Na minha adolescência conheci um nobilíssimo ancião que pela sua sabedoria e vivência passei a admirar, sendo durante muitos e muitos anos, um dos meus principais conselheiros.
Um dia, num momento de grande serenidade e reflexão, agarrado à sua bengala e ao seu inseparável charuto, virou-se para mim e perguntou-me:
- Ouve lá, ó catraio…sabes o que é um canalha?
Apanhado um pouco de surpresa e na minha ingenuidade de novato, respondi simplesmente:
- É um indivíduo capaz de fazer mal aos outros.
O velho olhou para mim e com um ar muito sério, franzindo o sobrolho, disse-me:
- É muito, mas mesmo muito mais do que isso. É um animal selvagem que pode estragar a tua vida, a dos teus, aquilo em que acreditas, aquilo porque lutas, aquilo que defendes, aquilo que é teu, em segundos, espezinhando-te, aldrabando-te, usando a mentira, a traição, a difamação, a suspeita, a insinuação e a chantagem.
Ao longo da tua vida vais encontrar alguns destes espécimes que poderão dar cabo de ti em três tempos!
São as piores ratazanas que existem à face da Terra!
Nunca me esqueci deste e de mais alguns outros episódios, que para mim foram lições para a vida.
Conheci e conheço realmente alguns canalhas. Entre eles, um grosso punhado de alto calibre que verdadeiramente causaram e causam estragos que jamais puderam ser reparados.
Para essa corja vai o meu manifesto desejo que arda eternamente nas labaredas do inferno. Mas mesmo aí tenho dúvidas que o diabo os lá queira.
Vem isto a propósito das biqueiradas, do achincalho, do vilipêndio, dos ataques sórdidos que uma dessas ratazanas recentemente desaparecidas brindou o Glorioso anos e anos a fio.
Pouco me interessam que os episódios da sua vida privada tenham sido bons ou maus; pouco me interessa que tenha sido um bom chefe de família – Al Capone, Dom Vito e Michael Corleone também o foram; pouco me interessa se viveu uma vida à sombra do nome de seu pai, ou se fez alguma coisa pela cidade que o acolheu ou se tratou mal algum colega do grémio a que pertencia, ou se não soube reconhecer as dádivas que em determinado momento lhe salvaram a vida. Não foi por isto que se deu a conhecer.
O que sei, o que li, o que vi e o que ouvi, foram factos mais do que suficientes para o identificar, não como um adepto pugnando pela luta leal e urbana, mas sim pelo seu radical anti-Benfiquismo - uma postura sectária e trauliteira, sempre expressa num ódio infinito levado ao extremo, usando o truque sujo da insinuação, da provocação, da mentira e principalmente do encobrimento de factos, tentando sempre escondê-los na lama onde sempre chafurdou, não esquecendo o recente episódio de apelo à violência que foi abafado pelos media afectos à quadrilha corrupta.
Este bicho começou a emergir, quando apareceu em fotografias de grupo com os seus primeiros compagnons de route – giorgios, abéis, lourenços, ílidios, sousas, adrianos e quejandos – depois em programas de televisão e intervenções públicas onde acabava sempre por exibir o seu ódio e rancor ao Benfica.
Confrade emérito da Irmandade da Fruta foi ao longo desta trintena de anos conivente com toda a chafurdice e sabujice que ainda continua a imperar no reino da bola no pé.
Como pessoa de bem, questiono-me como é que é possível despontar um sentimento tão cruel e de tanto desprezo pelo passamento de tal ratazana?
Realmente aquele nobilíssimo ancião tinha razão. Ao definir um canalha, estava a querer dizer-me que os há devidamente credenciados e especializados em determinadas áreas. Este é um flagrante exemplo de quem, usando determinados métodos na principal faceta da sua vida, se tornou numa das maiores e mais refinadas ratazanas de Palermo.
O requiem aconteceu. A Irmandade da Fruta não falhou. Nem o seu fiel e laureado representante no governo, nem a corte bracarense. À parte desta quadrilha, lá estavam meia dúzia de papalvos, mas nesta matéria não quero meter a foice em seara alheia, nem aludir aos maus-fígados de outra gente.
Palermo está de luto!
Que continue a estar. Tem fortes razões para isso.
GRÃO VASCO
Um dia, num momento de grande serenidade e reflexão, agarrado à sua bengala e ao seu inseparável charuto, virou-se para mim e perguntou-me:
- Ouve lá, ó catraio…sabes o que é um canalha?
Apanhado um pouco de surpresa e na minha ingenuidade de novato, respondi simplesmente:
- É um indivíduo capaz de fazer mal aos outros.
O velho olhou para mim e com um ar muito sério, franzindo o sobrolho, disse-me:
- É muito, mas mesmo muito mais do que isso. É um animal selvagem que pode estragar a tua vida, a dos teus, aquilo em que acreditas, aquilo porque lutas, aquilo que defendes, aquilo que é teu, em segundos, espezinhando-te, aldrabando-te, usando a mentira, a traição, a difamação, a suspeita, a insinuação e a chantagem.
Ao longo da tua vida vais encontrar alguns destes espécimes que poderão dar cabo de ti em três tempos!
São as piores ratazanas que existem à face da Terra!
Nunca me esqueci deste e de mais alguns outros episódios, que para mim foram lições para a vida.
Conheci e conheço realmente alguns canalhas. Entre eles, um grosso punhado de alto calibre que verdadeiramente causaram e causam estragos que jamais puderam ser reparados.
Para essa corja vai o meu manifesto desejo que arda eternamente nas labaredas do inferno. Mas mesmo aí tenho dúvidas que o diabo os lá queira.
Vem isto a propósito das biqueiradas, do achincalho, do vilipêndio, dos ataques sórdidos que uma dessas ratazanas recentemente desaparecidas brindou o Glorioso anos e anos a fio.
Pouco me interessam que os episódios da sua vida privada tenham sido bons ou maus; pouco me interessa que tenha sido um bom chefe de família – Al Capone, Dom Vito e Michael Corleone também o foram; pouco me interessa se viveu uma vida à sombra do nome de seu pai, ou se fez alguma coisa pela cidade que o acolheu ou se tratou mal algum colega do grémio a que pertencia, ou se não soube reconhecer as dádivas que em determinado momento lhe salvaram a vida. Não foi por isto que se deu a conhecer.
O que sei, o que li, o que vi e o que ouvi, foram factos mais do que suficientes para o identificar, não como um adepto pugnando pela luta leal e urbana, mas sim pelo seu radical anti-Benfiquismo - uma postura sectária e trauliteira, sempre expressa num ódio infinito levado ao extremo, usando o truque sujo da insinuação, da provocação, da mentira e principalmente do encobrimento de factos, tentando sempre escondê-los na lama onde sempre chafurdou, não esquecendo o recente episódio de apelo à violência que foi abafado pelos media afectos à quadrilha corrupta.
Este bicho começou a emergir, quando apareceu em fotografias de grupo com os seus primeiros compagnons de route – giorgios, abéis, lourenços, ílidios, sousas, adrianos e quejandos – depois em programas de televisão e intervenções públicas onde acabava sempre por exibir o seu ódio e rancor ao Benfica.
Confrade emérito da Irmandade da Fruta foi ao longo desta trintena de anos conivente com toda a chafurdice e sabujice que ainda continua a imperar no reino da bola no pé.
Como pessoa de bem, questiono-me como é que é possível despontar um sentimento tão cruel e de tanto desprezo pelo passamento de tal ratazana?
Realmente aquele nobilíssimo ancião tinha razão. Ao definir um canalha, estava a querer dizer-me que os há devidamente credenciados e especializados em determinadas áreas. Este é um flagrante exemplo de quem, usando determinados métodos na principal faceta da sua vida, se tornou numa das maiores e mais refinadas ratazanas de Palermo.
O requiem aconteceu. A Irmandade da Fruta não falhou. Nem o seu fiel e laureado representante no governo, nem a corte bracarense. À parte desta quadrilha, lá estavam meia dúzia de papalvos, mas nesta matéria não quero meter a foice em seara alheia, nem aludir aos maus-fígados de outra gente.
Palermo está de luto!
Que continue a estar. Tem fortes razões para isso.
GRÃO VASCO