Quando
Bruno Lage assumiu a gestão da equipa do Benfica numa fase muito delicada e
algo turbulenta, não terá havido ninguém, nem mesmo o presidente do Benfica que
lhe tivesse exigido o que quer que fosse em matéria de títulos nas competições
onde o Clube ainda estava envolvido. Nessa altura, em quarto lugar no
Campeonato, as expectativas Benfiquistas, perante o distanciamento pontual ao
então líder - o grémio corrupto -
eram muito reduzidas e já se equacionava de uma forma realista o projecto para
a época seguinte mas com incógnitas muito preocupantes.
No
entanto, o destino tem mistérios insondáveis e surpresas desconcertantes. De um
momento para o outro ocorreu uma inversão que nem Einstein, se fosse vivo, conseguiria
explicar – o grémio corrupto, em
tombos sucessivos, foi desbaratando atabalhoadamente uma gorda vantagem que
parecia inalcançável, enquanto o Benfica muito rejuvenescido, com conceitos e
processos diferentes, começou a ameaçar seriamente uma liderança arrogante, prenhe
de bazófias labregas – o canalha de Contumil até se deu ao desplante de renovar
o contrato com o trolha, na véspera do jogo entre o seu grémio corrupto e o
Glorioso, numa clara atitude provocatória e de achincalho.
Ironia
das ironias, o vexame e a estupefacção chegaram logo, ao outro dia, com uma
vitória estrondosa dos miúdos de Lage na pocilga
corrupta.
Atónitos,
o trolha, o canalha das bufas e o chico trafulha começaram a ter de esticar o
pescoço e a olhar para cima, para o novo líder, inventando desculpas e
atirando-se desvairadamente aos seus maiores aliados de sempre – os árbitros.
Foi um fartar vilanagem!
Bruno
Lage teve esse mérito e que ninguém tenha o atrevimento de colocá-lo em causa.
O discurso do técnico passou a ser diferente, como uma lufada de ar fresco
interessante e desanuviadora, a equipa começou a soltar-se com exibições e
vitórias convincentes e gerou-se um movimento imparável com a Massa Adepta
Gloriosa a carregar impiedosamente
num apoio total à equipa em todos os locais onde o Benfica ia realizar os seus
jogos, quer na Luz, quer em todo o Norte de Portugal. Os momentos foram
fantásticos e tiveram o seu clímax na deslocação a Vila do Conde onde
defrontámos o Rio Ave. O espectáculo da passagem do Vermelhão pelos Arcos do
aqueduto foi absolutamente arrasador e bem demonstrativo da força do Glorioso.
A
consequência de todo este movimento foi uma das vitórias mais históricas e
retumbantes que o Campeonato Nacional já conheceu ao longo de todas as suas
edições. Arrancada a ferros mas de mérito absoluto!
Direcção,
staff técnico e jogadores foram os
cabouqueiros de um sucesso que teve a sua génese nesse pilar único e essencial -
os inconfundíveis e extraordinários Adeptos Benfiquistas que levaram Bruno Lage
e seus pupilos nas palminhas das mãos, até ao final da competição.
Por
isto, também ninguém, por maior mérito que tenha tido no passado, poderá
defraudar em circunstância alguma este movimento ímpar de indefectíveis, que
não obstante haja intempéries, adversidades e carências de toda a espécie,
segue o Emblema da Águia até aos confins do Universo. Ninguém pode ou poderá
desiludir uma audiência de mais de 60.000 pessoas presentes num estádio e mais
aqueles milhões que à distância e em directo pelas TV’s vão seguindo religiosamente
os passos da sua equipa de coração. E o significado “defraudar” não abrange
unicamente a desilusão da derrota, mas sim aquilo que se demonstra que se é (ou não) capaz de fazer, de construir.
Os
Benfiquistas querem, acima de tudo, que o BENFICA GANHE! O divertimento virá
depois. Portanto, Bruno Lage terá sempre de ter presente, simplesmente isto – GANHAR!
Divertimento é para
depois, sr. Lage!
A
sua estratégia comunicacional e o seu discurso para um jogo que é e sempre
será, antes de tudo o mais uma dura e violenta batalha, como foi o deste
passado sábado, na Luz, contra o grémio
mafioso da corrupção, foram um autêntico fiasco, um desastre. Tão iguais à
prestação dos seus jogadores e ao péssimo resultado que se verificou.
Bruno
Lage tem de meter na sua cabeça, de uma vez por todas, que OS JOGOS CONTRA A
ESCUMALHA DA PALERMO PORTUGUESA SÃO E
SERÃO SEMPRE PARA GANHAR. Use os métodos que tenha de usar, são e serão sempre
para ganhar. Não seja tanso. É que “eles” são inimigos e não adversários. Eles
demonstram-no em todo o lado onde se deslocam, através de cânticos, entrevistas
e outros comportamentos, seja no campo ou fora dele, desejando “morte ao Benfica” ou que “o seu avião caia como o da Chapecoense”.
Mas neste capítulo, e BL começou por perder o desafio por aí, foi o facto de na
crucial conferência de imprensa antes do jogo não ter dado nenhuma importância ao
possível resultado, desvalorizando-o para as contas finais. Uma displicência
que associada à tentativa gorada de tirar a pressão aos seus pupilos decidindo
não haver estágio para este jogo, criou um clima de desconcentração e
desresponsabilização que lhe foram fatais. Os seus mais recentes discursos têm
revelado alguma ingenuidade a roçar a beatitude. As reincidentes referências à sua
família lembram-me outros tempos, recentes, que deram em passagens para a
Arábia Saudita. Isto para trolhas, canalhas, símios e trafulhas da estirpe da morcanzoada azul e bronca do coio criminoso
da Palermo portuguesa é como comer
passarinhos de churrasco. É canja!
Para eles vale tudo, nem que para isso tenha de haver mais superaditivos, jorges sousas e demais manigâncias para validar
tudo em cavalões de corrida e a disputa tenha de ser rasteira.
A
atitude perante tantas evidências terá obrigatoriamente de mudar sob pena de
entrarmos num novo círculo vicioso. Também não consigo entender determinada
terminologia da qual o exemplo mais flagrante é o uso e abuso de “nesta casa”!
Sr.
Bruno Lage, não é “esta ou nesta casa”. É O BENFICA OU NO BENFICA!
Tudo
isto não é “somente um jogo de futebol
para as pessoas se divertirem…”. Para isso agarra na equipa e vão todos para
um parque infantil dar uns toques na bola, mandar uns chutos à baliza, fazer
uns meiinhos e umas peladinhas, com algum publicozinho a assistir e para no final aparecerem uma garotas bem jeitosas vestidas com o Manto Sagrado a pedir autógrafos, selfies e bejinhos aos mais queridos e fotogénicos...
É
que o futebol, hoje, envolve enormes responsabilidades, muito dinheiro em jogo.
Muitos dos seus intervenientes, desde os administrativos, roupeiros, simples
porteiros até aos jogadores têm famílias como a do treinador para sustentar e
com orçamentos mensais incomparavelmente menores do que os intervenientes directos
no jogo. E mais. O futebol não é só correr nos treinos ou no próprio jogo. O
futebol tem de ter talento, intuição, versatilidade e inteligência. Sem isso, os
jogadores poderão andar a fazer os 10.000 metros em noventa minutos e não ir a
lado algum. Portanto usar e abusar da palavra CORRER, já chateia. Os jogadores
do Benfica, pagos a peso de ouro sabem muito bem disso e dispensam por certo
este tipo de avisos. Como chateiam as referências constantes à família e “canais
pandas”, e o tom apaziguador com que Bruno Lage aborda determinados temas que
atingem o Benfica de uma forma, no mínimo, soez. E, por favor, acabe com os
elogios a quem nos quer mal. Acabe com a bajulação aos nossos inimigos! E o BL
tem de começar a olhar menos para a sua imagem de profissional e muito mais
para um Benfiquismo que deverá e terá de assumir de uma forma mais efectiva e
declarada nem que para isso tenha de mencionar que “dando tudo ao Benfica, também lhe podem levar a cabeça”…
Ah!
Já me esquecia – e que se deixe de "gratidões" e de dar aulas de tática e estratégia nas suas
conferências de imprensa. Tem muito tempo para o fazer quando for convidado a dar
uma aula em qualquer curso para treinadores de meia-tigela…
É
tempo de reverter estas situações e de arrepiar caminho!
É
que Braga, ninguém duvide, é uma dificílima empreitada!
GRÃO VASCO