13.8.11

Sombras do passado


Jorge Jesus segue a passos largos a caminho da cruz.
O Benfica jogou mal. Mesmo no período de maior fulgor em que obteve dois golos, só Aimar e Javi García, acompanhados por mais dois ou três, mostravam a alma de que tanto o Benfica precisa.
No jogo de arranque, o Benfica baqueou com um empate com sabor amargo a uma derrota. Sem espinhas. Ser competente não é o mesmo que inventar, e sempre que isso aconteceu, a equipa foi um fiasco com JJ no topo das responsabilidades. Jorge Jesus colocou a equipa, especialmente na segunda partre, numa fasquia ao nível de um primodivisionário. De uma forma absurda nivelou o Benfica por baixo.

Quem viu e ouviu as declarações de JJ antes e após o jogo de Barcelos, chega fàcilmente à conclusão de que o Benfica, precisa de há muito tempo a esta parte, de um timoneiro de categoria para dar a dimensão real ao investimento enorme que o Clube faz todos os anos no futebol.

Não são os “Manuéis Sérgios” deste país que irão papaguear por JJ, mesmo quando há muito intelectual de pacotilha deliciado com as intervenções e pensamentos profundos sobre epistemologias, “motricidade”, psicologia humana e afins, de um filósofo, que na maioria das vezes discursa flamejante e fluentemente para ele próprio, brotando sapiência com todo o seu léxico de vocábulos milionários só ao alcance de teóricos iluminados, tergiversando sobre temas que nunca fizeram treinadores pragmáticos ganhar títulos.
A lacuna foi bem identificada, mas soluções como esta, são precárias e pouco eficazes. Esta é uma competência que JJ nunca adquirirá por mais cursilhos que frequente.
No Benfica é preciso raciocínio fluído, comunicação objectiva, firmeza, pragmatismo e poucas filosofias.
Não se conseguem mudar mentalidades, nem melhorar as capacidades dialécticas, quando estamos perante um perfil que me faz lembrar o analfabetismo e as limitações intelectuais de alguns dos meus companheiros que abandonaram a escola primária logo na 1ª classe e que depois, na adolescência e já na vida adulta pouco ou nada mudaram, mantendo uma boçalidade e venalidade atrozes.
Jorge Jesus tem um discurso confuso, muitas das vezes contraditório e cada vez mais timorato. Quer queiramos quer não, a equipa espelha bem essas “dúvidas cartesianas”, exibindo insegurança e pouco arrojo ou audácia, por mais que digam que ele tenha o mestrado da táctica. Em JJ há uma ausência de aspectos básicos que a mim, como Benfiquista, me deixam deprimido, envergonhado e céptico, não obstante ter ganho o campeonato de há dois anos.
E quanto às suas intervenções mais recentes, elas continuam a dar sinal de um comportamento estranho. Passaram de uma arrogância imprópria, por vezes desbragada, para um temor injustificado e injustificável, muito por acção directa do banho de dialéctica e de táctica, que na época transacta levou dos treinadores dos corruptos e dos brácaros, que o colocaram à beira de KO, deixando-lhe sequelas bem visíveis. Tão zonzo ficou, que quando vi a linha do Glorioso para este jogo em Barcelos, arrepiei-me e deitei as mãos à cabeça. Mais do mesmo!
Nem os 2-0 me serenaram. A verdade é que a equipa, como que reflectindo todos estes aspectos e apesar dos quatro reforços apresentados de início, demonstrou instabilidade, indefinição e medo. Mas nem quero pensar que isso possa significar falta de categoria e de identidade. Mal estaríamos se isto fosse verdade, após o enorme esforço financeiro feito pela Direcção neste defeso.

De anotar a atitude carroceira do treinador do Gil Vicente, que aproveitou um empate oferecido de bandeja por JJ, para usar imediatamente após o final do desafio, quase em jeito de uma vendetta e destilando todo o seu fel anti-Benfica, de uma linguagem grosseira com alguns impropérios à mistura, que pela TV até um surdo-mudo percebeu, pois vi o jogo com a completa ausência de som evitando incomodar-me com as irracionalidades de Waldemar Duarte e Manuel Queirós.

É por estas e por outras que o Benfica não pode dar abébias deste tipo em lado nenhum, e a mentalidade a incutir em todos os que contribuem para o futebol do clube, deverá ser sempre esmagar sem contemplação alguma, seja um adversário deste tipo ou qualquer rival que ombreie connosco.

Espero que ainda consigamos ir a tempo de corrigir e compensar este bónus dado ao inimigo da Palermo portuguesa. Mas quando vejo e oiço este timoneiro limitado do meu Benfica falar em “tranzaspor” já penso que vamos ver o “tweeter”  (Twente) por um canudo.

Siga a rusga!

GRÃO VASCO

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