Não, não é nenhuma
sociedade de peças e acessórios para automóveis e muito menos uma firma do
Algarve especializada na venda de alfarroba a granel. É sim, um trio de
protagonistas da “peça” estreada ontem no Bonfim e que teve um desfecho muito
desnivelado como há muito tempo não se via.
Como é previsível, as
incidências do jogo entre o Vitória de Setúbal e o Benfica vão ter uma
particularidade especial durante a maior parte desta semana – os mabecos azuis
corruptos e os seus aliados submissos do lagartêdo
vão ladrar até à exaustão, começando já hoje, segunda-feira, com a corja de paineleiros televisivos a manifestarem
ruidosamente o seu miserável anti-Benfiquismo propagandeando que o Glorioso já
vai ao colo.
Jorge Sousa e seus auxiliares
irão ser o alvo predilecto começando já a campanha para futuros
condicionamentos. Mas já lá iremos.
Antes do mais, a referência,
isso sim, a outro evento – a campanha publicitária que ontem decorreu no
estádio do Bonfim, durante os primeiros oito minutos da partida, visando a
promoção do wrestling em Portugal.
Desde o início do
jogo que a equipa setubalense se exibia como se não houvesse mais nenhum jogo
do campeonato para além daquele que efectuavam contra o Benfica.
Alguém, preocupado
com aquele ímpeto, questionou se não havia “malas especiais” no Bonfim
provenientes do Freixo e da Pedreira. Fica a dúvida.
Por outro lado, as
equipas de José Mota têm uma particularidade – contra o Benfica vale tudo. Mota
incute uma excessiva agressividade nos seus jogadores que fàcilmente descamba
na violência. Mais, violência gratuita. Amoreirinha, que tal como Rúben Amorim,
já jogou no Benfica, foi a vítima desse estado de alma do seu treinador e
interpretando à letra esse sentimento, tratou de mostrar que nas equipas de
menor dimensão, há um potencial enorme para o crescimento do werstling em detrimento do futebol.
Esse estado de alma
do pobre Mota prolongou-se, ultrapassando mesmo os limites do razoável, quando
na conferência de imprensa após jogo desatou a desferir golpes e mais golpes,
bolçando baboseiras e as parvoíces costumeiras.
Há fulanos que fazem
do futebol um jogo para pernas-de-pau e Mota para além desta característica é
um labrego no futebol. Ontem, só lhe faltou aquele boné a publicitar o verdadeiro
wrestling e uma tabuleta de fundo, em
lousa, com os preços a giz da dose das sardinhas assadas e chocos fritos nos
restaurantes da zona.
Uma lástima!
Mota não poupou Jorge
Sousa e arriou-lhe forte e feio. Sousa não lhe fez a vontade, como noutras
vezes com outros protagonistas. Aí, Mota teve parte da razão, pois só de nos
lembrarmos de Bruno Alves e da sua excepcional actuação como mestre do kung-fu na célebre partida da final da
Taça da Liga em que o grémio corrupto perdeu 3-0 com o Benfica e da
complacência de Jorge Sousa fazendo vista grossa a essa violência, podemos
concluir da destreza e da forma habilidosa como actua este artista do pífaro nos mais diversos cenários. Mas nestas situações,
que não a de ontem, para Jorge Sousa e muitos outros, a fruta fala mais alto.
Tomara que nos jogos
do Benfica, Sousa tivesse sempre esta seriedade, hombridade e rigor.
Basta relembrarmos o
seu colega e compagnon de route Artur
Soares Dias, com um histórico impressionantemente reprovável em relação ao
Glorioso. Na época passada, para a Taça da Liga, na Luz, Artur expulsou um
jogador do Braga e logo após o jogo, a orquestra amestrada da paineleiragem televisiva em sintonia com
os brácaros, estrebuchou e esperneou desalmadamente, protestando para
o excessivo rigor na decisão. O resultado foi simples e Artur não perdeu tempo
a recompôr-se desta “falha”. Passado muito pouco tempo, para o campeonato, nomeado
cirùrgicamente pelo Bitó dos Pífaros,
para o jogo entre o lagartêdo e o
Benfica, escamoteou escandalosamente um penalty
sobre Gaitán, visto a olho nu da estratosfera e mais um agarrão descarado a
Luisão nas suas “barbas”, que atiraram de vez o Sport Lisboa e Benfica para
fora da discussão do título, oferecendo-o de bandeja à escumalha corrupta do
Freixo. Mas não contente e para que a remissão fosse completa e devidamente
reconhecida, já esta época cumpriu mais uma vez a sua missão, roubando um golo
limpo ao Benfica, evitando a derrota dos brácaros na primeira jornada na Luz e que
o Benfica perfizesse os três pontos em disputa.
Para Jorge Sousa a
história não acabou ontem no Bonfim e outras oportunidades surgirão para
mostrar a sua verdadeira face no que toca ao Benfica. Isso é limpinho.
O gesto de Amoreirinha
foi por demais evidente para que Jorge Sousa fizesse vista grossa. Por outro
lado, sabia bem que o escrutínio de ontem era apertado e rigoroso após a
prestação miserável do seu amigo Artur na jornada anterior na Luz e que as
habilidades habituais contra o Glorioso não o beneficiariam em nada, pois a
contestação e o ruído, no que se refere à farsa que têm interpretado em prol do
grémio da fruta continua frêsca e tem
sido alvo de contestação legítima e contínua das Gentes Benfiquistas. Mas tudo
isto não impedirá que a breve prazo e através da “lei das compensações”, quando
o campeonato apertar para os lados do Freixo, estes e outros “agentes do pífaro” – aqui, o realce
para o passado recente e não só, com as actuações magistrais, leia-se roubos
escandalosos ao Benfica, que fizeram de Benquerença, Proença, Xistra, Sousa e Artur,
internacionais (Capela e Hugo Miguel já estão na calha) e reles representantes
deste regime pôdre que grassa no nosso futebol - reponham com a desfaçatez que
lhes é tão peculiar, o seu estatuto de “carrascos do Benfica”.
Por último, Jesus.
“Porque no te callas?” (as conferências de imprensa são
um autêntico descalabro).
Nesta área é que o
homem merece ser ajudado, mas não com os “manuéis
sérgios” deste pobre país…
O Benfica deu-lhe e
continua a dar-lhe um enorme crédito. É desejável que não o desperdice da mesma
forma como já esbanjou o correspondente às duas épocas anteriores que se
transformaram em grandes desilusões para todos os adeptos Gloriosos. Para já
corrigiu algumas situações deficitárias que contribuíram para a exibição frouxa
da equipa na primeira jornada. No entanto, neste jogo do Bonfim, a vantagem de
mais um elemento quase desde o início do jogo, contribuiu para que o que
poderia ser difícil se tivesse tornado fácil demais. Mas foi uma prestação
eficiente de todos e não merece contestação, especialmente com alas novos, que justificaram
em pleno a chamada ao onze inicial, em detrimento de Gaitán e Bruno César.
Salvio?
Um mimo.
Witsel?
Outro mimo.
Rodrigo?
Outro mimo.
Javi García?
Outro mimo.
O resto se verá!
Avancemos para o
hipócrita do “toca a andar, isso, toca a andar”…
E qual o artista do
pífaro para esse jogo?
Aposto em três –
Xistra, Benquerença ou Poença. Oxalá que não!
GRÃO VASCO