30.11.11

“Negligência cirúrgica…”


…OU A SAGA MEDIÁTICA DE UM FARROUPILHA DO LAGARTÊDO


Completamente esfarrapado, sem nenhuma compostura.
Assim se apresentou Eduardo Barroso antes, durante e depois da sua negligente e grosseira “intervenção cirúrgica” desta quarta-feira no pasquim desportivo do censor.

A “negligência cirúrgica” revelou-se na forma recorrente e mentirosa de uma falsa e inqualificável garatuja, distorcendo desde o seu início, os acontecimentos no Estádio da Luz.

Eduardo Barroso ou é um “lagarto” cego e rastejante que deambula pelos labirintos subterrâneos contíguos ao fosso de Alvalade, ou então foi infectado por contágio directo por alguns “agentes” exímios em artes pirómanas.
O seu comportamento foi conivente na manipulação de situações objectivas de segurança e conforto, transformando-as em instrumentos pirotécnicos perigosos.

E nada melhor do que manipular também a massa adepta acéfala, uma turba, que tal como animais selvagens age instintivamente ao mínimo impulso. Desta vez, essa massa bruta e incontrolável teve o estímulo e a companhia de muitos responsáveis do clube. Vá lá que neste capítulo EB safou-se de boa. Ao início, no rescaldo da refrega, saboreando o travo amargo de uma derrota e numa manifestação torpe de mau perder, os seus compagnons de route presentes no Templo Sagrado omitiram a condenação de um crime, numa atitude deplorável, tal qual a turba nas agressões e impedimentos a quem ia em missão de paz combater as chamas.

No entanto EB também acicatou a turba ao apelidar de “jaula” uma estrutura convenientemente segura. Contribuiu e de que maneira para “incendiar” o ambiente já de si escaldante. A sua piromania verbal revelou-se em um perigoso artefacto de combustão lenta que durante quase dois meses alimentou o caldeirão da Luz e não está isenta de responsabilidades.

Depois dos factos EB esvaiu-se em queixumes, perorando aqui e além, como se o Benfica fosse a razão das suas maleitas.
Se calhar é! É que 1-0 perante 60.000 Benfiquistas, manifestando-se fervorosamente e apoiando ordeira e incondicionalmente a sua equipa, num espectáculo único em Portugal, é de ficar completamente esfarrapado!

A “intervenção cirúrgica” às causas da sua azia, correu mal. Barroso foi negligente como tratou o ocorrido. E contra factos não há argumentos que valham. Nem os farrapos mentirosos de gatafunhos sectários e falaciosos.

No fim de tudo isto há, quer se queira quer não, alguma responsabilidade moral pela infâmia do fogo-posto criminoso que deflagrou na Luz e este farroupilha do lagartêdo não se livra de ver as suas mãos chamuscadas por ela.

Seguem as alarvidades dessa “intervenção cirúrgica” e logo abaixo o comunicado do Benfica que desmente e desmonta todo este ardil ordinário e rasteiro que serviu, tal como a muitos outros “distintos aristocratas” do grémio submisso ao norte corrupto, de desculpas esfarrapadas do lagartêdo para justificar mais uma derrota inapelável.



“…o Benfica é uma grande equipa que teve a sorte do jogo…”

“…dos nossos adeptos tão maltratados…”

“…falta de bom senso, o péssimo timing com que o Benfica resolveu inaugurar uma nova forma de acomodar os nossos apoiantes (chamando-lhe provocatoriamente “zona de conforto”)…”

“…péssimas condições de alojamento (onde nem sequer era possível a deslocação a uma simples casa de banho) …”

“…desacatos verbais e provocatórios, de imenso baixo nível, com que foi brindado um dos nossos responsáveis da SAD junto aos balneários…”

“…não havia espaço para as pessoas estarem de pé…” ?!?


COMUNICADO DO SPORT LISBOA E BENFICA

“A boa e a má informação”

  

Comunicado do Sporting Clube de Portugal:

“O Sporting Clube de Portugal lamenta as condições proporcionadas aos seus adeptos no Estádio da Luz.

   Desde o início que o Benfica tinha conhecimento, face ao número de bilhetes vendidos, da quantidade de adeptos que iam estar presentes no Estádio. Colocar cinco pontos de acesso para a revista de todos os adeptos revela, uma vontade expressa de provocar uma entrada tardia, gerando tensões completamente evitáveis”.

Os factos:

No controlo de bilhética e revista de segurança o número de ARD’s foi igual ao que sempre tem sido utilizados, em anos anteriores, nos chamados jogos grandes ou denominados de alto risco, 23.

- 1 supervisor + 2 agentes especializados + 5 ARD’s femininos + 15 ARD’s masculinos, num total de 23 ARD’s.

- 5 pontos de segurança para controlo de bilhética, com 3 ARD’s masculinos e 1 feminino em cada um deles a passar revista.

No dia do jogo, a “caixa” de adeptos do Sporting CP chegou ao estádio pelas 18H50 (ou seja com 35 minutos de atraso, já que eram esperados às 18H15. Se tal tivesse acontecido todos os adeptos teriam entrado antes do início do jogo.

Os últimos adeptos do Sporting CP a entrar fizeram-no cerca das 20H45 (30 minutos do jogo decorrido). O tempo total de revista aos adeptos visitantes foi de 1h55m.

Na reunião de segurança, realizada 3 dias antes do jogo e com todas as entidades envolvidas, consta o pedido do SL Benfica no sentido de que os adeptos do Sporting CP chegassem ao estádio até à abertura de portas e nunca depois, precisamente para evitar este tipo de reclamações.

“Paralelamente, as condições dispensadas aos adeptos que pagaram o seu bilhete são no mínimo lamentáveis, quer pela falta de acesso de alguns sectores a unidades sanitárias, quer a bares, não sendo possível, sequer, comprar uma garrafa de água”.

As casas de banho e bares na zona da equipa visitante estão dentro do que está regulamentado pela UEFA e estiveram sempre disponíveis.

“Foi claro, para quem esteve junto dos adeptos, que a rede colocada prejudica claramente a visão”.

Se assim fosse, mas não é, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional não teria aprovado a referida estrutura. Afirmar isto é chamar incompetentes aos profissionais da Liga.

“Para além disto, constatou-se uma sobrelotação do espaço disponibilizado aos adeptos do Sporting, indiciando assim que o número de lugares disponíveis era bastante inferior ao dos bilhetes vendidos para aqueles mesmos sectores”.

1. Segundo os regulamentos, o Sport Lisboa e Benfica é obrigado a ceder a equipa visitante 5% da lotação do estádio, o que corresponde a 3250 bilhetes.

2. O nº total de lugares da bancada disponibilizado foi de 3425 (mais 175 do que o exigido) dado que o Sporting CP repetidamente solicitou mais bilhetes, resolvemos ceder o máximo possível em condições de segurança.

3. No entanto, como bolsa de segurança, não foram emitidos nem utilizados os 536 lugares correspondentes às 6 fiadas inferiores destes 7 sectores, pois servem para garantir a actuação de ARD´s e agentes da PSP.

4. Além destes 536 lugares, foram também retirados de venda as 3 fiadas laterais de cada lado da bancada visitante: 117 lugares do Sector 35 e 75 do Sector 27, no total de 192 lugares.

5. Isto é, tirámos de venda, por motivos de segurança dos adeptos visitantes, um total de 728 lugares.

É lamentável, pelas razões referidas, que um Clube como o Sport Lisboa e Benfica, receba a equipa visitante deste modo inqualificável. O espectáculo deve registar-se dentro de campo e não em atitudes exteriores, que pouco dignificam o futebol.

O Sporting Clube de Portugal reitera que, face às condições encontradas, a decisão da Direcção de se juntar aos adeptos, e de sentir directamente as condições que lhes eram facultadas, foi a mais acertada, e as palavras proferidas pelo vice-presidente Paulo Pereira Cristovão expressam bem a nossa indignação”.

No dia 17 de Novembro, o Engº Carlos Miguel, director de segurança do Sporting Clube de Portugal, a convite do Sport Lisboa e Benfica, visitou a “caixa” de segurança e as condições existentes no local, não tendo colocado nem durante a visita, nem após a mesma, qualquer reserva em relação a tudo quanto atempadamente visitou.

No dia 26 de Novembro (dia do jogo) o senhor Eurico Gomes (Secretário Técnico do SCP) visitou a bancada 2h30 antes do inicio do jogo, acompanhado pelo Director de Segurança do SLB, pelo Delegado da Liga e respectivo Supervisor (Sr. Manuel Aranha). Não teceu qualquer comentário crítico quanto às condições apresentadas.

“O Sporting Clube de Portugal tem rosto, o seu vice-presidente este sábado representou-o, e não se esconde atrás de declarações de funcionários da comunicação”.

Uma verdade: João Gabriel é funcionário do Sport Lisboa e Benfica, mas sendo funcionário tem toda a legitimidade para falar em nome do Clube. Aqui ninguém se esconde atrás de ninguém, simplesmente há uma estrutura e ela funciona.

“Por outro lado, a Direcção do Sporting Clube não se revê nos danos causados após o jogo e igualmente condena o facto de, ainda nesta mesma noite, ter sido atirado um “very-light” para a cobertura do seu estádio”.

“Não se revê” é diferente de condenar. Não se ouviu da parte do vice-presidente do SCP, presente no Estádio da Luz, nenhum tipo de condenação em relação aos actos praticados por um grupo de marginais e que resultaram nas agressões verificadas a bombeiros e nos vários incêndios que foram ateados. Nem sequer, na fase mais crítica, um mero apelo apaziguador.

Aliás, ficou claro para todos que não se tendo verificado nenhum incidente antes e durante o jogo, as acções violentas apenas acontecem depois da declaração feita, e transmitida em directo pelos vários meios de comunicação social, do senhor Paulo Pereira Cristovão.

Por fim, comparar os danos causados no nosso Estádio, com um eventual lançamento de um ‘very-light’ para a cobertura do Estádio de Alvalade só pode ser uma alusão de mau gosto.

O Sport Lisboa e Benfica não confunde a Instituição e a massa associativa do Sporting Clube de Portugal com os marginais que levaram por diante as acções que são conhecidas e cujas graves consequências ainda estão por apurar.

GRÃO VASCO






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