Quando
ontem li a notícia fiquei perplexo.
Só
agora?!?
Segundo
os pasquins da nossa praça, uma das razões que levou Fontelas Gomes à polícia
foi o “oráculo” de César Boaventura ao “acertar” na nomeação de João Capela
para o jogo de sábado passado entre o grémio
da fruta e um clube madeirense.
Se
o motivo foi este, é realmente de fazer rir as pedras da calçada…
Ao
constatar esta correria de Fontelas em direcção à PJ, ocorrem-me curiosamente
factos inversos. A paragem cerebral que terá dado ao chefe dos árbitros e a
consequente ausência na mesma PJ de uma denúncia presencial clara aquando do assalto
ao Centro de Treinos da Maia, onde energúmenos a soldo do submundo da Inbicta, adeptos e membros de uma claque
de vândalos ligados ao grémio assumidamente
condenado do Apito Dourado, trataram de “aconselhar” devidamente Soares
Dias e alguns dos seus prezados colegas… para um tempo depois aparecer o chefe
da quadrilha dizendo para os repórteres das TV’s - jornalistas!?! que com ele têm constantes
ligações promíscuas e que “por coincidência” aparecem sempre nestes momentos - que “um dia destes poderia acontecer uma
tragédia” e apontando o árbitro Nuno Almeida como o “ferrari vermelho”…
Onde
estava nessa altura Fontelas Gomes?
Do
que é que se queixa Fontelas, depois da verdadeira “provocação” ao nomear para
o jogo do Antro da Corrupção - onde
iria competir o adversário directo do líder da classificação actual do
campeonato, o Benfica - o mesmo árbitro que teve uma escandalosa e incompetente
prestação cinco dias antes no Estádio da Luz em que prejudicou vergonhosamente
o SLBenfica ao escamotear penaltys a
seu favor e andou a desperdiçar de uma forma, diria, quase ostensiva, tempo
imenso no final do desafio beneficiando constantemente o infractor, neste caso
o Belenenses, adversário do Benfica?
De
que é que se queixa Fontelas?
De
alguém ter denunciado ou escrito que João Capela seria o árbitro escolhido para
o jogo entre o grémio da fruta e os maritimistas?
Terá
ido Fontelas entregar também à PJ a classificação dos árbitros da época
transacta, que até agora “ninguém” a não ser o próprio, sabe qual foi?
Onde
estava Fontelas Gomes quando os superdragões foram ao restaurante do pai de um
árbitro criar um clima de terror e ameaça?
Onde
estava Fontelas Gomes quando apareceram grafittis
nas paredes do restaurante ligado a um árbitro?
Onde
estava Fontelas quando os energúmenos vandalizaram os talhos do Mota apitadeiro?
Fontelas
Gomes ainda teria alguma credibilidade, e digo só alguma, se, quando assumiu a
chefia do sector da arbitragem tivesse corrido com toda a gentalha que de forma
diversa esteve ligada ao Apito Dourado e às escutas comprometedoras que
acompanharam esse processo. Se tivesse tido essa coragem, a sua ida hoje à PJ decerto
que seria encarada por muitos como uma atitude séria na defesa dos seus
subordinados e da própria verdade desportiva no futebol.
Nada
disto aconteceu. Antes pelo contrário. Primou pela continuidade ao pactuar com
a permanência de diversas individualidades arbitrais, da qual Luís Ferreira é o
caso mais paradigmático.
Mais.
O secretismo tem sido a arma deste personagem ao pactuar com a não divulgação
pública atempada dos nomeados para os jogos de cada jornada.
Tem
medo de quê?
Nesta
situação, se porventura denúncias de ameaças houvesse por parte dos nomeados é
que teria a obrigação de se dirigir imediatamente às autoridades.
E
é inconcebível que as nomeações sejam alvo de tanta suspeição ao constatar-se o
chorrilho de árbitros da mesma cidade que são escolhidos para os jogos de um
famigerado grémio dessa mesma cidade.
É
o forrobodó habitual.
Não
deveria Fontelas ter ficado na PJ por muito mais tempo?
Creio
que teria muito mais coisas para contar e a PJ para perguntar…
Mas
pronto. O que interessa é dar nas vistas, porque como lá diz o ditado, “as aparências iludem…” ou como diz o
outro… “as iludências aparudem”!