Como vem acontecendo
há alguns quadriénios, nos Jogos Olímpicos, entre polémicas, enganos e
desenganos, sucessos e fracassos, a comitiva portuguesa tem sido um bombo de patrioteirice pelos escrevinhadores de
bico grosso que infectam a tão maltratada classe jornalística deste país.
Se em Pequim, depois
das “cambalhotas” do presidente do COP – um lagartinóide
dos quatro costados que há uns anos atrás teve o desplante e o atrevimento de
se imiscuir em assuntos do foro clubístico ferrando umas alfinetadas no Benfica
no caso “Nuno Assis” – os atletas Benfiquistas, Nelson Évora e Vanessa
Fernandes arrancaram respectivamente ouro e prata, com a CS portuguesa desportiva
e não só, a apelidá-los afanosamente de portugueses ou atletas lusos escondendo as suas raízes
clubísticas, agora em Londres e até à data de hoje, houve que diferenciar
algumas nacionalidades dentro da respectiva comitiva.
Especialmente a “jornaleirada”
desportiva ou generalista – uma cambada de crápulas sem escrúpulos - em papel ou on line, afecta ao fruta, corrupção
& putêdo ou ao grémio do lagartêdo
conseguiu destrinçar uma nacionalidade dentro da nacionalidade portuguesa.
Assim, Telma Monteiro
que já muito antes dos JO começarem, carregava injusta e estùpidamente, bem à
moda “tuga”, o ónus de trazer uma medalha (a pressão dos media foi intensa e miserável) -
nem que para isso tivesse de fazer o Canal das Mancha debaixo de água e
suster a respiração durante a respectiva travessia e que acabou por perder
todas as suas legítimas ilusões e ambições no seu primeiro combate, foi logo referenciada
pela pasquinada reinante como “a judoca Benfiquista” ou a “atleta do Benfica”,
enquanto que João Pina e Joana Ramos, cujo clube é o grémio do lagartêdo, ao obterem idênticos
resultados – eliminados no primeiro combate – já foram “os atletas lusos” ou “os
judocas portugueses”.
Nada com que nós,
Benfiquistas, não estejamos familiarizados.
Quando Telma Monteiro
ganha - e já ganhou muitos combates notáveis que lhe deram várias vezes o
título de campeã da europa e vice-campeã do mundo – é portuguesa retinta e
ilustre, quando perde é uma vulgar atleta do Benfica.
Já João Pina e Joana
Ramos quando perdem são portugueses e quando ganham são atletas lusos do
sporting.
A Yahima quase que não
conta para este “PIB” pois é do Rio
Maior…
Mas aqui para nós,
Caros Companheiros Gloriosos, prefiro que a Telma Monteiro, mesmo derrotada nos
JO seja do Benfica.
A Telma é uma Campeã.
O resto é a CANZOADA habitual a ladrar.
GRÃO VASCO