12.11.11

Godinho também caiu ao fosso...


Pelos vistos, não foram só os dois adeptos mencionados pela zelosa comunicação social afecta aos submissos que caíram ao fosso. Godinho, na ânsia de enfiar o pijama verde e branco ao Mantorras – não sei bem se é por este ser çeportènguista ou se é para homenageá-lo pelo hat-trick naquele célebre jogo em Alverca e em que o Çeportèn comeu 4-1 – voou literalmente para a cova funda de Alvalixo em busca da tão apregoada camisola.

Mais uma parolada provocatória do lagartêdo complexado.

Agora, só falta saber se com a invasão da cidade de Luanda por aquele bando de leões famintos de petrodólares e prestígio, Pedro Mantorras, apavorado, não terá feito o caminho inverso da bicharada leonina, escondendo-se no capim, algures na densa mata angolana.

Por estas coisas e ainda outras que vêm a seguir, a semana que está prestes a findar, foi um fartote!

O jornaleco da paróquia de Alvalixo, vulgo “record das pêtas”, lá continuou a tecer loas a tudo o que é Çeportèn, ultrapassando os limites da decência jornalística e entrando numa verdadeira espiral de demência pacóvia e provinciana.

É que trazer para uma das suas capas desta semana a beatificação de um tal Capel, só reforça a ridicularia em que o jornaleco e o seu director já há muito tempo caíram. Pais, “o careca da quinta”, nestas coisas mais um malandro de urinol anti-Benfica do que pròpriamente um jornalista, decerto que se abalançará ao lugar do cardeal D. José Saraiva Martins, Prefeito da “Congregação para as Causas dos Santos”, tamanha foram as carpiduras e as parangonas no pasquim, no sentido de santificarem o dito Capel. Até o nome do rapaz se insere neste beato contexto e no melodrama do mergulhanço atabalhoado dos dois fãs no fosso fatídico.

Se por acaso estes factos tivessem ocorrido com o Glorioso, a esta hora os pasquineiros das pêtas já teriam colocado na capa do jornaleco, fotos do fosso em vários ângulos e alertado para o facto do Estádio da Luz ser um dos locais mais perigosos do mundo…

Tudo tem servido ao jornaleco para manter o Çeportèn em cima do andor. Então a última foi confrangedora.

Referindo-se ao jogo em Luanda, entre a selecção Angolana e o grémio submisso, surge on line, o anúncio de que o estádio estaria com a lotação esgotada. Porventura, os iluminados do costume esqueceram-se de que a televisão iria estar lá. A decepção foi o desfecho óbvio – um estádio vazio, com menos de metade dos lugares ocupados.

Este “record das petas” continua uma lástima!

Quanto a Godinho, depois de vê-lo naquele afã para justificar a deslocação a terras africanas, presumi que não tivesse caído de cabeça ao fosso. Mas pelos espalhanços desta semana cheguei mesmo a duvidar…

Primeiro a questão dos bilhetes para o derby continuou na sua agenda. Tanto insistiu nos 10.000 que com alguma boa vontade o Benfica enviou-lhe os 3425 da praxe.

Depois, em vez de evitar comentar situações alheias – caso Alan e demais bandalhos versus Javí García (que sózinho, de início, chegou para eles todos) – não se coibiu de “debicar” algumas indirectas, armado em guardião de virtudes, falando em racismo como que os outros é que o praticassem. Bem levou nas trombas para trás na própria Gala onde tudo isto ocorreu, com as palavras inequívocas e categóricas de LFV no seu discurso de agradecimento.

Não satisfeito, lá veio a seguir com o complexo “Mantorras” – uma parvoíce bem à medida dos recentes presidentes do Çeportèn. Só faltaram as maracas, com o Cotonete a cantar o kuduro e o Dias Palito a dar ao rabo com o dito cujo ao canto da boca…

Para finalizar esta brilhante “exibição”, não poderia faltar um bom momento de humor, e assim, Godinho, ao referir-se à digressão?!? do seu grémio a Angola, declarou que “os objectivos são institucionais” (record) e como “um símbolo nacional” (rádio cinco).

Só que a “institucionalidade” do acto, correspondeu nem mais nem menos a um cachet de 800.000 dólares, ou melhor, petrodólares, um tipo de dinheiro a que em tempos, o seu inefável colega, agora presidente da AG do grémio çeportènguista, um tal Carlos Barbosa dos automóveis, tanto criticou na sua recente campanha eleitoral, numa clara alusão a presumíveis investimentos angolanos feitos no Glorioso.

Na selva, são os leões e os babuínos. Aqui, “neste país à beira mar plantado” este tipo de fauna incorrigível!

Com tudo isto, trouxeram por fim, de Luanda, quatro secos e deixaram ficar um rasto do (des)prestígio da tal representação nacional?!? com que se autointitularam. Para a história, fica o resultado “brilhante” e o malote bem recheado com os tais petrodólares, outrora vilipendiados pelo bacoco do automobilismo…

Isto é o Çeportèn!

A fobia do dia 26 na Luz, é tanta, que até se esqueceram que tinham um jogo com a selecção Angolana e terão em breve, um jogo decisivo com os “brácaros” para a Taça de Portugal.

Se tudo isto tivesse acontecido com o Glorioso, imaginem o alarido!

Lá viria a alusão ao desrespeito pelo Povo Angolano pela presença de vários juniores no onze inicial. O que vale é que quando o Benfica lá foi na época passada, apresentou-se com todas estrelas e com a equipa principal, com a particularidade de ter jogado todo o plantel, ter ganho e feito a exibição adequada a um jogo comemorativo da independência do país, presenteando os angolanos com um espectáculo digno do cachet que foi cobrado, sem necessidade de recorrer a “nacionalismos” institucionais e bacocos.

A talhe de foice, para o “record das pêtas” on line, foi uma goleada banal de um “leão jovem”…

É por estas e por outras que para aquela gajada pasquineira, nem um cêntimo!

E para os submissos que mandem lá tapar o fosso, pois senão lá continuaremos a ver estes tristes espectáculos, com aquela malta a atirar-se de cabeça!


GRÃO VASCO

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