Enquanto uma chusma irresponsável de patetas continuar a navegar e a vaguear no Benfica através da net ou de outra via de comunicação, ou mesmo nos próprios corredores ou bancadas do Estádio da Luz, arvorada em consciência crítica ou reserva moral do Clube, sem nada que a sustente, chegando ao cúmulo de se conferir no direito de ser a herdeira natural dos legados de Cosme Damião, Manuel Gourlade, Maurício V. Brito ou Borges Coutinho, o Sport Lisboa e Benfica viverá sempre neste mar encapelado que se traduz numa contestação contínua e leviana em relação a tudo e a todos e que ao longo deste anos mais recentes se reflecte e é bem patente na inconsequência de resultados e títulos, sendo de longe a sua principal causa.
Quando o objectivo VENCER, por vezes superando, corrigindo ou contornando os próprios erros, deixa de ser a prioridade comum e começam as campanhas orquestradas do bota-abaixo, todas as justificações valem. Com o veredicto democrático de 97% mandado às malvas por um bando de mabecos cujo ódio de estimação ao Presidente LFV e a mais alguns elementos directivos é por demais evidente, o Benfica viverá sempre em constante sobressalto.
A profilaxia para esta paranóia patológica de uns quantos, passa por transformar a tão apregoada mas antiquada Democracia Benfiquista, num sistema saudável, forte e musculado, sem as interferências e a agitação desses ratos de esgoto e sabotadores, que se entretêm estùpidamente a esburacar por dentro o casco glorioso da Nau Benfiquista.
Se tiver que se chamar esta gajada inconsciente à pedra, que não haja contemplação alguma, que se malhe sem dó nem piedade, pois uma purga ou uma operação de limpeza a sério deixarão os ares da Luz mais puros e saudáveis. Estou farto, fartíssimo de ouvir e de ler, aquele lugar comum que serve para tudo – “que todos somos Benfiquistas”.
Sinceramente, Caros Companheiros, estou farto e cansado de ouvir a mesma lengalenga quando um bando de salteadores que gravita, ressaibiado e famélico em torno do Glorioso quer abarbatar o poder de qualquer forma. E como justificação, os slogans velhos e relhos sucedem-se – “o Benfica viveu sempre numa democracia, mesmo na altura da ditadura”, “foi fundado por este e aquele, uns verdadeiros democratas”, “até teve um presidente tipógrafo e comunista”, “outro que foi aristocrata com título nobiliárquico e democrata”, “foi sempre um clube identificado com a liberdade de expressão”, “teve sempre eleições livres e democráticas”, “a oposição é que dá voz à revolta legítima”, “nunca andei no rebanho e sou uma ovelha tresmalhada a lutar pela liberdade e pela crítica”, “quem alinha pelo poder legìtimamente constituído pertence à carneirada”, “a mim, como sócio e adepto, ninguém me aliena o direito de criticar, de dizer o que penso e falar, de cátedra, dos negócios do presidente, especular sobre as relações profissionais entre o director do futebol e o seu chefe hierárquico”, etc., etc., etc., blá, blá, blá, blá.
Uma feira de vaidades, a começar por alguns blogues perigosíssimos, que para terem visibilidade e serem lidos e ouvidos, não enjeitam a oportunidade de lançar contìnuamente a polémica, a confusão, a mentira, o boato, a insinuação e por fim o caos!
Outros, iluminados, mas que também se passeiam na tal feira, lançam os já tão estafados debates ou fóruns; mas para se assumirem, ou assumirem as suas opiniões têm de ser questionados e lá muito a custo vão dando uma no cravo e outra na ferradura. Por evidente conveniência, não apresentam soluções alternativas às decisões directivas, limitando-se a sugestões vagas e palpites de ocasião. Por comodismo e defendendo o seu status, nem são carne, nem peixe. São o lado camaleónico da massa adepta do Benfica, já com algumas responsabilidades, que consoante o lado favorável do vento assim se vão posicionando. E acreditem, Caros Companheiros, é muito fácil identificá-los. Até na Benfica TV os há! As risotas no jogo de Guimarães foram bem sintomáticas!
É este o tipo de postura e de discurso de uma gentalha que ao longo das últimas décadas tem feito consciente ou inconscientemente o jogo de outra gentalha. Esta, a viver impune e regaladamente na Palermo portuguesa, teve e tem sempre, de há trinta anos a esta parte, o objectivo de derrubar, amesquinhar e escarnecer o Benfica de todas as maneiras. E tal como ontem, irão agora e sempre, aproveitar os tiros nos pés que estes inconscientes benfiquistas dão em si próprios e no próprio Benfica.
Só como exemplo e porque todo e qualquer Benfiquista deve ter uma atenção redobrada para este tipo de situações, faço regularmente um périplo pelos blogues da corja corrupta e digo-vos, Caros Companheiros, que é habitual e comum, os autores desses blogues e seus participantes, usarem, realçarem, gozarem e aplaudirem as críticas vergonhosas e assassinas que alguns blogues da Gloriosasfera e seus responsáveis, presumìvelmente adeptos Benfiquistas, fazem ao seu próprio Clube.
Miserável e execrável!
As diferenças estão por exemplo, em confrontarmos os dois extremos. O anterior e o que se passo a mencionar.
Hoje, mais do que nunca, nas vergonhosas entrevistas que são feitas aos elementos mais reles e hediondos do grémio condenado por corrupção, ou mesmo a elementos da camarilha que o governa é evidente o ódio e os constantes apelos subliminares ou camuflados, à violência, ao tumulto, à desordem, em relação a tudo o que se chame Benfica.
Os próprios media mostram medo, cobardia e cumplicidade através de profissionais suspeitos, vendidos, ameaçados, chantageados ou sem escrúpulos, que têm apelado e contribuído para este estado de guerra constantemente fomentado por esse grémio e pelo seu putrefacto mentor.
Como é possível, por exemplo, um cabecilha de um bando de energúmenos, onde proliferam criminosos, vândalos e violadores, ter presença e voz em jornais, rádios e televisões, com publicidade inclusa ao seu livro onde relata crimes de diversa natureza, estando impune há anos?
A verdade, é que aliado a este cenário dantesco que ultrapassa o futebol e se estende à política e a outros sectores da vida nacional, como é bem evidente na Palermo portuguesa, onde tudo entra por um crivo tão estreito e selectivo que só passa o que é pintado de azul e branco – até a cor das unhas e do vestuário das secretárias dos offices do clube da fruta e dos chocolatinhos - surge no outro extremo, aquela outra cáfila contraproducente que se passeia constantemente pelo interior do Benfica.
Será que a par dessa guerrilha vinda do exterior poderá proliferar incrivelmente, esta outra de cariz interno e que substitui a primeira na perfeição?
Decididamente NÃO! Combaterei sempre esta forma autodestrutiva que ciclicamente se intensifica no Benfica, mas que bem sabemos, tem os seus contornos bem definidos e os seus desígnios estabelecidos há muito tempo.
Quando temos uma ex-ministra, em campanha pela presidência de uma câmara, associar, descaradamente um clube condenado por corrupção, e que é, quer queriam, quer não, a vergonha de uma cidade séria, apelando veladamente aos seus sócios, adeptos e simpatizantes para derrotarem o outro candidato, potencial vencedor, que não pactua com mascambilhas, estará quase tudo dito no que à promiscuidade diz respeito, só faltando fotografar a gamela, no parlamento, onde deputados azuis e broncos se banqueteiam à custa do Zé Povinho, e cantam hossanas ao cabecilha de uma trupe que é o espelho deste país destroçado, corrupto e a saque, com os valores e os princípios de uma sociedade moderna, justa e culta, nas ruas da amargura.
E depois ainda vêm as virgens ofendidas, ou as primas-donas da integridade democrática e da liberdade de expressão e opinião, do direito à crítica de um sistema podre, em que essa mesma democracia e liberdade, seja ela no Benfica ou no país, se transforma em insegurança, injustiça e tudo o mais, resultado da própria liberdade daqueles que usam e abusam dela, gritar aqui d’el Rei que no Benfica há censura e só mandam alguns.
Eu digo, mandam alguns, sim senhor. Aqueles que se atravessaram e tiraram o Benfica do abismo e da desgraça iminente!
Mandam aqueles que foram mandatados para isso, legìtimamente!
Mandam aqueles que mostram obra e não aqueles que nada fazem e se limitam a vomitar alarvidades.
Ainda me recordo de como Quique Flôres foi achincalhado e espezinhado, mesmo em blogues que apregoam aos quatro ventos um Benfiquismo romântico e aventureiro; e lembro-me bem, de como eu também fui vilipendiado nesse blogue por ter defendido o Benfica, em comentários e observações a um post e ao seu autor, recriminando as críticas ao Clube que eram feitas através das críticas a Quique.
Pois é. Foi o que se viu. No Atlético de Madrid dois títulos, e logo na mesma época em que falhámos a vitória na Liga Europa, perfeitamente ao nosso alcance e onde também competíamos. Mas não me verão nunca criticar JJ, por quem eu nem morro de amores.
Essas vozes da desgraça nem uma palavra tiveram nessa altura. Tiveram que engolir os vómitos que bolçaram. E a bofetada de luva branca que levaram de um técnico que tanto criticaram, serviu-lhes de lição. É verdade que hoje, quando leio esse blogue lembro-me sempre dessa história e sorrio de boa-fé, ao ver o cuidado que o seu autor coloca nos posts que publica. Ainda bem!
Por tudo isto, não me venham falar mais em Democracia no Benfica. É que, lamentavelmente, há os que usam e abusam dela, colocando em causa os direitos de todos e que com isso transformam o Benfica num escravo das suas próprias liberdades e direitos e que uma chusma de patetas irresponsáveis continua a cultivar.
GRÃO VASCO