“Jogámos num clima de intimidação permanente…”
“…As regras básicas não são minimamente respeitadas…”
“…A UEFA devia tomar mais atenção e ter mais presença, é inexplicável como estas coisas acontecem sem reflexos disciplinares…”
“…Um ambiente de terror determinante para o Olympiakos continuar por cima…”
- declarações de Jesualdo Ferreira, após a derrota por 2-1, sofrida pelo Panathinaikos, seu clube actual, no último sábado, perante o seu rival, o Olympiakos.
Quando li estas declarações, nem queria acreditar.
Como é que é possível que após ter permanecido durante três anos num grémio em que para vencer valeu tudo (e continua a valer), inclusivé, recorrendo permanentemente à guerrilha suja, sem escrúpulos, pactuando com “climas de intimidação”, “com desrespeito pelas regras básicas”, “com ambientes de terror” e marimbando-se para a UEFA – o manguito transformado mentirosamente em sinalética sobre estratégia de jogo, gozando com a comissão disciplinar europeia dessa entidade, foi mais que evidente, e só lhe valeu um jogo de suspensão - venha agora com esta desfaçatez armar em virgem ofendida?
Das duas uma, ou Jesualdo Ferreira tem a memória curta, curtíssima, tendo chegado à Grécia com uma amnésia profunda, ou chafurda numa hipocrisia louca.
Após estes queixumes caricatos de um primata que dizia, desbragado, que “ganhar títulos no clube condenado por corrupção era como escovar as dentolas”, assobiando para o lado perante os desmandos selvagens e terceiro-mundistas de uma corja corrupta e de turbas ululantes de supermorcões cadastrados munidos de calhaus, bolas de golfe, isqueiros e outras armas de arremesso, é dever de todos os Benfiquistas dizerem-lhe alto e bom som, e em qualquer lugar, que indivíduos com a sua postura e o seu carácter são indignos de pisar o chão sagrado da Luz.
Há os que ainda valem um vintém, mas este, nem um dracma dos antigos!
GRÃO VASCO