira hora de jogo, o medo de perder à vontade de vencer.
Quando essa situação paradoxal desapareceu poucos minutos após o golo do Portimonense, o jogo virou completamente – a entrada fogosa e determinada de Jonas e a vontade indómita de Rafa, acompanhadas logo depois pelo empenho destemido dos restantes jogadores Benfiquistas, inverteram totalmente o destino e o resultado do jogo.

Pouco mais haverá a dizer sobre o desafio. Já li dezenas e dezenas de explicações técnico-tácticas transcendentais dos “doutores da bola”, consoante a cor dos seus autores.
Não vou, nem nunca irei por aí.
Não sou especializado em futebol nem nas teorias que lhe estão subjacentes. Vejo o futebol pelo futebol, vivendo as suas emoções e os seus golos, constatando simplesmente que há grandes equipas e grandes jogadores, bem como o contrário, na certeza de que o mesmo é às vezes uma “caixinha de surpresas”, boas ou más.
Essas pseudoluminárias futeboleiras, que são cada vez mais, aborrecem-me.

No entanto, quero aqui deixar bem vincado que se os jogadores do Portimonense jogassem sempre como jogaram e apresentassem a disponibilidade física que ostentaram contra o Benfica, durante quase todo o jogo, a esta hora que acabaram de se livrar de sezões ao garantirem a permanência na divisão máxima, por certo teriam mas era obtido um lugar cimeiro no campeonato com uma candidatura à Europa League da próxima época e também não teriam sido sistematicamente goleados pela sua casa mãe, sita a norte, na Inbicta – possivelmente a causa desta sua grande exibição, apesar da goleada que sofreram, será a atmosfera única do Estádio da Luz, onde os jogadores forasteiros, adversários do Benfica, têm as célebres miragens de uma imensa nuvem de alvíssaras gordas a voar sobre o relvado…

A caminhada faz-se jogo a jogo. Bruno Lage e os seus pupilos são os primeiros a dizê-lo tendo consciência de que é assim que alcançarão o que tanto desejam. Tal como todos os adeptos Benfiquistas.

Que a competência e a ambição os acompanhe e que a estrelinha do Destino se encarregue de fazer dos Bravos do Pelotão os autênticos Campeões da época.

TUDO PELO BENFICA!

GRÃO VASCO




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