O pasquim das patranhas, mais conhecido por “Record das petas”, regozija-se, em artigo publicado hoje na sua edição em papel, de reiniciar uma relação de seis décadas com o Sport Lisboa e Benfica.
Antes do mais, isso é mais uma patranha do tamanho do mundo!
Com tão enternecedor
arrazoado, melhor esclarecido fiquei, mas pareceu-me mais um passe curto falhado
do que um mea culpa. E também todos
ficamos a saber melhor de que “massa” é feita aquela corja que pulula naquele
pasquim.
No final da leitura do “Passe
curto”, rubrica da autoria do presunçoso Careca
da quinta, imaginei-o de corda ao pescoço, com as calças numa das mãos e com
a outra pegando nas capas das três edições abaixo exibidas a tentar tapar
atabalhoadamente o traseiro.
Os “prejuízos” a que ele
alude no início do artigo, antevêem um futuro a curto prazo muito preocupante,
pois a quebra do número de exemplares vendidos diàriamente em banca é abissal. Se
no ano anterior – 2011 – os números negativos já eram bastante elevados, no
início deste ano, mais concretamente no 1º trimestre, as vendas já levavam um rombo
colossal. Não me enganarei se feitas as contas e pelos dados de então, - uma
extrapolação ou previsão, pois a crise, agora, ainda é mais acentuada, e
milhares de benfiquistas conscientes do prejuízo que este pasquim tem provocado
ao Benfica, já não o compram - o careca e
a sua camarilha possam ser “responsabilizados” por aproximadamente menos €
2.500.000 euros (500.000 contos) de jornais vendidos ao longo de 2012. Portanto,
um crescimento negativo que já se arrasta há bastante tempo. Mas o grupo
empresarial, por estratégia ou outras razões que a minha razão desconhece, lá
vai aguentando a publicação, com todos os seus escribas a mamarem por enquanto
de uma teta que irá secar, pois o descrédito perante a sua maior potencial
audiência é um facto.
Da minha parte, nem um
tostão dos antigos, sequer!
Há factos que são
difíceis de apagar e deixam feridas abertas muito difíceis de sarar. Toda a
história, entre outras, de Roberto Jimenez é uma delas – desde que chegou até
ser transferido para o Saragoça. Esta é uma das mais recentes, mas há mais,
muito mais e ainda mais recentes – isto foi gozar com um atleta e com a
instituição Benfica.
Capas feitas por carroceiros sob o consentimento de carroceiros.
Outras capas, feitas por
mentirosos autorizados por manipuladores.
Mas o “comunicado” e o “artigo”
que hoje vêm na edição em papel – numa das páginas finais para não dar muito
nas vistas, como convém - é bem esclarecedor de uma política de chicanice e
bastardice adoptada em relação ao Glorioso e que se revelou de uma baixaria sem
limites, mesmo muito antes das ocorrências em causa. E dou como exemplo o
histórico acima mencionado.
Magalhães, Varelas,
Bernardos, Pais, Farinhas e quejandos são personae
non gratae entre o povo benfiquista atento às suas garatujas.
Ora vejamos a “delícia”
de uma prosa que desavergonhadamente reconhece petas sobre Roberto e Júlio
César, duas das muitas cometidas ao longo de anos e anos e que passo a
transcrever:
Passe curto
Alexandre Pais
Record e Benfica enterram hoje um machado de guerra, inútil
e incompreensível, que a ambos prejudicava, particularmente em tempos em que
sobram prejuízos.
O Benfica aceitou retirar os processos judiciais que
instaurara ao nosso jornal e nós fizemos o que nos competia: pedimos desculpa (ver texto abaixo)
por termos publicado, embora de boa fé, notícias cujos factos subjacentes não
tinham fundamento.
Desde que cheguei aqui, nunca mais este jornal deixou de
reconhecer os seus erros e de assumir as suas responsabilidades. Voltou a
acontecer agora, com um incentivo relevante: o Benfica deu igualmente o passo
que só a ele caberia, numa demonstração e “fair play” e de grandeza.
Assim tudo recomeça hoje na nossa relação de seis décadas. E permanecendo embora a ameaça do
que conjunturalmente nos separará, reforça-se muito daquilo que nos une que é o
que conta.
Comunicado/nota
Record e Benfica reatam relações
As direções
de Record e do Benfica decidiram retomar a normalidade das suas relações
institucionais, retirando o clube os processos judiciais contra o nosso jornal.
Este, por sua vez, apresenta o seguinte pedido de desculpas.
O Record
publicou, nas suas edições entre os dias 26 e 30 de maio de 2011, notícias
sobre a transferência de jogadores do Sport Lisboa e Benfica, Roberto e Júlio
César.
O Record
reconhece que os factos subjacentes a essas notícias carecem de fundamento.
O Record
pretende ainda esclarecer que nunca foi sua intenção ferir a honra e reputação
da Benfica SAD ou da sua administração, que lhes merecem a maior consideração e
respeito institucional e pessoal
O Record aceita que errou no respeitante às referidas notícias e por esse motivo apresenta aos visados as suas desculpas.
Do Pais:
- … embora de boa fé, notícias cujos factos subjacentes não tinham fundamento.
Do “comunicado/nota”:
- … factos subjacentes a essas notícias carecem de fundamento.
Mas que raio de paleio é este?
A isto chamam-se PETAS. Só isso!
GRÃO VASCO