21.3.19

… E não ficou logo por lá?


Quando ontem li a notícia fiquei perplexo.
Só agora?!?

Segundo os pasquins da nossa praça, uma das razões que levou Fontelas Gomes à polícia foi o “oráculo” de César Boaventura ao “acertar” na nomeação de João Capela para o jogo de sábado passado entre o grémio da fruta e um clube madeirense.
Se o motivo foi este, é realmente de fazer rir as pedras da calçada…

Ao constatar esta correria de Fontelas em direcção à PJ, ocorrem-me curiosamente factos inversos. A paragem cerebral que terá dado ao chefe dos árbitros e a consequente ausência na mesma PJ de uma denúncia presencial clara aquando do assalto ao Centro de Treinos da Maia, onde energúmenos a soldo do submundo da Inbicta, adeptos e membros de uma claque de vândalos ligados ao grémio assumidamente condenado do Apito Dourado, trataram de “aconselhar” devidamente Soares Dias e alguns dos seus prezados colegas… para um tempo depois aparecer o chefe da quadrilha dizendo para os repórteres das TV’s  - jornalistas!?! que com ele têm constantes ligações promíscuas e que “por coincidência” aparecem sempre nestes momentos - que “um dia destes poderia acontecer uma tragédia” e apontando o árbitro Nuno Almeida como o “ferrari vermelho”

Onde estava nessa altura Fontelas Gomes?

Do que é que se queixa Fontelas, depois da verdadeira “provocação” ao nomear para o jogo do Antro da Corrupção - onde iria competir o adversário directo do líder da classificação actual do campeonato, o Benfica - o mesmo árbitro que teve uma escandalosa e incompetente prestação cinco dias antes no Estádio da Luz em que prejudicou vergonhosamente o SLBenfica ao escamotear penaltys a seu favor e andou a desperdiçar de uma forma, diria, quase ostensiva, tempo imenso no final do desafio beneficiando constantemente o infractor, neste caso o Belenenses, adversário do Benfica?
De que é que se queixa Fontelas?
De alguém ter denunciado ou escrito que João Capela seria o árbitro escolhido para o jogo entre o grémio da fruta e os maritimistas?

Terá ido Fontelas entregar também à PJ a classificação dos árbitros da época transacta, que até agora “ninguém” a não ser o próprio, sabe qual foi?

Onde estava Fontelas Gomes quando os superdragões foram ao restaurante do pai de um árbitro criar um clima de terror e ameaça?
Onde estava Fontelas Gomes quando apareceram grafittis nas paredes do restaurante ligado a um árbitro?
Onde estava Fontelas quando os energúmenos vandalizaram os talhos do Mota apitadeiro?

Fontelas Gomes ainda teria alguma credibilidade, e digo só alguma, se, quando assumiu a chefia do sector da arbitragem tivesse corrido com toda a gentalha que de forma diversa esteve ligada ao Apito Dourado e às escutas comprometedoras que acompanharam esse processo. Se tivesse tido essa coragem, a sua ida hoje à PJ decerto que seria encarada por muitos como uma atitude séria na defesa dos seus subordinados e da própria verdade desportiva no futebol.

Nada disto aconteceu. Antes pelo contrário. Primou pela continuidade ao pactuar com a permanência de diversas individualidades arbitrais, da qual Luís Ferreira é o caso mais paradigmático.

Mais. O secretismo tem sido a arma deste personagem ao pactuar com a não divulgação pública atempada dos nomeados para os jogos de cada jornada.
Tem medo de quê?
Nesta situação, se porventura denúncias de ameaças houvesse por parte dos nomeados é que teria a obrigação de se dirigir imediatamente às autoridades.

E é inconcebível que as nomeações sejam alvo de tanta suspeição ao constatar-se o chorrilho de árbitros da mesma cidade que são escolhidos para os jogos de um famigerado grémio dessa mesma cidade.

É o forrobodó habitual.

Não deveria Fontelas ter ficado na PJ por muito mais tempo?
Creio que teria muito mais coisas para contar e a PJ para perguntar…

Mas pronto. O que interessa é dar nas vistas, porque como lá diz o ditado, “as aparências iludem…” ou como diz o outro… “as iludências aparudem”!

GRÃO VASCO




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