20.7.10

O estranho caso de Roberto Jimenez

Ora vivam, caros amigos, seja absolvida a minha ausência, por virtude e afecto da família benfiquista. Pois é, temos em mãos mais um caso desconforme, porventura rotineiro. Este, pouco ou nada tem a ver com o de Benjamin Button, mas o título pareceu-me aprazível e sugestivo.

Como jovem factual, pelo menos idealmente, que sou, falhei de forma fortuita ao considerar que já iam longe os tempos em que se julgavam pessoas pela sua aparência ou jogadores de futebol por duas ou três exibições. Tal como já cantava o poeta Aleixo, um dos meus antepostos:

Sei que pareço um ladrão…
Mas há alguns que eu conheço,
Que, sem parecer o que são,
São aquilo que eu pareço.

E tal como todos os mortais, o Roberto precisa de jogos para ganhar cadência. E ainda mais capital, precisa de jogar na Nossa Enorme Luz, e sentir os 65 mil a puxar por si. Afinal, ele ainda não viu o que é o Sport Lisboa e Benfica… precisa de confiança. É manifesto que os seus erros, até agora, são de certa forma condenáveis, mas o Quim não falhou várias vezes escandalosamente e não acabou por se tornar num dos mais bem amados dos adeptos?
Não sejam indevidos e arbitrários.
Mas o que me desconcerta veementemente, é o facto de isto funcionar como um restaurante. O Roberto foi aos lavabos e o adepto bacoco cospe-lhe incessantemente no prato; quando o espanhol voltar no pleno das suas capacidades vai encontrar um prato sujo e esse adepto não vai conseguir desculpar-se.
Há que entender que o Benfica é só um.
Adeptos e jogadores, mantenham-se unidos!
Porque cada crítica ao Roberto, é mais um tentáculo para o polvo.
Não ponham as armas na mão do tirano. Se é para cair, caiam a tentar furar a muralha!

Até lá, Francisco Pinto.

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