24.9.10

A montanha pariu um "bitinho"

Introdução

Escuta 7 - Antero Henrique insulta Vítor Pereira

23/3/2004
Antero Henrique com Pinto da Costa acerca dos lugares na tribuna presidencial num jogo da Liga dos Campeões. O director do FC Porto insulta Vítor Pereira e Pinto da Costa concorda.

Conversa entre Pinto da Costa e Antero Henrique
23/3/2004

PC: Estou
AH: Está, presidente. Bom dia.
PC: Bom dia.
AH: Desculpe lá estar a incomodar logo de manhã presidente! Olhe, é o seguinte... desculpe lá, o presidente vai usar os seus lugares na tribuna, presidente?
PC: Vou.
AH: Todos?
PC: Sim, porquê? Quem é?
AH: Não pá, precisava para o Vítor Pereira e para o Antonino, que não temos onde os sentar.
PC: O Vítor Pereira se ficar de cócoras também não fica mal, carago.
AH: Pois não. Até nem devia vir, o filha da puta, mas pronto... mas agora prometeu... agora é que ele devia sentir o que me fez.
PC: A Daniela diz que havia, como é que foi?
AH: Não, mas não há, não. Não há lugar. Está tudo... está tudo cheio.
PC: Mas mandou aqueles dois para o... juiz?
AH: Sim, isso está... tratado. Isso está tratado... foi logo a prioridade.
PC: Pró Lourenço.
AH: Pró Lourenço. Foi a prioridade.
PC: Pois
AH: Agora em relação a estes dois é que é...pronto... é chato, depois de prometer.
PC: É, tem que se arranjar esses dois!
AH: Ver se alguém... não faço a mínima ideia como é que vou resolver isso! Está, presidente...
PC: Está bem.
AH: Pronto, um abraço. Até já!

A CONFERÊNCIA DE IMPRENSA

Quem estava à espera de um resposta justa e cabal do presidente dos árbitros sobre a escandalosa roubalheira ao Benfica nos jogos com o OAF, Nacional e Guimarães, que tire o cavalinho da chuva!
Mais do mesmo, numa dança que perdura há três décadas.

Poderia, aqui, enumerar uma série de razões para o fiasco que foi, não só a intervenção de Vítor Pereira na conferência de imprensa como a própria acção de todos os Benfiquistas, e digo todos os Benfiquistas. Ficámo-nos pelo meio do caminho, alguns perdidos, outros com a sensação de que faltou muita coisa por fazer.

Sei que não é fácil trilhar caminhos tortuosos e os responsáveis pelo Benfica, nomeadamente todos os Orgãos Sociais, e repito, todos os Orgãos Sociais, tomaram as posições polìticamente correctas, mas ao mesmo tempo firmes, sensatas e equilibradas, de acordo com a dimensão, valores e princípios que o Clube sempre tem defendido e que foram reiteradas no próprio comunicado lido pelo Presidente da Assembleia Geral, Luís Nazaré. Até mesmo depois da cinzenta actuação de Vítor Pereira, veio a confirmação dessa postura digna da grandeza do Benfica.

Mas será que isto bastará para pôr cobro a um dos mais aviltantes e humilhantes abusos da história recente dos homens do apito ao Benfica, neste caso, por parte de Cosme Machado, Olegário Benquerença e Pedro Proença e outros que se perfilam, à Instituição Sport Lisboa e Benfica?

Parece-me que todos poderemos ir um pouco mais longe, sem ferir as leis.

Mas voltando à realidade do que foi o cinzentismo da análise de Vítor Pereira, exactamente coincidente com aquelas “zonas cinzentas” a que ele se referiu para justificar a não marcação de grandes penalidades e de posições legais transformadas em off sides, não poderia deixar passar em claro três pontos que me ocorreram enquanto o ouvia.

1 – Ficará sempre subjacente à análise de Vítor Pereira, o facto de ser um sportinguista assumido, já brindado com o leão d’ouro, por mais que ele se esforce em mostrar isenção e igualdade de tratamento em relação a todos os clubes.

2 – Na hierarquia, Vítor Pereira depende de Fernando Gomes, um ex-director da SAD do clube condenado por corrupção, apanhado em escutas telefónicas comprometedoras.

3 - Gostemos ou não, Vítor Pereira terá necessàriamente de manifestar solidariedade para com os seus “colegas de muitas lutas” e que viveram por dentro e por fora todas as incidências do processo Apito Dourado, sob pena de perder a credibilidade junto dos seus subordinados e aumentar a desconfiança da hierarquia.

Assim, não me admirou que Vítor Pereira, só muito a custo tivesse admitido ùnicamente dois erros de Benquerença em Guimarães, quando na verdade, foram pelo menos quatro. Passou pela execrável actuação de Cosme Machado no Benfica-OAF como “cão por vinha vindimada”, branqueando uma actuação desastrada e escandalosa do árbitro de Braga que não assinalando duas grandes penalidades, roubou à descarada três pontos ao Benfica. Aqui, nesta situação, a “mãozinha” do observador foi crucial, para que Cosme fosse protegido do inferno das análises, que certamente ao dissecarem os factos ocorridos na Luz, o poriam não numa “jarra”, esturricado, mas a resfolgar num penico atestado de fezes corruptas.

Os erros que prejudicaram o Benfica foram tão evidentes, que Vítor Pereira não pôde passar a esponja em todos eles, ou melhor, não pôde branquear a “roubalheira” toda.

Muito tìmidamente, admitiu, pela influência das arbitragens, um prejuízo claro em relação ao Benfica e alguns benefícios em relação ao clube condenado por corrupção e aos submissos de Alvalade, e consequentemente, prejuízo dos clubes seus adversários, o que foi suficiente para os responsáveis do Benfica afirmassem que a classificação do campeonato está adulterada.
Pelo menos fica um facto irrefutável, mas que não nos devolverá os pontos perdidos e nem retirará os pontos à corja de Palermo e aos nossos vizinhos submissos do clube condenado por corrupção.

Em suma, a verdade é que isto, por si só, não chega!

E a corja corrupta marimba-se e ri-se!

Foi uma intervenção chocante. Por tudo aquilo que foi cuidadosamente omitido.
Contràriamente à “coragem”, salientada no comunicado do SL Benfica, e digamos que terá sido, porventura, uma abordagem polìticamente correcta por parte dos responsáveis pelo Clube, contraponho a minha opinião em relação a esta semi-farsa de Vítor Pereira – conveniência, subserviência e mêdo!
Não poderemos nunca dissociar as ligações perigosas do chefe dos árbitros, desta sua abordagem pífia, medrosa, a roçar a cobardia.
Bastaria começarmos pelo absurdo exagero na amostragem de cartões amarelos aos jogadores do Benfica, em cinco jornadas apenas. Omissão pura e simples deste incrível facto!
Não podemos esquecer a presença de Vítor Pereira na cerimónia de glorificação a Olegário Benquerença, a Paulo Paraty e a Paulo Costa, que a AF Porto com o tenebroso Lourenço Pinto – onde está esta eminência parda há sempre no ar, um cheiro nauseabundo a “marosca” - à cabeça e todas as implicações que isso terá no seu comportamento. Um pouco vaidoso, diga-se. Senão vejamos as fotos desse triste e promíscuo evento, que Vítor Pereira com desfaçatez, ligeireza e um displicente à vontade, valorizou na conferência de imprensa.

E é esta a promiscuidade mórbida, da qual Vítor Pereira e muitos outros não conseguem libertar-se. Neste caso, está umbilicalmente ligado a ela, há vinte e nove anos!

Uma conferência muito aquém de uma expectativa legítima de quem se sente lesado - SLB e não só - após o desafio do Benfica em convidar VP a expressar-se sobre um início de campeonato só comparável aos saques do grémio condenado por corrupção nos inícios da década de noventa e mesmo já neste século.
Uma conferência de desilusão e medo, com VP, mais uma vez a chutar para canto o Benfica e a empurrar o centenário Marítimo para os balneários da divisão de Honra.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É mais que previsível, que enquanto Jorge Sousa, Olegário Benquerença, Pedro Proença, Carlos Xistra, Vasco Santos, Rui Costa, Elmano Santos, Artur Soares Dias ou qualquer outro dos apitadeiros da Liga, não tiverem uma artrose irreversível em um dos seus joelhos provocada por um qualquer “a(in)cidente” e algum dos observadores destes mesmos árbitros, quase todos oriundos do tempo do Apito Dourado, não sofrer de um enfarte do miocárdio incapacitante a 80%, nalguma bancada indignada, o “status quo” que impera na arbitragem e no próprio futebol nunca mudará.

Para compôr o ramalhete, nada melhor do que amenizar o ambiente e serenar as águas tão agitadas, nomeando segundas linhas para este fim-de-semana.
E assim, no jogo a efectuar pelo grémio condenado por corrupção, teremos Marco Ferreira que há duas épocas demonstrou no Estádio da Luz de que lado está. Fez uma deplorável arbitragem na Luz, roubando o Benfica à força toda! No jogo do Çeportén, um artista “sem nome”, desconhecido, para não dar muito nas vistas. Na Madeira, para o que der e vier, João Capela, lagarto de boa cêpa, mas pouco cotado nas lides do apito.
Só para os mais desatentos, convém lembrar que há dois anos, quando o Benfica jogou em casa do Marítimo, no Funchal, levámos com o “Arturinho” Soares Dias, que impotente perante a goleada que o Benfica aí conseguiu, vingou-se forte e feio nos amarelos mostrados aos jogadores do Benfica. Tal pai, tal filho! Mas do careca de bigode, alto e louro, com sotaque à moda do Porto, uma peça imprescindível na engrenagem azul corrupta das décadas de 80 e 90, já não reza a história actual. Quão glorificado foi pela fina flor do entulho dos dirigentes da arbitragem de Palermo e dos do grémio da Fruta Corrupção & Putêdo, duas corjas de reles calibre. Finou-se, mas deixou cá a semente… e que semente!
O filho, o “Arturinho”!

A nomeação de João Capela deixa-me muito, muito apreensivo. Escolher uma peça destas para um jogo dramático para o Marítimo e muito difícil para o Benfica, é de uma subtileza extraordinária! Só quem está desatento, é que não vê o alcance desta jogada…

Contra tudo e contra todos!

TUDO PELO BENFICA!!!

GRÃO VASCO

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