28.2.11

"O rei dos túneis"


O rei de “PALERMO”

Eis o rei!...

… da corja corrupta e seus alienados prosélitos,
da escumalha e seus submissos vassalos,
da corrupção, da vigarice e da mentira,
da batota, da coacção, das ameaças,
dos criminosos trauliteiros bexiguentos,
das putas importadas e das alternadeiras calorentas,
dos proxenetas de província e dos azeiteiros do boxe,
dos execráveis “abéis” da metralhadora meia escondida,
de toda uma feroz pandilha intimidatória,
dos peidos e das bufas diluídas na fumaça,
de contas “off shores”,
de contas na Suíça,
das gavetas de cómodas atulhadas de notas sujas,
dos “chocolatinhos”, “cafezinhos” e “café com leite”,
das fugas para a estranja aos mandatos de captura,
das surras nas amásias, companheiras e “sobrinhas”,
do farisaico beija-mão e mentiras ao papa,
das sacrílegas rezas e peregrinações à santa,
das declamações patéticas e pífias de poesia,
dos marfins e dos “connections”,
das imobiliárias fantasmas,
de decrépitos generais,
de polícias bufos e mafiosos,
de políticos corruptos e abusadores,
de incendiários de toda a espécie,
de emplastros, pintos e invertebrados,
dos envelopes,
das “quinhentolas”,
dos “silvaninhos”,
das “calheiradas”,
das cósmicas viagens de férias ao Brasil “à conta”,
dos “presentinhos”,
de juízes e juízas sem escrúpulos,
dos manipuladores de processos,
dos tenebrosos “lorênzos”, “gonsalves” e quejandos
de sinistros advogados,
de magistrados pardacentos,
de eminências pardas maquiavélicas,
de juízes salazarentos de tribunais plenários,
das sovas em jornalistas destemidos,
das ameaças de tiros nos joelhos,
das “malhas” nos contestatários,
das penhoras de retretes,
da insurreição contra ministros,
das cozeduras do “papagaio no panelo”,
de “macacos”, “bobbys”, “tarecos” e outros selvagens,
de bruxos, pascácios, bobos e charlatães,
de “elisas xungosas” e de “brunos fantoches”,
de gerentes bancários ladrões,
de perigosos pistoleiros e “gangsters” ribeirinhos,
de prostitutas e prostitutos “pagos” para denúncias e “peixeiradas”,
de violentos capangas cadastrados e marginais,
dos “apitadeiros”, “observadores” e “delegados”,
de deputados promíscuos sem vergonha,
dos criminosos atropelamentos “afonsinos”,
de directores de jornais submissos, cobardes e cúmplices,
de foto-repórteres atemorizados ou sem espinha dorsal,
do bate e foge,
da desobediência à autoridade,
dos casamentos por conveniência,
de Je-Suíno Pepsodent,
de torpes canídeos e de míseros “paineleiros”,
de bastardos “cumentadeiros” e de reles escrevinhadores,
da Fruta Corrupção & Putêdo,
da podridão, da bandalheira,
da imundície, da marginalidade,
da bandidagem!

Eis rei “Giorgio”, “O Cabrão”, segundo sua mulher.
Eis o rei da Capital do Mêdo,
Eis um rei acima da Lei,
Eis o rei de “Palermo”!

Como é que um filho da puta deste calibre – pois é assim que o rei de Palermo e os seus amigos se saúdam mutuamente, segundo palavras textuais suas – se atreve a falar em túneis imaginários, quando foi ele o obreiro do túnel mais sinistro e corrupto alguma vez construído em Portugal e que liga Palermo à Madalena das Cómodas e da casa iluminada?


GRÃO VASCO




Nota do autor: este post sobre o Rei de Palermo, da minha autoria, já foi publicado em O Antitripa a 26 de Agosto de 2009, mas dadas as circunstâncias recentes de nova ordinarice deste bandido, sou forçado a publicá-lo novamente, cognominando-o como “rei dos túneis”, para além do de “rei de Palermo”. Como é óbvio, faltam as devidas actualizações que deixo ao critério de cada um acrescentá-las.

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